Polícia faz grande operação contra desbloqueio e venda de celulares roubados no país

A Polícia Civil do Rio de Janeiro começou nesta segunda-feira (17) uma nova etapa da Operação Rastreio, que combate o roubo, furto, desbloqueio ilegal e a revenda de celulares no país. Desta vez, a Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) está cumprindo 132 mandados de busca e apreensão em 11 estados, incluindo Rondônia, onde também foram encontrados envolvidos no esquema.

De acordo com a polícia, o foco desta fase são os “cursos de desbloqueio de celulares on-line”, usados para destravar celulares roubados e colocá-los à venda como se fossem legais. A investigação começou em maio, depois da prisão de Alan Gonçalves, conhecido no país todo por fazer desbloqueios remotos. Além de desbloquear os aparelhos, ele também dava aulas pela internet para centenas de pessoas, incluindo suspeitos de atuar em Rondônia.

A polícia descobriu uma rede de gente que mandava celulares roubados para desbloqueio e ajudava a recolocá-los no comércio, muitas vezes em lojas e quiosques aparentemente normais. Em alguns casos, os suspeitos ainda tentavam acessar dados bancários das vítimas para fazer empréstimos e outras fraudes.

As ações desta segunda-feira acontecem no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Alagoas, Pernambuco, Maranhão, Piauí, Pará e Rondônia. Em Rondônia, os mandados são direcionados a lojas e pessoas que estariam envolvidas na revenda de celulares desbloqueados de forma ilegal. A Operação Rastreio age em todas as etapas do crime: roubo, furto, desbloqueio e venda. Desde o início, mais de 10 mil celulares foram recuperados, 2.800 devolvidos aos donos, e mais de 700 pessoas foram presas.

A polícia lembra da importância de bloquear o IMEI  o número único que identifica cada celular para evitar que aparelhos roubados voltem a funcionar em outras redes, reduzindo a circulação desses itens no mercado clandestino.

As investigações continuam para identificar todos os envolvidos e entender melhor como o grupo atua em Rondônia e nos outros estados.

Redação Tribuna Popular