
OURO DE AREIA
Na madrugada da última sexta-feira, a Polícia Civil de Rondônia realizou uma grande operação para o cumprimento de um mandado de prisão, vários mandados de busca e apreensão, além de outros procedimentos de investigação. A operação, que investiga nomeações de servidores comissionados na Assembleia Legislativa, denominada Ouro de Areia, foi realizada pela 2ª Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco 2) e o Ministério Público do Estado de Rondônia, por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Há suspeitas da prática de peculato, chamada popularmente de rachadinha, estelionato, lavagem de dinheiro e outros crimes, como possível organização criminosa. Infelizmente essa prática de nomeações duvidosas ganhou muita força nos últimos anos e realmente é necessário que os fatos sejam investigados, porque a população não pode pagar salário de pessoas que não prestam nenhum serviço à sociedade. A operação realizada pelas autoridades, aparentemente, não dirigida a nenhum deputado especificamente, mas cria uma imagem negativa do Poder Legislativo de Rondônia. Assim, é necessário que os membros do legislativo prestem todo o apoio às investigações e que façam todos os esclarecimentos, porque os rondonienses precisam de respostas sobre fatos dessa gravidade.
PODER LEGISLATIVO
Logo após a divulgação da Operação Ouro de Areia, o presidente da Assembleia Legislativa, Alex Redano, divulgou uma nota na imprensa informando que nenhum gabinete dos deputados foi alvo da operação que investiga possíveis crimes praticados por servidores da Casa de Leis de Rondônia. É verdade que nenhum deputado é alvo da investigação e a nota divulgada pelo presidente tem a finalidade de proteger a imagem da Assembleia Legislativa de Rondônia, mas também é verdade que muitas pessoas da população não conseguem desassociar os fatos com muita facilidade, principalmente porque o legislativo estadual, em tempos não muito remotos, foi alvo de inúmeros escândalos de corrupção, entre eles a Operação Dominó, que promoveu um estrago de proporções gigantescas na imagem dos deputados estaduais. E não se trata de dizer que os fatos investigados atualmente são da mesma proporção, mesmo porque, segundo a nota do presidente, não há deputados investigados. Entretanto, a investigação de servidores do poder deve servir de alerta para o comando da Assembleia Legislativa, principalmente porque as autoridades estão sempre muito atentas aos atos que podem causar danos ao erário. Neste caso, caberá a Alex Redano oferecer às autoridades que trabalham na investigação todas as possibilidades e meios para esclarecer os fatos investigados pela operação Ouro de Areia.
ROBERTO SOBRINHO
Esta semana, o ex-prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho, recebeu uma boa notícia. A 2ª Vara da Fazenda Pública da capital decidiu que são improcedentes todas as denúncias feitas contra Roberto Sobrinho e diversos assessores que atuavam na administração dele. O grande problema desse tipo de decisão é o tempo, porque o julgamento dos fatos aconteceu somente agora, mais de 13 anos depois das denúncias. Na época, Roberto Sobrinho teve sua imagem e sua honra completamente destruídas por diversos veículos de imprensa de Rondônia. A decisão proferida pela Vara da Fazenda Pública de Porto-Velho confirma que Roberto Sobrinho não roubou nem desviou nenhum centavo do dinheiro público, como foi acusado, mas a decisão judicial certamente não terá a mesma repercussão na imprensa, porque isto não interessa a alguns veículos de comunicação. Na época em que foi denunciado, Roberto Sobrinho era o prefeito da capital e tinha alta popularidade, mas teve sua reputação destruída e vai ter muito trabalho para mostrar a verdade dos fatos agora. No sistema jurídico do país, todas as pessoas são sujeitas a serem investigadas, mas isto não significa que serão culpadas, ao fim de uma investigação. Exatamente por isso, é necessário ter muito cuidado para divulgar fatos sobre políticos investigados.
THIAGO TEZZARI
E já que citamos o caso do ex-prefeito de Porto Velho, é importante voltar a um assunto divulgado pela coluna na semana passada. Registramos aqui que o vereador Thiago Tezzari, de Porto Velho, foi presidente do SAAE em Cacoal e que assinou convênios relacionados com empréstimos consignados para atender servidores comissionados do SAAE. O assunto virou objeto de uma investigação policial, mas o vereador entrou em contato com a coluna e esclareceu que seu nome não consta em nenhuma investigação sobre os fatos e que ele jamais foi notificado para prestar qualquer esclarecimento. A informação sobre os empréstimos teve como base uma comissão criada pela Câmara Municipal de Cacoal e que não apresentou resultados finais. Ressaltamos que, embora tenha havido o procedimento de investigação, não há motivo para fazer julgamentos sobre o ex-presidente do SAAE, principalmente pelo fato de ele não ter sido ouvido em nenhum momento pelos vereadores ou por outro órgão de investigação. Na oportunidade, também registramos que Thiago Tezzari, na condição de presidente da autarquia de água prestou bons serviços. Entretanto, para que nenhuma dúvida paire sobre o fato, talvez seria importante que os vereadores que fizeram parte da comissão fizessem uma manifestação pública sobre um possível relatório, porque a realidade é que, até hoje, os servidores de carreira do SAAE estão sofrendo grandes prejuízos, já que ficaram impedidos de fazer empréstimos, sendo que nunca praticaram nenhuma ilegalidade.
FÁTIMA GAVIOLI
Alguns jornais da capital do estado de Goiás publicaram, esta semana, que a secretária de educação Fátima Gavioli se prepara para deixar o cargo em abril do próximo ano e entrar na disputa por uma cadeira na Câmara dos Deputados. Segundo as publicações, ela conta com as bênçãos do governador Ronaldo Caiado e está entre os nomes preferidos por ele para participar das eleições de 2026. Caso a ideia se concretize, Fátima Gavioli tem chances reais de uma vitória nas urnas de Goiás, em função de ter o apoio do govenador com o melhor índice de aprovação popular no país e pelos brilhantes resultados que obteve na administração de Ronaldo Caiado, com Gavioli no comando da SEDUC. Sondada pela coluna, a secretária comentou que realmente tem sido incentivada por diversas lideranças de Goiás a disputar a eleição. Como tem relações muito sólidas com o estado de Rondônia, já que é de Cacoal, uma vitória da secretária poderia ser muito útil para Cacoal e para Rondônia, porque, mesmo sendo eleita por outro estado, ela poderia prestar grande apoio aos rondonienses. Além da possibilidade de disputar a vaga de deputada federal, Fátima Gavioli também tem sido sondada para compor uma chapa majoritária, como vice, no grupo liderado por Ronaldo Caiado, mas ela prefere fazer uma avaliação melhor sobre a situação. Como conhecedora da educação e ocupando posição de destaque nacional, certamente Gavioli tem condições de dar uma grande contribuição para melhorar a qualidade da Câmara dos Deputados.
DOAÇÃO DE MEDULA
O Hemocentro de Cacoal está realizando uma campanha pela doação de medula óssea e a população pode contribuir de modo significativo com a campanha. O transplante de medula óssea é realizado para impedir doenças que afetam o sangue e o sistema imunológico das pessoas. Este importante procedimento pode salvar milhares de vidas e qualquer pessoa pode participar da campanha doando a medula. Além de ser um ato muito simples, a doação de medula não causa nenhum problema ao doador e a recuperação, após a doação, ocorre em tempo muito curto. Como o transplante de medula exige uma compatibilidade genética precisa, não há uma fila de espera no sistema público de saúde, mas é muito importante que a população colabore com esse tipo de campanha, porque existem milhares de brasileiros que dependem do tratamento e necessitam viver. Em Cacoal, as pessoas interessadas podem procurar o hemocentro, que fica localizado nas proximidades do Hospital Regional e possui toda a estrutura para receber os doadores. Todas as pessoas que possuem o mínimo de 18 anos podem doar a medula óssea, sendo que o limite máximo é de 35 anos. Além da doação de medula, as pessoas podem procurar o Hemocentro de Cacoal para fazer a doação de sangue, já que também é um importante ato de solidariedade humana e pode salvar muitas vidas. Ajude a promover a vida, seja solidário, doe a medula óssea!
BOICOTE AOS JORNAIS
Durante todo o período do primeiro mandato, e até este momento, o prefeito de Cacoal tem praticamente ignorado os jornais eletrônicos de Cacoal. A preferência do prefeito tem sido realizar contratos de propaganda institucional com emissoras de rádio e televisão, como se os jornais eletrônicos não tivessem nenhuma importância. É evidente que nenhum jornal tem a intenção de impedir que os contratos com rádio e TV sejam feitos, mas a divulgação de fatos administrativos em jornais eletrônicos possui uma vantagem muito grande, já que possibilitam que a população interaja fazendo comentários, sugestões ou até mesmo crítica, já que os registros dos fatos possuem durabilidade muito mais longa. Além disso, os custos para publicação em jornais são muito mais baixos e possuem ampla previsão legal. Outro aspecto que precisa ser avaliado é a tradição e credibilidade de diversos jornais eletrônicos do município, que possuem um histórico de pioneirismo indiscutível. Não há, por parte de nenhum jornal, qualquer tipo de restrição ao prefeito e justamente por isso ninguém entende esse boicote praticado pela administração contra veículos de inegável tradição e que cobriram inúmeros fatos da administração municipal. Como existem comentários de que o prefeito estaria disposto a entrar na disputa pelo governo do estado, realmente é muito estranho que ele não tenha interesse por divulgar sua administração e ignore a imprensa dessa maneira.
HISTÓRICO POLÍTICO
O prefeito de Cacoal, Adailton Fúria, exerceu o mandato de vereador, foi deputado estadual, foi eleito e reeleito prefeito e todos os fatos positivos de sua trajetória política foram devidamente registrados pelos jornais eletrônicos de Cacoal, Antes do advento dos jornais eletrônicos, suas ações já eram divulgadas em todos os jornais de Cacoal, embora ele pareça não lembrar disto. Assim, o registro feito aqui na coluna é uma forma de defesa não somente da Tribuna Popular de Cacoal, mas de todos os jornais com sede em nosso município, que são igualmente ignorados e boicotados pela administração. Importante registrar, também, que não se trata de buscar benefícios meramente comerciais, porque o principal objetivo dos veículos dee comunicação é informar a população. Os cacoalenses que apreciam a leitura de informações em jornais não podem ser ignorados por mero critério de preferência pessoal do prefeito pode determinada modalidade de comunicação. Obviamente que as informações negativas sobre os prefeitos e sobre outros políticos também são devidamente registradas nos jornais de Cacoal, porque ninguém está acima da lei, mas não dá para o prefeito alegar que o boicote aos jornais acontece porque somente esses veículos de comunicação divulgam críticas. Em diversos momentos da trajetória política do prefeito, ele foi duramente criticado em rádios e TV´s de Cacoal sem que houvesse nenhuma moderação. O prefeito precisa lembrar que um eventual governador não pode se indispor com a imprensa do seu estado e muito menos com a imprensa de seu município.
HERDEIRA POLÍTICA
Alguns jornalistas da capital de Rondônia divulgaram informações indicando que o ex-governador e ex-senador Ivo Cassol estaria se preparando para apresentar o nome de uma de suas filhas como candidata ao governo do estado. Entretanto, nas redes sociais de Cassol não há qualquer menção ao fato e ninguém tem a confirmação de que ele teria esse projeto político. Claro que não se pode negar que o ex-governador possui um número muito grande de eleitores e admiradores que não teriam nenhuma dúvida em votar em um nome indicado por ele, principalmente se for uma de suas filhas, porque haveria uma garantia muito forte de que Ivo Cassol não seria traído. Em diversos momentos de sua história política, ele reclamou de ex-aliados que foram eleitos com seu apoio e depois mudaram de lado, inclusive membros da família, como é o caso do ex-prefeito de Rolim, Cesar Cassol. Como não existe qualquer confirmação de ele pretende colocar o nome da filha em uma chapa majoritária, melhor considerar este assunto como mera especulação de véspera de ano eleitoral, mesmo porque é necessário saber se a filha de Ivo Cassol aceitaria uma missão tão espinhosa. É até possível que haja uma possibilidade de ver uma herdeira do ex-senador entrar numa disputa eleitoral, mas existem diversos outros cargos que estarão em disputa no próximo ano. Melhor esperar para ver!




















