VEREADOR PRESO
Esta semana, o município de Cacoal foi surpreendido com a prisão do vereador Lauro Costa Kloch. O motivo da prisão teria sido o fato de que o vereador da Capital do Café deixou de comparecer para ser ouvido em um processo que tramita na comarca de Porto-Velho e que estaria relacionado com uma denúncia de estupro. Entretanto, não há informações precisas sobre os fatos, porque o processo corre em segredo de justiça e o acesso aos autos é limitado. A defesa do vereador já encaminhou as medidas necessárias solicitando que ele seja solto e o juiz do caso deverá se manifestar nos próximos dias. Diversos fatos precisam ser esclarecidos a respeito da situação, principalmente porque o Tribunal de Justiça de Rondônia emitiu as certidões negativas do vereador nas eleições de 2020 e também em 2022, ocasiões em que não havia nenhuma restrição ao seu nome. A coluna aguarda maiores informações por parte da defesa do vereador e manteremos nossos leitores informados sobre o assunto.
BRIGA PELA VAGA
A notícia da prisão do vereador Lauro Kloch agitou as redes sociais em Cacoal, porque muitas pessoas passaram a buscar informações sobre quem são seus suplentes. Após circular as informações de que o primeiro suplente do vereador é o ex-vereador Pedro Rabelo, muitas pessoas começaram a fazer apostas tendo como o motivo das apostas o fato de ele deixar ou não o cargo que ocupa atualmente para assumir a vereança. As apostas, entretanto, são um pouco precipitadas, porque não existem informações concretas sobre os fatos. Antes de qualquer coisa, é importante lembrar que os advogados que trabalham na defesa do vereador Lauro Kloch já estão providenciando sua defesa, já que ele nunca foi ouvido sobre o processo que culminou com sua prisão. Com relação ao ex-vereador Pedro Rabelo, ele ocupa atualmente o cargo de chefe de gabinete do deputado estadual Cássio Gois, onde recebe salários superiores a 20 mil reais. Embora o ex-vereador não tenha se manifestado, mesmo que a vaga viesse a existir, não se sabe qual seria sua decisão, porque as eleições municipais acontecem no próximo ano.
PEDIDO DE CASSAÇÃO
O Partido Socialista Brasileiro (PSB), através de documento assinado pelo presidente municipal de Cacoal, pediu a cassação do mandato do vereador Lauro Costa Kloch, sob a alegação de quebra de decoro parlamentar. Em entrevista a um canal de TV, o presidente do PSB de Cacoal, Antônio Carlos Santos Junior, conhecido como Toninho do Jornal, declarou que pediu a cassação do vereador com base no Regimento Interno da Câmara de Cacoal. Vale lembrar, porém, que a norma citada pelo dirigente partidário não é adequada para embasar esse tipo de ação. Além disso, o Regimento Interno da Câmara de Cacoal é do ano de 1984 e dificilmente serviria para respaldar ações como esta. Em contato com a coluna, um membro do PSB informou que o presidente do partido decidiu sozinho assinar o documento para pedir a cassação do mandato e que o pedido teria sido redigido por adversários políticos do vereador Lauro Kloch. Sob a condição de anonimato, o mesmo membro do PSB informou que o presidente do partido deveria ter feito o pedido em nome dele, já que não houve nenhuma reunião da sigla para tratar do assunto. Toninho do Jornal é nomeado no gabinete do deputado Cássio Góis, como assessor externo e, nas horas de folga, presta serviços defendendo a administração municipal.
CÂMARA MUNICIPAL
Vários vereadores de Cacoal, acompanhados do advogado de defesa, foram à capital do estado em busca de informações concretas sobre o teor do processo que resultou na prisão do vereador Lauro Kloch. Após buscarem as informações, diversos vereadores declararam nas redes sociais que a vítima teria dado três depoimentos nos quais afirma categoricamente que nunca foi estuprada pelo vereador. O vereador Ezequiel Câmara, conhecido como Minduim, disse em entrevista a uma emissora de TV que faz parte da Comissão de Ética da Câmara de Cacoal e que a comissão iria avaliar o pedido de cassação encaminhado ao legislativo. Os conflitos políticos ocorridos dentro do legislativo nos últimos meses deixam claro que não há votos suficientes para cassar nenhum mandato na Casa de Leis e tudo indica que qualquer opinião neste sentido seria mera especulação. Além disso, vários outros assuntos já foram discutidos na Câmara de Cacoal e os vereadores adotam sempre a mesma posição de afirmar que a justiça é que vai cuidar dos casos. Um exemplo claro disso foi a denúncia de desvio de combustíveis em várias secretarias do município, quando a Câmara de Cacoal se recusou a abrir uma CPI para apurar os fatos.
VEREADOR CORAZINHO
Na sessão ordinária da Câmara de Cacoal ocorrida esta semana, o vereador Valdomiro Corá, o Corazinho, manifestou total indignação com a forma com que o presidente Magnison Mota tem conduzido a Casa. O problema é que o vereador Magnison fingiu ser oposição ao prefeito até o momento que era conveniente para ele. Depois mudou de grupo e passou a fazer todas as vontades do executivo desfazendo inclusive atos que tinham sido adotados antes da eleição dele. Corazinho lembrou ao atual presidente que existem duas ações em tramitação no Poder Judiciário sobre a eleição da Mesa Diretora e que uma dessas ações pode determinar a volta dele ao comando do legislativo. Entre os fatos citados pelo vereador Corazinho, ele questinou o presidente por ter determinado o pagamento dos valores descontados dos vereadores que faltaram várias sessões nos primeiros meses do ano. O vereador Zivan Almeida usou a tribuna para dizer que “nunca faltou a nenhuma sessão”. Provavelmente ele não lembra que as sessões da Câmara de Cacoal são gravadas e que ele faz parte do grupo que faltou a várias sessões e se retirou de outras em andamento. A legislação municipal diz que os vereadores faltosos devem ter as faltas descontadas no salário.
ELEIÇÕES MUNICPAIS
A movimentação para as eleições municipais de 2024 começa a ganhar força em Cacoal. Nos últimos dias, diversos partidos realizaram reuniões para discutir o assunto e organizar a lista de possíveis candidatos. Após as eleições nacionais do ano passado, os debates nos municípios tendem a repetir as alianças feitas nos estados em 2023. Mas as composições ainda estão longe de retratar a realidade, porque eleições municipais exigem muito mais paciência e reuniões infinitas. Com relação às candidaturas de prefeito e vice-prefeito, vários nomes já são discutidos nos bastidores políticos de Cacoal e há a possibilidade de uma grande composição para escolher nomes de peso para a disputa. Como a tendência é haver uma eleição cheias de surpresas, os partidos se preparam para organizar boas nominatas, para tentar ganhar as cadeiras do legislativo municipal. Entre os vereadores atuais, muitos deles vão enfrentar grandes obstáculos para conseguir entrar em um partido, porque os candidatos novatos certamente vão bater o pé para não aceitar os atuais mandatários em seus partidos. Há vários partidos no município que não elegeram nenhum vereador, mas que possuem hoje nomes com boas chances de vitória. A tendência é que os partidos queiram proteger seus candidatos e evitar que sejam escadinha dos vereadores.
CANDIDATOS A PREFEITO
Muitas pessoas dizem atualmente que o atual prefeito Adailton Fúria é o amplo favorito para vencer as eleições no próximo ano e continuar à frente do executivo municipal. Como exerce o cargo hoje, ele é o único nome lembrado nas discussões e muitos políticos locais brigam para ser vice na futura chapa de Adailton Fúria. Pelos menos quatro vereadores fazem de tudo nos bastidores, tentando ganhar a simpatia do prefeito e seus aliados para fazer parte da chapa. O mais provável, porém, é que nenhum deles consiga a sonhada vaga, porque o prefeito não costuma abrir muito seu leque de escolhas dentro do grupo. Uma coisa é os vereadores serem defensores do prefeito na Casa de Leis. Outra coisa é terem a aceitação dele como parceiro de chapa. Aliás, a escolha mal feita de um vice, pode acabar tirando o favoritismo de hoje e muitas coisas ainda vão acontecer até a eleição. Além disso, o surgimento de uma dupla sem desgaste e com credibilidade na cidade pode tornar a reeleição do prefeito um grande problema. É claro que o atual mandatário fará de tudo para colocar em seu palanque o maior número de partidos possíveis, mas hoje o único partido que faz as vezes de fiel escudeiro do prefeito é o PSB, sigla que inclusive pode ser o abrigo do prefeito no próximo ano.
CASINHAS ELEITORAIS
Falando em eleições, os discursos sobre as casinhas do Vale Verde já começaram e vários vereadores se preparam para fazer pose como pais da retomada das obras. Na sessão desta semana, o vereador Edimar Kapiche fez um discurso emocionante dizendo que sempre defendeu as famílias das 300 casinhas que até hoje não receberam suas moradias. O problema é que muitas das famílias contempladas no sorteio certamente lembram que o vereador queria anular o sorteio e fazer um novo, incluindo todas as pessoas da lista inicial, que eram mais de 5 mil nomes. O que precisa ficar bem claro nessa história das casinhas populares é que nenhum dos vereadores tem influência para tomar decisões sobre o assunto e a decisão de retomar as obras de casas populares no país foi uma decisão do governo federal. Nada impede, porém que os vereadores, deputados ou senadores queiram dizer, em véspera de períodos eleitorais, que resolveram alguma coisa. Existem assuntos na esfera política em que um documento assinado por um vereador pedindo algo em Brasília significa a mesma coisa que um presidente de bairro escrever a São Pedro pedindo para parar as chuvas.
ELEIÇÃO DO IFRO
Esta semana, o Instituto Federal de Rondônia realizou a consulta à comunidade para escolher o Reitor do IFRO. O vencedor foi o professor Moisés José Rosa Souza e seu nome agora será enviado a Brasília para a nomeação. Participaram da consulta e votaram os professores, técnicos e estudantes matriculados na instituição. O professor Edislei Rodrigues, de Ccaoal, que ocupa atualmente o cargo de Reitor Interino no IFRO, era um dos candidatos e fez uma campanha brilhante, porém não conseguiu a vitória. Em vídeo divulgado nas redes sociais, ele agradeceu a todos os alunos, técnicos e professores que apoiaram sua candidatura e parabenizou os demais colegas que participaram da disputa, desejando sucesso ao vencedor. A campanha eleitoral no IFRO transcorreu em alto nível e ficou muito claro o respeito e admiração entre todos os candidatos, consolidando os princípios de democracia defendidos por todos eles, durante o pleito. A coluna deseja sucesso ao professor Moisés José Rosa Souza, eleito pela comunidade do IFRO e espera que ele consiga cumprir com êxito o programa apresentado à comunidade.