Search
12 de dezembro de 2024 – 16:41

Coluna Boca Maldita – OPERAÇÕES POLICIAIS

 

 

CENSO DO IBGE

No início desta semana, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o resultado do Censo Brasileiro realizado no ano passado. Segundo o IBGE, o Brasil tinha cerca de 214 milhões de pessoas dez anos e hoje tem 203 milhões. Isto significa uma diminuição significativa. Para se ter uma ideia, o estado do Paraná tem cerca de 11 milhões de habitantes. Seria equivalente ao número de brasileiros que representam a diminuição da população. O Rio Grande do Sul tem cerca de 10 milhões de habitantes. Assim, se a população brasileira diminuiu em 11 milhões de pessoas, é um número realmente significativo. No mesmo censo, o IBGE informa que a capital de São Paulo, maior cidade do país, teve acréscimo no número de habitantes em cerca de 200 mil pessoas. Em muitos municípios brasileiros, porém, os gestores reclamam dos números divulgados pelo IBGE, porque são exatamente esses números que servem de referência para muitos repasses de recursos públicos. Importante destacar que antes de fechar o censo, o IBGE disponibilizou alguns telefones e sites para que as pessoas não entrevistadas pelos recenseadores entrassem em contato para agendar as entrevistas. Neste caso, faltou aos municípios o empenho necessário para divulgar esses meios de acesso ao IBGE.

POPULAÇÃO DE CACOAL

Assim que o IBGE anunciou o início dos trabalhos do recenseamento no ano passado, diversas pessoas de Cacoal passaram a utilizar as redes sociais para dizer que o município tinha cerca de 120 mil habitantes. Entre essas pessoas estava o prefeito Adailton Fúria. Por diversas vezes, ele usou suas páginas nas redes sociais para dizer que a população do município era de 120 mil habitantes que os dados oficiais apresentados pelo IBGE em 2022 eram questionáveis. Ninguém sabe informar quais foram os dados considerados pelo prefeito e alguns vereadores para afirmar que o município tinha 120 mil habitantes, mas não dá para considerar esses dados. Para fazermos uma comparação simples, basta verificar que Ji-Paraná tem pouco mais de 124 mil habitantes, conforme os dados divulgados esta semana pelo IBGE. É claro que Ji-Paraná é uma cidade maior do que Cacoal, em termos populacionais. Não é possível imaginar que esses dois municípios possuem a mesma população. Assim, os números oficiais do IBGE indicam que Cacoal tem atualmente 86.895 habitantes, bem menos do que os números divulgados pelos políticos da cidade.

ALISTAMENTO ELEITORAL

A Justiça Eleitoral de Rondônia, através do Cartório Eleitoral de Cacoal está realizando um trabalho de alistamento eleitoral no município de Ministro Andreazza, localizado a cerca de 30 quilômetros de Cacoal. Os trabalhos iniciaram na última sexta-feira, 30 de junho e continuam neste sábado (01 de julho) e no domingo (02 de julho), no horário das 8 às 17 horas. A ação visa atender exclusivamente os eleitores que precisam fazer o 1º título eleitoral, transferir o título ou fazer a revisão. O trabalho é realizado na Câmara Municipal de Ministro Andreazza e as pessoas precisam levar os seguintes documentos: identificação com foto; comprovante de endereço; e alistamento militar, no caso dos eleitores do sexo masculino nascidos em 2004. Com relação ao comprovante de endereço, o documento poder ter o nome do eleitor ou de um familiar. Considerando que haverá eleições municipais em 2024, é muito importante que a população de Ministro Andreazza fique atenta a esse trabalho da Justiça Eleitoral, porque o titulo de eleitor é um documento fundamental. Além de ser o instrumento pelo qual as pessoas praticam a cidadania votando, o titulo de eleitor é necessário para diversas outras situações na vida das pessoas.

SESSÃO NO DIVINÓPOLIS

Os vereadores realizaram, na última segunda-feira, uma sessão no distrito de Divinópolis, localizado na Linha 14, zona rural de Cacoal. Durante a sessão, os vereadores renovaram algumas promessas já feita aos moradores em 2020, 2021 e 2022, mas não apresentaram nenhum benefício concreto para a população do distrito. A sessão realizada em Divinópolis deve marcar o início do período de recesso dos vereadores, o que significa que não haverá sessões ordinárias e as comissões ficam com os trabalhos suspensos durante o período em que durar o recesso. Os vereadores de Cacoal estão entre os raros casos de legislativo que têm um período de recesso diferente do que está previsto na Constituição Federal. Em Cacoal, o período de recesso dos vereadores é de aproximadamente 100 dias. Os deputados federais, senadores, deputados estaduais e câmaras de vereadores em todos os estados possuem 55 dias de recesso parlamentar, como é chamado esse período de suspensão das atividades, quase a metade do período em que os vereadores de Cacoal ficam fora de atividades. No ano de 2021, tramitou na Câmara de Cacoal um projeto do vereador Romeu Moreira para enquadrar a Câmara Municipal na mesma regra dos demais municípios, mas a maioria dos vereadores votaram pelo arquivamento da matéria. Assim, a próxima sessão ordinária da Câmara de Cacoal será em 07 de agosto.

TORRE DE TELEFONE

Durante a sessão realizada no distrito de Divinópolis, o vereador Paulo Henrique Silva usou a palavra para denunciar alguns fatos sobre os quais a população do distrito tem reclamações diárias. A torre de telefonia instalada no local pelo prefeito Adailton Fúria não funciona. Para conseguir usar o celular em Divinópolis, as pessoas precisam sair de casa e ficar embaixo da torre, porque o sistema não funciona nem a 300 metros de distância. No dia da inauguração da torre, o prefeito Adailton Fúria e o então vice-prefeito Cássio Gois fizeram discursos e disseram que os problemas de telefonia de Divinópolis estavam resolvidos. Imagine em dias de chuva as pessoas precisarem sair de casa para conseguir chegar perto da torre de telefonia, caso necessitem fazer uma ligação. Os políticos que moram no setor urbano de Cacoal podem até achar que esse tipo de situação não causa nenhum transtorno, mas a população de Divinópolis sabe muito bem as dificuldades que vive em razão da torre de telefonia. Como o prefeito não deve entenbder nada de rede de telefonia, cabe a operadora responsável tomar as providências. Mas cabe ao prefeito e vereadores cobrar dessa operadora.

ÔNIBUS ODONTOLÓGICO

Além da situação da telefonia, outro caso citado pelo vereador Paulo Henrique Silva foi sobre o atendimento odontológico em Divinópolis. A Prefeitura de Cacoal prometeu implantar no município um micro-ônibus equipado com instrumentos odontológicos e profissionais de odontologia que seria usado exclusivamente para atender a população do distrito de Divinópolis. Segundo o vereador Paulo Henrique, até hoje o serviço não foi implantado embora os recursos para a atividade tenham sido disponibilizados. A população do distrito de Divinópolis praticamente já está acostumada com as promessas feitas e nunca cumprida pelos políticos que visitam o local geralmente apenas em período eleitoral. Entre essas e tantas outras promessas, os políticos prometeram, há uns 4 ou 5 anos, a construção do muro da escola João de Deus que funciona no distrito. Até hoje nenhum tijolo foi colocado e provavelmente as promessas serão renovadas em 2024, quando acontecem as eleições municipais. A situação não é muito diferente no distrito de Riozinho onde os mesmos políticos já fizeram inúmeras promessas que jamais foram cumpridas.

FRENTE PARLAMENTAR

Esta semana, aconteceu em Cacoal um encontro que reuniu vereadores de diversos municípios do estado. O evento coordenado pelo vereador Edimar Kapiche teve como finalidade discutir a situação da estrutura do Polo II de saúde do estado, que é constituído por 34 municípios localizados na região central de Rondônia e no Cone Sul. Além dos vereadores, foram convidados o secretário de estado da saúde, prefeitos e deputados. A iniciativa do encontro debate principalmente qual é a participação dos demais municípios do Polo II de saúde, visto que os pacientes de dezenas de cidades são atendidos em Cacoal. Esta situação cria inúmeros transtornos, já que o Hospital Regional de Cacoal e o HEURO enfrentam sérias dificuldades com a demanda. Para que os atendimentos sejam realizados com maior qualidade, é necessário que o governo compre novos equipamentos, cuide da manutenção dos equipamentos já em uso, contrate novos profissionais e adote diversas outras medidas necessárias para garantir a infraestrutura. Em diversas ocasiões chega a faltar até mesmo lençol de cama nos hospitais, fato que não pode ocorrer num polo de saúde que atende mais de 30 cidades. Presente ao evento, o secretário de saúde de Rondônia prometeu que vai se empenhar para melhorar as coisas. A população espera que a promessa seja cumprida.

OPERAÇÕES POLICIAIS

Esta semana foi bem agitada para a administração do prefeito Adailton Fúria. Duas operações policiais foram realizadas na Prefeitura de Cacoal. Na segunda-feira, a operação realizada pela Polícia Civil tinha a finalidade de investigar a prática de corrupção na administração em relação serviços de concessão de placas. Na terça-feira, foi a vez da operação realizada pela Polícia Federal e dessa vez a investigação se refere à possíveis irregularidades cometidas em processos de licitações para a compra de tubos corrugados. Pelas circunstâncias das operações, tanto a Polícia Civil quanto a Polícia Federal possuem informações que exigiram medidas mais enérgicas e por esta razão foram afastados das funções dois secretários municipais e um servidor subordinado. Alguns dos fatos que resultaram nas operações policiais já tinham sido citados diversas vezes pelos vereadores de oposição em sessões da Câmara de Cacoal. Entretanto, os vereadores que apoiam a administração costumam votar contra as ações de fiscalização. O problema é que as informações chegam às autoridades policiais e os vereadores não podem impedir a ação da polícia. Nos bastidores políticos, os comentários são de possíveis operações futuras com possibilidade de prisão de vereadores de Cacoal.

PEDIDO DE CASSAÇÃO

A Câmara de Cacoal recebeu esta semana um documento cujo conteúdo é um pedido de cassação do vereador Magnison Mota, presidente da Câmara Municipal. O pedido contém muitas páginas com todas as justificativas que visam comprovar a quebra de decoro do vereador. Magnison Mota foi acusado de assédio sexual por uma servidora municipal. Segundo as denúncias registradas pela servidora em boletim de ocorrência na Delegacia Regional de Polícia Civil de Cacoal, o vereador fazia insistentes convites para jantar, sair com ele, ficar com ele e outras condutas registradas no BO. Após as denuncias da servidora virem a público, outras servidoras disseram nas redes sociais que também teriam sido vítimas do mesmo vereador. Magnison Mota, agora,  pertence ao grupo político do prefeito Adailton Fúria e foi eleito presidente exatamente pelo grupo de apoio à administração. Considerando a quantidade de documentos que foram juntados no pedido de cassação do vereador, vai ficar muito difícil a situação dele no legislativo e também na cidade, porque Magnison Mota usa a tribuna com frequência para se declarar muito religioso e defensor das famílias de Cacoal. Neste caso, é necessário saber o que pensam as famílias das pessoas que sofrem assédio sexual de políticos.

 

CONSCIÊNCIA PESADA

Numa festa muito luxuosa, uma madame é a presentada a um político da cidade.

– Muito prazer, diz o político.

– Prazer, responde a madame. Saiba que já ouvi falar muito sobre o senhor.

– É possível, minha senhora, mas ninguém tem provas, disse o político.

 

Gostou? Compartilhe esta notícia!

Facebook
WhatsApp