ACABOU O RECESSO
Neste fim de semana, acaba o fim do período de recesso dos vereadores. Calma! Mas isso não significa que haverá sessão na segunda-feira. Segunda será dia 31 de julho. Assim, nossos queridos representantes do povo voltam às sessões ordinárias somente no dia 08 de agosto. A última sessão ordinária aconteceu ainda no mês de junho no distrito de Divinópolis, na Linha 14, mas nenhuma proposta para melhorar a vida das pessoas que moram no distrito foi apresentada. Como já virou tradição na cidade, tudo indica que a volta dos vereadores, após o término do recesso (chamado por muitas pessoas de férias de 100 dias), terá diversas polêmicas e conflitos, porque muitas confusões aconteceram neste mês de julho. Nos bastidores, pelo menos cinco ou seis vereadores chegaram a comentar que o melhor seria continuar um pouco mais o recesso, porque eles terão que dar muitas explicações sobre diversos fatos.
GARÇOM DO SEMÁFORO
Durante esse período de merecido repouso, os vereadores chegaram a interromper o recesso, ou férias, para votar e afastar do mandato o vereador Lauro Costa Kloch. A sessão extraordinária que afastou o vereador foi convocada pelo presidente da Câmara de Cacoal, Magnison Mota. Segundo ele, era urgente tomar a decisão, porque precisava atender um pedido da Comissão de Ética, formada pelos vereadores Edimar Kapiche, Paulinho do Cinema e Ezequiel Câmara. No documento em que a Comissão de Ética pede o afastamento do vereador Lauro Garçom, está escrito que a imagem do Poder Legislativo não pode ser arranhada, porque os vereadores representam a seriedade, a legalidade e a responsabilidade. O afastamento do vereador Lauro deve ser objeto de uma medida judicial já nos próximos dias, porque os advogados de defesa do vereador se preparam para pedir a anulação da decisão da Câmara de Cacoal. Apenas os vereadores que fazem parte do grupo do prefeito Adailton Fúria compareceram para afastar o vereador Lauro Garçom e a sessão teve inclusive a participação e o voto do vereador Pedro Rabelo, que é suplente do vereador afastado e, portanto, o maior beneficiado com a decisão.
MAGNISON MOTA
Fato muito estranho é que os vereadores fizeram uma reunião extraordinária para afastar o vereador Lauro Garçom, mas não tomaram nenhuma decisão em relação ao vereador Magnison Mota, outro que teve o pedido de cassação protocolado na Câmara Municipal. No caso do presidente da Casa de Leis, ele foi acusado por uma servidora pública municipal de ter cometido assédio contra ela. Houve até mesmo um boletim de ocorrência do suposto assédio e uma ação judicial tramitava contra o vereador. Porém o advogado do vereador Magnison Mota convenceu a denunciante a desistir da ação na justiça. A desistência da ação judicial, porém, não impede a Câmara de Cacoal de adotar as medidas cabíveis em relação à quebra de decoro do presidente da Casa. Entretanto, os vereadores da Comissão de Ética afirmam que não tomaram conhecimento oficial dos fatos, embora a cidade inteira tenha visto os boletins de ocorrência circularem em todos os grupos de redes sociais de Cacoal. É muito estranho que justamente a Comissão de Ética não tenha sido informada. Tanto o pedido de cassação do vereador Lauro Garçom como o pedido de cassação do vereador Magnison Mota foram protocolados na Câmara de Cacoal.
PRODUÇÃO ZERO
Diante de tantos escândalos e confusões envolvendo a Câmara de Cacoal, muitos contribuintes que pagam seus impostos e pagam os salários dos vereadores já manifestam grande insatisfação com os vereadores que foram eleitos em 2020 prometendo honestidade, seriedade, responsabilidade e outros deveres. Os vereadores também prometiam acabar com todos os problemas do Poder Legislativo e moralizar a Casa de Leis. Muitos contribuintes talvez não tenham percebido, mas são raros, raríssimos, os projetos de iniciativa dos vereadores que tenham alguma relação com as promessas feitas durante a campanha. O eleitor cacoalense deveria fazer uma reflexão sobre os seguintes fatos: quantos projetos foram apresentados pelos vereadores para resolver os problemas da educação, saúde, meio ambiente, agricultura e outros setores onde existem muitas necessidades. Nossos vereadores já estão no cargo há mais de 2 anos e meio. Talvez seja a hora de mostrar alguma coisa positiva para os eleitores que foram às urnas em 2020 e mudaram praticamente toda a Câmara de Cacoal. A mudança foi tão significativa que apenas dois vereadores foram reeleitos. Isso significa que a população fez sua parte. Se os vereadores estão correspondendo, é outra história.
AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO PARA OS VEREADORES
Falando em projetos dos vereadores, a mais recente novidade é que eles elaboraram um projeto cuja finalidade é criar o Auxílio Alimentação para os vereadores, no valor de mil reais e criar o Auxílio Saúde, no valor de 600 reais. É muito provável que boa parte da população de Cacoal não tenha nenhuma simpatia por essa ideia, porque os vereadores cacoalenses ocupam o topo da lista dos vereadores com melhores salários entre os 52 municípios de Rondônia. Curiosamente os vereadores adoram fazer discursos emocionantes na tribuna da Casa de Leis e dizem com muita ênfase que eles são os verdadeiros representantes da população. Outra medida que deve entrar na pauta da Câmara de Cacoal ainda este ano é a possibilidade de aumentar o número de cadeiras no legislativo. Alguns vereadores desejam aumentar para 15 cadeiras, outros desejam 17. Caso os vereadores queiram manter as atuais 12 cadeiras, não existe nenhum problema em fazer isso, mas os representantes da população entendem que uma forma de ajudar a cidade é aumentar o número de cadeiras. Os maiores defensores da ideia são os vereadores da chamada base de apoio à administração. Vamos esperar e ver como fica a situação.
SERVIDORES SEM SALÁRIOS
Na última sexta-feira, dezenas de servidores públicos de diversas secretarias estaduais de Rondônia foram pegos de surpresa com a falta do pagamento em suas contas. Segundo informações que circularam na imprensa, os recursos disponíveis não foram suficientes para pagar os servidores. Aproximadamente seis ou oito secretarias foram afetadas com a situação. No mesmo dia em que os servidores foram ao banco e constataram que seus pagamentos não estavam na conta, a Assembleia Legislativa realizou uma sessão extraordinária e votou um projeto para a abertura de crédito suplementar. Segundo os deputados, o governo de Rondônia se movimenta para consertar o erro e fazer o pagamento dos servidores. Não deve ter sido fácil para todos os servidores sem pagamento chegar ao banco numa sexta-feira, com o objetivo de pegar o salário e pagar as contas do mês, e ver que estavam sem pagamento. Esse tipo de coisa não pode acontecer, porque os transtornos são muito grandes. Muitos desses servidores estavam em recesso e viajando para outros estados. É complicado receber uma notícia tão desagradável como esta.
REFORMA DA RODOVIÁRIA
O prefeito de Porto-Velho, Hildon Chaves, fez uma visita esta semana à rodoviária da capital para vistoriar os trabalhos de reforma do terminal rodoviário. A parte da estrutura metálica está bem adiantada, com quase metade dos serviços feitos. Os trabalhos de drenagem e terraplanagem já foram concluídos, fato que mostra boa evolução nas ações de reforma da rodoviária. A previsão é que a obra seja concluída no próximo ano. A reforma do terminal rodoviário de Porto-Velho será um marco na administração do prefeito da capital, porque era um desejo muito antigo de todos os moradores de Porto-Velho e de milhares de pessoas que trabalham ou utilizam o local para embarque e desembarque. Durante mais de 30 anos, muitos políticos prometeram fazer a reforma, mas tudo havia ficado na conversa. A conclusão e entrega da obra pode credenciar Hildon Chaves para importantes disputas políticas futuras, porque ele tem sido avaliado por muitas pessoas como um político honesto e realizador de obras.
PROMESSAS ANTIGAS
Falando em reforma de rodoviária, faz muito tempo que não se ouve falar do assunto em Cacoal. A estrutura da rodoviária do município apresenta sérios problemas que causam muitas dores de cabeça para todas as pessoas que trabalham no local e para todos os usuários de ônibus que necessitam do terminal. A reforma da rodoviária de Cacoal já foi prometida pela administração do ex-prefeitos Franco Vialeto, Glaucione Rodrigues, Maria Simões e o atual prefeito Adailton Fúria. Na ocasião de todas as promessas, dizia-se que os recursos já estavam na conta e que a obra seria executada em poucos dias. Há muitos vídeos e textos em muitos portais eletrônicos de Cacoal onde diversos políticos aparecem fazendo discursos muito emocionantes e dizendo que fariam da rodoviária da Capital do Café a melhor rodoviária de Rondônia. É provável que muitos desses políticos já nem se lembrem dessas promessas, mas as pessoas que sofrem os transtornos da falta da reforma sabem muito bem o que significam as promessas vazias. Sempre que são cobrados, os políticos renovam as promessas e dizem que o projeto já está pronto e o dinheiro na conta, mas até hoje nenhuma telha foi colocada no velho prédio. Situação realmente lamentável. Como as promessas não foram cumpridas, a coluna cumpre seu dever de lembrar os políticos e atualizar os leitores. Tribuna Popular, desde os tempos de jornal impresso, vem publicando essas mentiras, mentiras dos políticos que prometeram inúmeras vezes uma rodoviária que Cacoal e o povo que faz uso dela mereçam.
LISTA DE DESEJOS
Aliás, a reforma da rodoviária não é a única promessa de obra que não foi cumprida em Cacoal, a lista é imensa. O Hospital Municipal, as obras das pontes do Pirarara e Machado, as obras da Rua Uirapuru, a reforma do Feirão do Produtor, a Vila Olímpica, a construção do Complexo da Segurança Pública e várias outras fazem parte da lista. A desculpa mais comum é que, no período chuvoso, não dá para tocar obras e que no começo do verão todas as obras serão concluídas. Outra desculpa muito usada é que os projetos foram mal feitos ou que os valores precisam ser atualizados, porque as empresas não aceitam fazer obras por preços baixos. Como o mês de agosto começa na próxima semana, estamos nos aproximando das primeiras chuvas do próximo inverno e não há previsão para a conclusão das obras. Certamente, quando começarem as chuvas, os projetistas vão atualizar os projetos e valores para concluir as obras no verão de 2024. Nesse caso, a população não pode desanimar, porque em anos de eleições não é difícil aparecer obras para servirem de palanque. O problema seria a ocorrência de novas promessas. E olha que quem teve casas inundadas com a ultima enchente, sonham em jamais enfrentar situação igual, mas a esperança para tal é a construção das novas pontes sobre o Pirarara, que uma vez mais altas e com vãos maiores, as águas não serão represadas e as casas não serão invadidas pelas águas. Será que as autoridades responsáveis pela obras das pontes estão preocupadas com isso?
