Antes de um aprofundamento do tema sugerido pelo título, cabe destacar o nosso respeito pela diversidade e compromisso com a liberdade de expressão e os valores democráticos. Justamente em razão disso é que, neste artigo, demonstraremos nosso desagrado e protesto veemente contra aqueles que, alegando que lutam pelos seus direitos, vão muitos passos além e violam, de maneira arrogante e abusiva, os direitos dos demais cidadãos deste país.
O artigo 5º da Constituição Federal trata dos direitos e garantias fundamentais dos cidadãos, assegurando igualdade perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. Entre esses direitos, temos o da liberdade de expressão e ninguém é obrigado a fazer ou a deixar de fazer algo, senão em virtude da lei. Mesmo as leis não podem violar garantias fundamentais, que não vamos discutir aqui, mas que são amplos e não cobrem apenas as questões de gênero.
No dia 28 de junho, o mundo celebra o Dia Internacional do Orgulho Gay, que também é conhecido como Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+. A data tem como um dos objetivos conscientizar a população sobre a importância do combate à homofobia. Até aqui, estamos de acordo que as pessoas precisam ser respeitadas e quaisquer discriminações devem ser punidas com o rigor da lei.
O que não estamos de acordo é como se comportam, de maneira tirânica, os que se identificam como incluídos nas categorias de gêneros que esta sopa de letras LGBTQIA+ representa. A sigla, aliás, vem ganhando letras a cada ano que passa, o que demonstra que essas pessoas ainda estão em busca de uma identidade e nós respeitamos isso. O que não podemos aceitar é o terror com que querem, à força, subjugar quem pensa diferente e se conforma com o padrão biológico que determina se o indivíduo é homem ou mulher.
Por ocasião das comemorações do Dia do Orgulho Gay, ativistas do movimento entraram com uma representação na Justiça exigindo que a seleção brasileira defina a utilização do número 24 por algum jogador. Alegam que o não uso desse número representa um ato de discriminação.
Esse tipo de atitude desses ativistas, que clamam por direitos e respeito aos valores democráticos, é um tremendo exagero. Não há sentido nessa exigência. É uma tentativa de ingerência no direito dos jogadores de usarem o número que quiserem em suas camisetas.
O direito de alguém termina quando se inicia o direito de outrem. A opção sexual de cada um tem que ser respeitada, mas isso não dá o direito a essa gente de continuar cometendo esses abusos. O que vão querer agora?
Um time de futebol, pelo que sabemos, tem 11 jogadores. Depois disso, aí temos os números extras, que podem ser qualquer um. No caso da seleção brasileira, os dirigentes da CBF colocam os números extras à disposição e, dentro do que se consagra como valores democráticos, o jogador tem o direito de recusar um número se isso lhe causar constrangimento.
Aí os defensores do movimento LGBTQI+ vão dizer que é um absurdo alguém se sentir constrangido em usar o número 24. Afinal, é apenas um número. Tudo bem, entendemos isso. Mas há situações em que essa gente também se constrange se forem obrigadas a usar o que é normal para as demais pessoas, não incluídas no movimento. Por exemplo: eles exigem para si o direito ao “nome social”, pois usar o nome de homem só porque nasceu homem pode constrange-lo. Ok, respeitamos esse direito. Só que o direito de um termina quando inicia o direito de outro. O direito de um jogador não usar o 24 – se isso o constranger – equivale ao direito de alguém que nasceu como João não querer ser chamado por esse nome e sim por outro de se sua preferência, como Joana, Jéssica, etc.
Em síntese: a implicância e tentativa de obrigar jogador a usar o número 24 não é o exercício de um direito. É imposição. Só quem tem poder de império é o Estado, sempre que em consonância com a Lei.
O movimento LGBTQIA+ quer mais do que reivindicar direitos. Quer impor-se sobre os demais. Respeitar o direito deles é uma coisa. Sermos obrigados a nos sujeitarmos a imposições absurdas chama-se TIRANIA.