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12 de dezembro de 2024 – 14:55

Metralhadoras furtadas do Exército teriam sido deixadas em viatura

Armas furtadas do Arsenal de Guerra do Exército em SP estariam em uma Marruá antes do crime; armamento teria sido utilizado em treinamento

São Paulo — As 21 metralhadoras furtadas do Arsenal de Guerra do Exército de São Paulo, em Barueri, na semana passada, teriam sido deixadas dentro de uma viatura Agrale Marruá, veículo militar que estava estacionado na garagem do quartel do Comando Militar do Sudeste, antes do crime.

O armamento teria sido utilizado na Operação Agulhas Negras 2023, treinamento realizado na região do Vale do Paraíba, entre os dias 18 e 29 de setembro, para manter o “estado de prontidão” das tropas. Por segurança, as armas e munições ficam armazenadas em um paiol, com acesso controlado.

Como relevado pelo Metrópoles, criminosos ainda não identificados furtaram 13 metralhadoras calibre ponto .50, que podem derrubar aeronaves, e 8 de calibre 7,62, na quarta-feira (11/10). O crime foi confirmado pelo Exército dois dias depois.

Uma metralhadora .50 custa, no Paraguai, cerca de R$ 150 mil. O valor, no mercado clandestino brasileiro, pode dobrar.

Uma comitiva do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército, que fica no Distrito Federal, chegou a São Paulo no fim de semana para apurar o caso. A Polícia Civil, apesar de não ter registrado boletim de ocorrência sobre o furto, dá apoio na apuração do crime.

Maior furto

O furto do Arsenal de Guerra do Exército, em Barueri, é o maior desvio de armas registrado pelas Forças Armadas desde 2009, segundo levantamento do Instituto Sou da Paz.

“Consequências catastróficas”

O secretário da Segurança Pública de São Paulo (SSP), Guilherme Derrite, afirmou que as polícias paulistas estão empenhadas para evitar “consequências catastróficas” do furto de 13 armas antiaéreas, levadas do Arsenal de Guerra do Exército.

“Lamento o furto das 13 armas antiaéreas do Arsenal de Guerra do Exército. Nós da segurança de São Paulo não vamos medir esforços para auxiliar nas buscas do armamento e evitar as consequências catastróficas que isso pode gerar a favor do crime e contra segurança da população”, escreveu Derrite no X (ex-Twitter).

(Metrópoles)

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