ELEIÇÃO 2024
Embora a Justiça Eleitoral tenha feito um excelente trabalho de divulgação sobre os procedimentos para a hora do voto, muitos eleitores ainda não estão devidamente esclarecidos. Uma das muitas dúvidas é sobre que documento o eleitor pode apresentar na sessão eleitoral. Então, vai a dica da coluna: mesmo que o eleitor tenha perdido seu título, ele pode votar sem nenhum problema e basta apresentar um documento oficial com foto, para que seja identificado pelos mesários. Se o eleitor votou nas últimas eleições, significa que está em dia com a Justiça Eleitoral. Assim, desde que ele saiba o local onde vota, não precisa portar o título eleitoral. Caso o eleitor não saiba o local onde vota, ele pode comparecer em um dos locais de votação e buscar as informações sobre seu local de votação com os servidores da Justiça Eleitoral que estarão presentes em todos locais de votação. O importante é comparecer para votar e exercer a cidadania, escolhendo os candidatos de sua preferência, porque o ato de votar é fundamental para fortalecer a democracia.
FIM DA CAMPANHA
Neste domingo, 6 de outubro, acontece a eleição para prefeito e vereadores em todos os municípios dos Brasil. Em Cacoal, 3 candidatos disputam a eleição de prefeito: Adailton Fúria (PSD); Almir Suruí (PDT) e Celso Popó (PL). Durante os 45 dias de campanha, todos os candidatos foram às ruas, fizeram reuniões, caminhadas, carreatas, passeatas e utilizaram suas redes sociais para pedir os votos dos eleitores. Assim é o processo democrático brasileiro. A partir das 7 horas da manhã de domingo, até as 16 horas, acontece a votação. Certamente, no início da noite, já será possível conhecer o novo prefeito de Cacoal, que tomará posse em 1º de janeiro de 2025. No caso dos candidatos ao legislativo, mais de 150 candidatos e candidatas disputam as 12 cadeiras da Câmara Municipal de Cacoal e as expectativas são muito grandes, porque não existe favoritismo. A campanha para o cargo de vereador é muito difícil, porque depende de um intenso trabalho de corpo a corpo que torna a campanha bem exaustiva. Com o encerramento da campanha, resta saber quem foram os candidatos e candidatas que convenceram melhor os eleitores e esperar a festa da democracia e os resultados das urnas na noite de domingo.
CANDIDATOS A VICE
Durante toda a campanha, os eleitores comentaram muito sobre os nomes que formam as chapas majoritárias, como candidatos ao cargo de vice-prefeito. A pastora Maura Prada é parceira de chapa do candidato Almir Suruí; o advogado Tony Pablo forma a chapa com Adailton Fúria e a advogada em empresária Gil Cardoso compõe a chapa encabeçada por Celso Popó. Como os comentários sobre os vices foram intensos durante todo período de pré-campanha e também durante a campanha eleitoral, vamos ver qual será a influência negativa ou positiva que eles terão nos resultados alcançados pelos cabeças de chapa. A função do vice-prefeito é substituir o titular da chapa em caso de renúncia ou por outra razão que impeça o exercício do mandato. Por esta razão, os eleitores também costumam avaliar os nomes de vice-prefeito, quando vão decidir o voto. Claro que a escolha do vice é uma coisa que mexe com a estrutura da chapa, mas não é possível perceber o exato nível de influência negativa ou positiva antes da apuração dos votos. Então, após a apuração oficial, vamos ver qual foi o peso dos nomes escolhidos.
MINISTRO ANDREAZZA
A eleição de prefeito em Ministro Andreazza, município vizinho de Cacoal, está completamente indefinida. Na eleição deste ano, 4 nomes participam da disputa pela Prefeitura Municipal e esta situação foge um pouco da tradição política do município. Além do atual prefeito, Mila da Agricultura (PSD), que disputa a reeleição, também brigam pelo cargo o ex-prefeito Wilson Laurenti (PL), a vereadora Tatiane Cardoso (UB) e o empresário Odair da Nelore (PV). Não há um nome favorito para vencer a eleição em Ministro Andreazza, e a disputa deve ser acirrada. Nos bastidores políticos do município circula a notícia de que um número grande de eleitores de Cacoal teria transferido o título para votar em Ministro Andreazza, mas não há nenhuma confirmação sobre o fato. Os eleitores podem fazer transferência de domicílio eleitoral e isto é permitido pela legislação. Entretanto, se houver algum vestígio de que aconteceu alguma manobra política para transferência de votos, as autoridades que fiscalizam a eleição podem investigar. No caso citado, é importante esclarecer que pode mesmo se tratar de um boato, porque boatos são comuns em campanha, mas as autoridades estão de olho.
MEDO DE MUDANÇA
Os vereadores que disputam a reeleição parecem muito incomodados com as mensagens de mudança e renovação que foram pregadas pelos eleitores e candidatos novatos durante toda a campanha eleitoral. Na última sessão ordinária da Câmara Municipal de Cacoal, vários vereadores usaram a tribuna para reclamar que as pessoas que pregam a mudança deveriam reconhecer e agradecer os projetos e trabalhos realizados por eles nos últimos 3 anos e 9 meses. Isto é um fato muito polêmico e que foi discutido com intensidade, porque uma parte muito grande dos eleitores entende que deve haver mudança total. Outra parte bem menor da população acredita que 3 ou 4 vereadores deveriam permanecer nos cargos. Considerando todos os fatos que aconteceram durante a atual legislatura no legislativo de Cacoal, é muito difícil imaginar que as reclamações dos vereadores serão ouvidas pelo eleitor, porque a tendência é que muitas mudanças aconteçam, porque as brigas pessoais marcaram a Câmara Municipal nos últimos anos. Na eleição de 2020, apenas 3 vereadores conseguiram ser reeleitos, mas naquela época, as brigas e problemas pessoais eram menores e nossos atuais vereadores deveriam reconhecer esta realidade. Bater o pé agora e dizer que todos merecem voltar é bem complicado, mas essa decisão será dos eleitores que vão às urnas neste domingo.
PROCESSOS E DENÚNCIAS
Mesmo com o resultado das urnas, na noite de domingo, é possível que fatos novos aconteçam após a eleição. Isto porque, nos bastidores da campanha, existem muitos comentários sobre eventuais gravações de candidatos que são acusados de compra de votos. Oficialmente não existe nenhuma denúncia na Justiça Eleitoral, mas muita coisa pode acontecer até a diplomação dos eleitos. Com a evolução da tecnologia e o uso constante de celular, os registros feitos em reuniões e visitas de candidatos podem guardar imagens e áudios que colocam em xeque a conduta dos candidatos e que podem complicar a situação, em caso de denúncia, após as eleições. Muitos candidatos fazem promessas e negociações que a legislação eleitoral considera como compra de votos e se houver registros de imagens ou áudio que comprovem as condutas, podem acontecer ações na Justiça Eleitoral. Entre os problemas que podem criar muita dor de cabeça, está o uso de caixa 2 em campanha, principalmente por parte de candidatos já conhecidos pelos eleitores como candidatos que praticam condutas indevidas na campanha. Vale lembrar aos candidatos e candidatas que, além da fiscalização que a Polícia Federal, Ministério Público e Justiça Eleitoral farão no dia da eleição, os próprios eleitores podem fazer denúncias. O melhor caminho para quem deseja evitar problemas é fazer as coisas como a legislação determina.
MÁGOAS DE CAMPANHA
Uma situação que deve acontecer após as eleições é que haverá muitas reclamações de candidatos e candidatas, em relação às eventuais traições ocorridas durante a campanha eleitoral. Alguns candidatos já comentam que, a partir de segunda-feira, vão adotar duras medidas para se vingar dos traidores. O problema é que muitos candidatos pregam a democracia, mas não aceitam que os eleitores tenham a liberdade de decidir em quem votar. Existem casos em que os candidatos alegam ter feito algum favor para determinados eleitores e que não foram correspondidos na campanha. Existem, inclusive, situações que envolvem cargos comissionados em diversos setores públicos, já que os candidatos imaginam ser os donos desses cargos por indicação política. Diversos servidores comissionados foram praticamente obrigados a fazer propaganda para muitos candidatos que possuem influência na indicação de cargos comissionados em Cacoal. Outro problema que certamente vai deixar mágoas é que existem candidatos que reclamam que tiveram seus redutos “invadidos” por candidatos adversários. A ideia de tentar fazer de alguns setores curral eleitoral de políticos não combina em nada com a democracia e com a liberdade de escolhas dos eleitores.
CAMPANHA NA FEIRA
Na manhã deste sábado, 5 de outubro, véspera da eleição, a feira livre que acontece na avenida São Paulo, no centro de Cacoal amanheceu repleta de candidatos e cabos eleitorais. Havia candidatos entregando santinhos até para outros candidatos, já que nem todos se conhecem pessoalmente, mas esse fenômeno é normal nas feiras, em período eleitoral. Porém a presença de candidatos nas feiras não significa a garantia de votos, porque as pessoas que trabalham ou que vão à feira fazer compras não estão muito interessadas em ouvir candidatos. Além disso, a simples entrega de santinhos não convence muito, justamente porque a quantidade de candidatos é grande e o tumulto é geral. Mas o último dia de campanha também pode ser muito importante, porque a quantidade de eleitores que ainda não definiram seus candidatos a vereadores e vereadoras é muito grande. Como o horário de rádio e TV já foi encerrado, certamente os candidatos vão intensificar suas visitas ao máximo, inclusive no domingo da eleição, em busca de ampliar seus votos.
DISCRIMINAÇÃO DE PACIENTES
Na semana passada, algumas mães e pais que estiveram no Pronto Socorro Infantil de Cacoal saíram de lá reclamando muito de um técnico de enfermagem que atende no local. Segundo informações, o servidor declara que sua prioridade é atender pacientes da direita, porque não gosta de pessoas da esquerda. Dizem ainda as pessoas que reclamam do atendimento do rapaz que ele trata muito mal pessoas que chegam ao local usando tornozeleira eletrônica e declara que “bandido bom é bandido morto”. É provável que os responsáveis pela unidade de saúde não tenham conhecimento deste fato, porque a conduta do servidor, se comprovada, é ilegal e não combina com a profissão de pessoas treinadas para atender em ambientes hospitalares. O atendimento nos hospitais nada tem a ver com a opinião política das pessoas e muito menos com o fato de uma pessoa usar tornozeleira. Um dos pacientes estava indignado e prometeu que vai gravar no celular a forma como o técnico de enfermagem trata os pacientes. Pelo que consta, ele é contratado por uma empresa terceirizada que presta serviço ao município. Vale destacar que todos os técnicos de saúde recebem treinamento sobre como tratar os pacientes em unidades de saúde, mas parece que esse servidor não teve o treinamento correto.
QUE TENHA A MESMA FORÇA!!!
Na manhã de hoje, sábado, estava difícil de trafegar pelas principais ruas e avenidas da cidade de Cacoal. Parecia que todos os candidatos estavam querendo desfilar nas passarelas da cidade para mostrar a cara e suplicar o voto de cada eleitor. Quem pretendia atravessar umas dessas ruas e avenidas tomadas pelo movimento de carros, caminhonetes, caminhões e motocicletas, esperava que a sorte lhe ajudasse, em colocar um condutor, capaz de esperar, dando espaço para que carros, motos e pedestres que nada tinham a ver com a bagunça, pudessem passar. Graças a esses pacienciosos condutores participantes das carreatas, o tumulto ficou bem menor. O que chama mais a atenção são a disposição de candidatos. Torçamos para que os eleitos usem a mesma desenvoltura para trabalhar por Cacoal, conforme as necessidades do município. E que aqueles que se propuseram a disputar a eleição, pensando somente no seu bem estar, de olho no alto salário que vai receber e demais benesses que o poder lhe coloca nas mãos, esqueçam dessa parte e lembrem que Cacoal tem uma população honesta e trabalhadora e que merece todo seu empenho, e que tudo o que fizeres para engrandecer o município, estará valorizando sua luta, de seus familiares e de cada cidadão que aqui reside e pensa em dias melhores. VAMOS VOTAR CONSCIENTES!