CACOAL: AS ELEIÇÕES, OS ELEITOS E O PROCESSO ELEITORAL…
No último dia 6 de outubro, os eleitores de Cacoal foram às urnas para escolher o prefeito do município e os vereadores e vereadoras, após todos os preparativos da pré-campanha e os 45 dias de intensa mobilização realizados pelos candidatos nos bairros, residências, empresas, igrejas, linhas rurais, distritos e todos os demais setores em que é possível a busca pelo voto. Assim, finalmente, foram eleitos o prefeito Adailton Fúria, os 9 vereadores e 3 vereadoras, que tomarão posse em 1º de janeiro de 2025. Claro que a ressaca eleitoral ainda reflete na cabeça de todas as pessoas que disputaram a eleição. Para a maioria dos candidatos e candidatas, foi apenas mais uma disputa na qual a vontade soberana do eleitor prevaleceu nas urnas, consolidando mais um passo para a democracia que se pretende. Para alguns poucos que não foram eleitos, ficou um pouco de mágoa, ressentimento e revolta, mas esses sentimentos não atingem os candidatos/as que realmente defendem a democracia…
Inicialmente, é necessário entender que a eleição é um processo matemático e integralmente lógico, porque, entre os três candidatos que disputaram a Prefeitura Municipal, apenas um seria eleito; enquanto 12, entre cerca de 158, seriam eleitos para compor o legislativo. Até aí, nenhuma novidade, porque todas as pessoas que disputaram, e os eleitores, sabiam que a probabilidade era maior de não ser eleito. A Matemática pode até não servir de conforto para aqueles que não obtiveram os resultados esperados, mas afasta qualquer possibilidade de VAR, principalmente porque o Brasil possui o sistema eleitoral mais seguro do mundo. Essa história de “fraude” em urna é puro delírio de quem não admite a realidade das urnas e a democracia. Não existe nenhuma dúvida de que a vitória dos candidatos e candidatas eleitos foi absolutamente legítima e cabe aos que não foram eleitos aceitar democraticamente os resultados. Assim, não é possível que ainda apareça alguém para declarar que “Xandão” se escondeu numa “sala secreta” para eleger Adailton Fúria e os 12 vereadores e vereadoras. Aliás, as pessoas que pensam assim jamais deveriam participar da eleição, mas não foi o que se viu. Vários negacionistas das urnas eletrônicas disputaram a reeleição e a eleição. Estranho isso! A única “sala secreta” de uma eleição é a cabeça de cada eleitor, e esta “sala secreta” precisa ser respeitada…
Outro aspecto que precisa ser destacado e enfatizado é o brilhante trabalho que foi realizado pela Justiça Eleitoral em Cacoal, pelo Ministério Público Eleitoral e pelo Cartório Eleitoral, além das instituições que fiscalizam o processo, entre elas a Polícia Federal e a Ordem dos Advogados do Brasil. Foi um trabalho fantástico!! As ações da Dra. Anita Magdelaine Perez Belém (Juíza Eleitoral); do Dr. Diogo Boghossian Soares da Rocha (Promotor Eleitoral); e a senhora Cariny Baleeiro Tadiotto Cielo (Chefe do Cartório Eleitoral de Cacoal) são merecedoras de todos os elogios, porque, desde o ano de 2023, até a data da eleição, em 6 de outubro, essas pessoas realizaram um trabalho sensacional. Lógico que a citação de seus nomes também implica registrar os mesmos elogios para todas as pessoas que fazem parte das equipes coordenadas por essas duas mulheres e o promotor. Um trabalho exaustivo, intenso, transparente, isento e muito eficaz, que precisa ser registrado, para que se faça a devida justiça. Não houve qualquer problema na eleição e tudo aconteceu dentro da mais ampla legalidade, transparência e harmonia. Inclusive, todas as determinações da Justiça Eleitoral, com relação à propaganda indevida, estão amparadas pela legislação em vigor. Como Ministro Andreazza faz parte da 11ª Zona Eleitoral, todos os registros também valem para o município vizinho…
O papel da Justiça Eleitoral será encerrado com a diplomação dos eleitos, ato que deve acontecer assim que forem julgadas as prestações de contas. Aos eleitos e eleitas, desejamos sucesso, nos quatro anos de mandato, e que a população de Cacoal receba todos os benefícios das escolhas feitas em 6 de outubro. Com relação a eventuais críticas ou elogios aos candidatos e candidatas eleitos, logicamente que ainda não é possível opinar, porque seria injusto e precoce tecer comentários, antes mesmo que comecem seus mandatos. Claro que, a partir de fevereiro, a coluna fará todos os registros necessários, sejam elogios ou críticas, porque a democracia também implica informar a população e cobrar dos eleitos que cumpram suas obrigações, promessas e projetos. Vale destacar que as leis municipais vigentes em Cacoal são do tempo que ainda era possível beber água potável dos rios Pirarara e Tamarupá, razão pela qual é dever dos novos vereadores e vereadoras fazer as devidas correções e atualizações. Isto fora prometido na campanha eleitoral de 2020, mas nunca cumprido pelos vereadores que deixarão o cargo em 31 de dezembro deste ano.
Finalmente, desejamos que os candidatos que não venceram a eleição sigam defendendo o município, com a mesma determinação que o fizeram, durante a campanha, porque o encerramento do processo eleitoral de 2024 é apenas uma etapa volátil do intenso processo de debates que deve permear as discussões sobre o desenvolvimento do município e o bem-estar dos cacoalenses. O comodismo não é o caminho mais coerente para quem espera ver o município mudar para melhor… Tenho dito!!!
FRANCISCO XAVIER GOMES
Professor da Rede Estadual e Jornalista