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12 de dezembro de 2024 – 09:38

COLUNA DO XAVIER – CACOAL:  CULTURA, LAZER E HISTÓRIAS DE PESCADORES…

Por Francisco Xavier Gomes

 

CACOAL:  CULTURA, LAZER E HISTÓRIAS DE PESCADORES…

O município de Cacoal tem como marca o fato de possuir uma diversidade de lugares que carregam a essência da letra do Hino de Rondônia, por diversas razões, entre elas a exaltação das belezas naturais, a alegria de viver e o indiscutível calor humano da população. A Associação Ecológica Amigos da Pesca (ASPEC), localizada às margens do rio Machado, na Capital do Café, é um desses lugares cuja magia é incomensurável. Todo esse cenário se torna muito mais aconchegante, quando encontramos nesses pontos turísticos de Nossa Urbe Obediana pessoas sempre dispostas a contar histórias e registrar, em conversas muito descontraídas, os atos e fatos vividos por personalidades marcantes do município. Poucos dias atrás, registramos um desses momentos de bate-papo, com algumas figuras ilustres da fina flor da bebericagem cacoalense e as histórias contadas, ao ritmo de suco de cevada e Ypioca, foram realmente algo memorável…

As histórias sobre as quais fazemos alusão foram contadas em uma bela tarde de domingo, na ASPEC, ocasião em que estavam presentes figuras como Jair “Cachorrão” Bonin, Cabelo, Ceará, Nelsinho, Ivo Galvão (presidente), Chicão, Volverine, este escriba e outros amigos. Embora o teor de todos os temas abordados tenha sido absolutamente leve, não é o objetivo da coluna registrar os fatos específicos relatados, mesmo porque não seria possível lembrar com detalhes, visto que a quantidade de histórias contadas não caberia no espaço, mas vale destacar que nenhuma pessoa, entre os presentes, conseguiu ficar dois ou três minutos sem dar boas risadas, porque a galera realmente tem uma memória de elefante e faz absoluta questão de ter a lembrança de detalhes minúsculos dos casos. As histórias podem ser literalmente de pescadores, mas Cabelo, Cachorrão, Ceará, Ivo, Nelsinho e outras personalidades que se fizeram presentes no local, naquele dia, bem que poderiam fazer parte de um livro sobre a ASPEC. Naquele domingo, imperou a alegria, a harmonia, a urbanidade e o excelente humor da rapaziada…

Um detalhe muito importante chamou a atenção: em momento algum, ouviu-se qualquer das pessoas presentes fazer comentários negativos ou pejorativos contra quem quer que seja. Foram realmente momentos de muita descontração e humor. Como todos sabem, as histórias contadas por pessoas que amam a pesca podem conter momentos de hipérboles, o que é absolutamente natural e necessário, para não descaracterizar a lenda da pescaria, mas os fatos registrados certamente aconteceram, porque a precisão dos detalhes garante a veracidade de pelo menos 90% das histórias, sendo que a imensa maioria delas foi protagonizada por pessoas que estavam presentes e confirmaram os fatos. Ali ouviu-se histórias de pescarias em diversos rios de Rondônia, o que mostra que a turma realmente tem história e conhece a geografia fluvial do estado. Exatamente por isso, os contos urbanos não tiveram nenhuma chance de serem registrados pela turma de amigos. Até o almoço servido, um frango com quiabo muito bem preparado, tinha as características bucólicas. Isto tudo de maneira muito natural, porque não houve uma programação pré-agendada. O encontro foi mesmo de improviso. E talvez nem seria tão bom, se fosse programado…

Durante as conversas, algumas pessoas foram citadas pelos amigos que se reuniram na associação, e que frequentemente estão no local. É claro que nosso amigo Celso Adame, infelizmente falecido tempos atrás, foi citado nas conversas, principalmente para registrar o sentimento de amor que ele nutria pela ASPEC e pelos momentos saudáveis que teve nas águas do Machado, em momentos de pescarias. Celso Adame é uma marca da ASPEC!!! Aliás, uma sugestão da coluna seria uma placa com o nome dele para dar nome à pousada que tem na associação. Seria uma boa homenagem para uma pessoa que fará, eternamente, parte da história da ASPEC. Outra importante personalidade, que não estava presente, mas foi citada nas conversas, foi nosso editor-chefe, Adair Perin, pelo fato de ser uma pessoa por quem o presidente Ivo Galvão tem enorme carinho. Carinho, aliás, merecido, porque o Perin é realmente uma pessoa muito afável e cuja história merece o respeito de qualquer pessoa que habita Cacoal.

Finalmente, cabe esclarecer, para evitar eventuais comentários, que nosso amigo Chicão do IBGE esteve presente, porém não degustou nenhum produto etílico, visto que ele se encontra em fase de recuperação, após um delicado procedimento cirúrgico. Obviamente que, em outras ocasiões, ele já estará autorizado pelo médico a consumir um bom suco de cevada ou talvez uma Ypioca, para lembrar Solonópolis juntamente com seu irmão Ceará, que é um patrimônio da Aspec. Nem é preciso dizer que a preservação ambiental no local é uma regra e isto deveria servir de exemplo para todos nós, porque as histórias da turma da Aspec vão existir por mais uns 300 anos, mas a situação climática e ambiental em nosso estado é um tema preocupante. Lógico que não é o caso dos integrantes da ASPEC, mas em Rondônia há muitas pessoas que se esforçam muito para tornar sem efeito um trecho do nosso hino: ‘… Nós, os bandeirantes de Rondônia, nos orgulhamos, de tanta beleza...” Tenho dito!!!!

 

FRANCISCO XAVIER GOMES

Professor da Rede Estadual e Jornalista

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