Mensagens de texto trocadas entre mulher e namorado, apontado como disciplina da facção, ajudaram polícia a investigar tribunais do crime
Nas mensagens interceptadas pela polícia, obtidas pelo Metrópoles (veja galeria abaixo), a mulher pergunta ao namorado se ele “quer fofoca”, resultando na resposta “solta a braba amor”.
Dodô foi morto, segundo as investigações, por supostamente ter tentado matar um disciplina do PCC, conhecido como Pé na Porta. A outra vítima mencionada na mensagem da mulher seria Luís Carlos Gomes Inácio, o Jordi.
A conversa da namorada com o disciplina segue: “não conta para ninguém, mas [quem matou o Dodô] foi o ex da minha mãe”.
Ela segue explicando ao namorado, Reginaldo Caetano da Silva, que a mãe terminou com o então companheiro ao saber sobre a autoria do assassinato. “Ele [namorado da mãe] está fugido, ninguém sabe onde ele está”.
As mortes de Dodô e Jordi, conforme denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP), teriam ocorrido a mando, no primeiro caso, de Satanás e, no segundo, de José Adilson dos Santos, o Charutinho, que descumpriu regras da facção ao determinar o homicídio de Jordi sem o aval de Satanás.
O Metrópoles teve acesso a boletins de ocorrência registrados por vítimas de ameaça, nos quais o nome de Satanás é mencionado como o responsável pela justiça paralela da região – incluindo cidades do entorno, como: São Carlos, Matão, Araraquara e Santa Ernestina, por exemplo.
Há casos oficiais envolvendo o chefão do PCC, ao menos, desde 2010.
Satanás seguia foragido da Justiça até a publicação desta reportagem. Há mandado de prisão preventiva expedido contra ele. Sua defesa não foi encontrada. O espaço segue aberto para manifestações.
(Metrópoles)