O urologista Nilton Migiyama afirma que esse tipo de acontecimento é muito raro. Ele revela que em toda a sua longa carreira médica atendeu apenas cerca de 10 casos do tipo
PORTO VELHO – Já está no hospital João Paulo II, em Porto Velho, para onde foi transferido, na tarde desta quinta-feira, um homem de 47 anos que estava com o pênis ereto havia dois dias em Vilhena, após ser picado por uma aranha na fazenda em que trabalha. O caso ganhou repercussão no Estado e continua desafiando os médicos.
A reportagem do site Folha do Sul on Line conversou com o urologista Nilton Migiyama, referência na especialidade no Cone Sul de Rondônia, que explicou: esse tipo de acontecimento é muito raro. O profissional vilhenense revelou que em toda a sua longa carreira médica atendeu apenas cerca de 10 casos do tipo.
O médico explicou que, em casos assim, o tempo ideal para iniciar o tratamento é de 6 horas. Após esse período, o pênis pode desenvolver uma fibrose no tecido carvernoso, o que levaria à impotência sexual. Ressalvando que, por questões éticas não se refere ao caso de ontem, Migiyama esclareceu que, quando o atendimento demora e isso acontece, só o implante de uma prótese peniana resolve o problema.
Em Porto Velho, os médicos também se surpreenderam com a situação do vilhenense, e explicaram a ele que, além do veneno da aranha conhecida como “armadeira”, a picada do escorpião também provoca ereções prolongadas.
Queixando-se de fortes dores, a vítima do ataque já iniciou o tratamento, e o pênis, embora ainda ereto, está voltando ao normal, após a retirada de sangue. Não foi informada a previsão de alta de paciente, para que ele retorne a Vilhena.
Fonte: Folha do Sul