ELES VOLTARAM!!!
Após mais de 30 dias de férias, os vereadores e vereadoras de Cacoal devem realizar a primeira sessão ordinária, deste segundo semestre, na próxima segunda-feira, 04 de agosto. A última vez que eles se reuniram para uma sessão ordinária foi no dia 30 de junho, no distrito do Riozinho. Os vereadores costumam alegar que se trata do período de recesso, embora o recesso do mês de julho em outras casas legislativas seja de 15 dias. Geralmente, no período de campanha eleitoral, os candidatos prometem que vão moralizar as coisas e acabar com as férias de 120 dias dos vereadores. Mas, depois que tomam posse, esquecem completamente das promessas. A Constituição Federal de 1988 prevê que o período de recesso parlamentar deve ser de até 55 dias por ano. Em Cacoal, é sempre diferente.
HORÁRIO DAS SESSÕES
Outra situação que os vereadores deveriam analisar é com relação ao horário de realização das sessões. Desde o período da pandemia, os vereadores decidiram mudar o horário das sessões para as manhãs de segunda-feira. Esse horário é completamente inadequado para as pessoas que trabalham e que gostariam de acompanhar presencialmente os trabalhos no plenário. Antes da pandemia, as sessões ocorriam no período da noite e havia um bom número de pessoas que compareciam para assistir. Durante a pandemia, o argumento usado para realizar as sessões no período da manhã era evitar a aglomeração de pessoas. Atualmente muitas pessoas afirmam que os vereadores não gostam da presença de público. Outros afirmam que os seus representantes no legislativo mirim ficam com vergonha de mostrar sua capacidade de legislar, por isso não querem o publico presente. No atual horário das sessões, segunda-feira, às 09hs, apenas os assessores ficam nas cadeiras do auditório.
FERNANDO MÁXIMO
Em entrevista concedida, poucos dias atrás, a uma emissora de rádio, o deputado federal Fernando Máximo declarou que pretende disputar o governo do estado e que já conversa com possíveis aliados, objetivando construir uma aliança partidária para reforçar seu palanque. O discurso do deputado é semelhante ao que ele fazia em 2023 e 2024, quando dizia que seria candidato a prefeito da capital. No fim das contas, seu partido, União Brasil, filiou Mariana Carvalho para disputar a prefeitura e Fernando Máximo ficou falando sozinho. O deputado continua filiado ao partido União Brasil e os dirigentes que fecharam as portas em 2024 são os mesmos que hoje anunciam o vice-governador Sérgio Gonçalves como o pré-candidato a governador da sigla.
CANDIDATOS AO GOVERNO
Na medida em que as eleições de 2026 se aproximam, surgem vários nomes cogitados para liderar alguma chapa, na disputa pelo governo. Atualmente os nomes citados são: Fernando Máximo, Sérgio Gonçalves, Adailton Fúria, Confúcio Moura, Alex Redano, Hildon Chaves e Marcos Rogério. Logicamente que muitas coisas vão mudar nesse cenário e vários dos nomes citados hoje podem preferir outros projetos, como o Senado Federal e a Câmara dos Deputados. E pode ser também que essa lista seja ampliada com o surgimento de outros pretendentes ao Palácio Rio Madeira. Essas definições passam pelas mudanças de partidos que são comuns em anos de eleições, a busca por um vice que consiga agregar apoio e votos e principalmente a questão de apoio financeiro e logístico. Uma candidatura ao governo requer uma estrutura que vários pré-candidatos citados hoje não possuem condições de oferecer aos seus eventuais aliados.
LEO MORAES
Alguns dos políticos que já anunciaram seus nomes como pré-candidatos ao governo de Rondônia estão esquecendo de um pequeno detalhe: eles ignoram a participação do prefeito de Porto Velho nas eleições do próximo ano. Qualquer que seja o prefeito da capital, ele terá forte influência na eleição de governador. No caso do prefeito Leo Moraes, a situação é ainda mais diferente, porque ele sozinho venceu o grupo que foi montado para apoiar Mariana Carvalho, na eleição de 2024. A única liderança política de Rondônia que apoiou Leo Moraes foi exatamente Fernando Máximo, quando todos os demais subiram no palanque do governo tentando eleger Mariana. A vitória de Leo Moraes foi estrondosa. Por esta razão, quem anuncia pré-candidatura sem ter a possibilidade de uma aliança com o prefeito Leo Moraes certamente tem grande possibilidade de não conseguir construir um palanque competitivo.
PROJETO REDANO
Além do fator Leo Moraes, nos bastidores políticos do estado, circula a informação de que o governador Marcos Rocha, que vive atualmente um conflito com seu vice, poderia se juntar num pacote com o atual presidente da Assembleia Legislativa, Alex Redano. Neste complexo acordo, segundo dizem, o grupo do governador tentaria estudar uma medida jurídica para tornar Sérgio Gonçalves impedido de assumir o governo, numa eventual renúncia de Marcos Rocha. Assim, Redano assumiria o cargo e seria o candidato ao governador do grupo. Para completar o pacote, o grupo tentaria emplacar a esposa do governador como conselheira do Tribunal de Contas de Rondônia. Em política, não é bom duvidar de nada, mas a complexidade dessa articulação indica que seria muito difícil concretizar o projeto. O primeiro obstáculo seria no campo jurídico, em razão do pouco tempo que falta para o início do processo eleitoral. O outro problema seria o ego de muitos políticos desse grupo. De qualquer maneira, melhor não duvidar de nada.
GOVERNO x EDUCAÇÃO
O governador Marcos Rocha é citado como provável candidato a senador em diversas discussões políticas no estado de Rondônia e os aliados mais próximos dele garantem que as coisas estão caminhando nessa direção. Como duas vagas estarão em disputa, o projeto parece ter boas possibilidades de engrenar. O governador, porém, terá em seu caminho dois grandes obstáculos. Um deles é o desgaste inevitável que terá, nessa briga pueril travada com seu vice, Sérgio Gonçalves, com grande tendência a criar dificuldades para ambos. O segundo problema é a insatisfação geral dos trabalhadores da educação no estado, em função de diversas promessas feitas pelo governo e que até hoje não foram cumpridas. Nas eleições de 2022, quando foi reeleito, Marcos Rocha contou com apoio maciço da educação, mas tudo indica que isto não vai acontecer na próxima eleição.
GREVE DE PROFESSORES
Na semana passada, o Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Rondônia (SINTERO) realizou assembleias em todas as regiões do estado e a decisão tomada pelos trabalhadores é de fazer uma greve para protestar contra os descasos e promessas não cumpridas. Há vários anos, professores e técnicos educacionais esperam respostas do governo sobre situações salariais e valorização profissional. Diversas tentativas de acordo com o governo foram feitas, mas os resultados não aconteceram. Como Marcos Rocha nunca enfrentou nenhuma greve do setor de educação, certamente seus assessores não possuem a dimensão exata dos prejuízos que isto pode causar ao governador e ao seu projeto rumo ao Senado Federal.
DELEGADO OLIVEIRA
O Dr. Fernando Oliveira está de volta a Rondônia. Após a aposentadoria, Oliveira e sua esposa, a também delegada Ângela Oliveira, decidiram fixar residência na cidade de Olinda (PE), município de origem da família. Entretanto, os longos anos de convivência em Rondônia fizeram com que eles construíssem um círculo de amizades muito sólido aqui no estado. Fernando Oliveira e sua esposa atuaram por muito tempo em Cacoal e também no município de Guajará-Mirim, na fronteira com a Bolívia. Poucos meses atrás, com a decisão dos netos de fixarem residência em Guajará-Mirim, o casal decidiu deixar Olinda e voltar a morar em Rondônia. Atualmente eles residem em Guajará-Mirim e são tratados com muito carinho pela população local. Isto não é um mero acaso, porque o trabalho desenvolvido por Fernando e Ângela na fronteira, até hoje, é muito elogiado pela população.
