
FÁTIMA GAVIOLI
Na semana passada a secretária de educação do estado de Goiás, Fátima Gavioli, foi a Brasília para receber o prêmio de melhor resultado na qualidade do ensino médio obtido nas avaliações do Ministério da Educação, na última avaliação. A cacoalense mudou para o estado de Goiás para ocupar o cargo de Secretária de Estado da Educação, há vários anos, e neste período tem acumulado bons resultados nos índices da educação daquele estado do centro-oeste brasileiro. Ela goza de muito prestígio com o governador Ronaldo Caiado e está entre os principais nomes dos assessores do governador. Sempre que é perguntada sobre como foi possível alcançar dados tão positivos nas escolas públicas do estado de Goiás, ela costuma dizer que os principais fatores são a confiança depositada em seu trabalho, por Ronaldo Caiado e um conjunto de ações e políticas públicas que contam com a atuação de uma equipe muito capacitada e a união entre a SEDUC de Goiás e os municípios do estado. Antes de mudar para Goiás, Fátima Gavioli ocupou o cargo de secretária da educação de Rondônia, durante o governo Confúcio Moura. Mas, em Rondônia, ela sofreu forte boicote da Assembleia Legislativa naquela época. Essas interferências políticas na educação são altamente prejudiciais à qualidade do ensino.
VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL
Outro aspecto apontado por Fátima Gavioli para o crescimento da qualidade de ensino em Goiás é a valorização dos profissionais do ensino. Todos os anos, o governo de Goiás paga bonificações de produtividade aos professores e técnicos para estimular a categoria a buscar a qualidade do ensino de modo permanente. Isto significa que a SEDUC de Goiás aposta sempre na valorização e respeito aos profissionais além de promover fortes investimentos na estrutura física da rede pública de ensino. Em Goiás, também tem sido muito comum o incentivo e a premiação dos estudantes com bons resultados o que eleva de maneira significativa o interesse de todos os estudantes pelos estudos. Em várias ocasiões, diretores de escolas e professores das escolas estaduais de Goiás, costumam fazer manifestações públicas e destacar os incentivos e investimentos promovidos pela SEDUC no estado. Vários estados brasileiros passaram a visitar Goiás para buscar informações e orientações relacionadas com os métodos de obtenção da qualidade no ensino público. Há claras evidências de que o estado de Goiás realmente se tornou uma referência brasileira neste sentido.
GREVE NA EDUCAÇÃO
No caso de Rondônia, atualmente, o setor da educação vive momentos de grande conflito que culminaram com uma greve da categoria que já se estende por 10 dias. Os motivos da greve citados por todos os servidores públicos da educação são diversos, entre eles a falta da realização de um concurso público, prometido pela SEDUC há mais de um ano, mas que não tem nenhuma previsão para acontecer. Segundo os dirigentes do sindicato da categoria, este seria uns dos maiores problemas, porque compromete o bom andamento das atividades, já que os professores contratados em regime emergencial não possuem nenhuma segurança contratual e vivem sob forte pressão da SEDUC, com ameaças constantes de encerramento de contrato. Outro ponto de conflito entre o governo e os trabalhadores é referente ao Auxílio Alimentação recebido pelos profissionais, cujo valor é de R$ 253,00, desde o ano de 2016. Para se ter uma ideia, os servidores estaduais da Casa Civil, setor que atua na parte política de apoio ao governador, recebem Auxílio Alimentação cujo valor é próximo de 2 mil reais, revelando uma distorção muito grande.
OUVIDO DE MERCADOR
A secretária da educação de Rondônia trata a situação com um certo grau de indiferença, o que aumenta a indignação dos profissionais em greve. Na última quarta-feira, ocorreu, em Porto Velho, uma reunião entre a direção estadual do SINTERO, sindicato que representa a categoria, a secretária de educação, Ana Pacini e membros de outros setores do governo. Segundo as informações apuradas, a reunião durou cerca de 15 minutos e a secretária disse apenas que conhecia as reivindicações da categoria, mas não havia nenhuma proposta a ser feita. Os dirigentes do SINTERO que participaram da reunião alegam que a secretária sequer aceitou ouvir os argumentos da categoria e retirou-se da reunião, após avisar que não havia a possibilidade de atender as reivindicações. O sindicato da educação afirma que inúmeras tentou agendar reuniões com a SEDUC na busca por soluções de algumas das principais reivindicações da pauta da educação, mas que as tentativas não tiveram bons resultados. Na sexta-feira, o SINTERO realizou assembleias em todas as regionais de Rondônia e os trabalhadores de decidiram que seguirão em greve até que a SEDUC apresente uma proposta satisfatória.
PROPAGANDA ENGANOSA
A greve dos trabalhadores da educação vai causar forte abalo nas pretensões políticas do governador Marcos Rocha, porque a categoria teve uma participação decisiva no projeto de reeleição do governador, nas eleições de 2022. Mesmo com a greve acontecendo há 10 dias, até hoje o governador não fez nenhum pronunciamento sobre a situação e parece ignorar o impacto que a greve vai causar no calendário letivo de 2025. Sempre que fala sobre a educação, o coronel Marcos Rocha costuma dizer que também é professor e que conhece os problemas da categoria, mas o silêncio dele neste momento revela uma indiferença que causa revolta nos profissionais. Embora a SEDUC faça propaganda dizendo que faz grandes investimentos na valorização dos trabalhadores da educação, essa propaganda não condiz com os dados reais apresentados pela categoria, durante as discussões dos trabalhadores. O Auxílio Alimentação da categoria, que é de R$ 253,00, é um dos fatos que revelam a contradição da SEDUC, além do Auxílio Saúde, cujo valor é de 50 reais. Muitos trabalhadores têm perguntado ao governo como é possível cuidar da saúde com 50 reais. É realmente uma pergunta que merece resposta.
SAÚDE PROFISSIONAL
Todo mundo sabe que trabalhar dentro de uma escola não é uma missão das mais fáceis. Atualmente, os índices de violência e abuso contra os profissionais da educação aumentaram de maneira alarmante. No caso de Rondônia, as agressões verbais, físicas e psicológicas contra professores e técnicos tornaram-se muito comuns. Hoje em dia, é muito difícil ouvir um estudante declarar que desejar seguir a carreira de professor, porque os riscos de ser agredido são muito altos e não há nenhuma ação das autoridades que tenham a finalidade de combater o problema. Neste período de greve na educação, a própria SEDUC comete abusos, porque tenta colocar nos trabalhadores a culpa para greve. Em Rondônia, o número de profissionais da educação que passam por tratamento psicológico ou psiquiátrico é muito grande e ninguém consegue entender como é que o governo quer cuidar da saúde desses profissionais pagando um Auxílio Saúde de 50 reais. Esse valor certamente não é suficiente para pagar sequer uma consulta médica. Imagine se seria suficiente para comprar os remédios.
HILDON CANDIDATO
O ex-prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, anunciou, no dia 07 de agosto, que pretende ser candidato ao governo do estado. O evento que lançou Hildon Chaves como pré-candidato contou com a presença do presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo e de várias outras lideranças políticas do estado de Rondônia. Hildon Chaves ocupou o cargo de prefeito de Porto Velho por 8 anos e deixou o cargo sendo considerado um dos melhores administradores que a capital já teve nas últimas décadas. Os percentuais de aprovação do prefeito, nos últimos meses de gestão eram realmente muito altos e beiravam a casa dos 80% de aprovação da população da capital. Com esse patrimônio político não dá para negar que Hildon Chaves pode ser um dos nomes mais competitivos na disputa, principalmente porque ele tem fortes aliados também no interior de Rondônia. O trabalho realizado na capital do estado certamente será uma vitrine de impacto muito positivo a favor do ex-prefeito. Considerando a concentração de uma grande parte dos leitores de Rondônia na capital do estado, a escolha de um nome bem aceito no interior pode transformar o ex-prefeito num candidato com alto potencial para garantir uma vaga no segundo turno das eleições. Claro que muita coisa ainda pode acontecer, mas é, sim, um nome de respeito.
ÚLTIMA HORA
A recente visita do presidente Luís Inácio Lula da Silva ao estado de Rondônia criou algumas polêmicas que acabaram gerando dividendos políticos para alguns e problemas para outros. O prefeito de Porto-Velho, Leo Moraes, compareceu à solenidade e acompanhou todos os atos da visita presidencial em que Lula anunciou investimentos de 1,5 bilhões de reais em Rondônia, incluindo a instalação do Hospital Universitário na capital. Além disso, o presidente garantiu a construção da ponte binacional no município de Guajará-Mirim, que visa permitir o acesso terrestre à Bolívia, como forma de cumprimento de um antigo acordo entre Brasil e Bolívia que não foi cumprido nos últimos 120 anos. O pacote tem ainda grandes investimentos na área de educação, visando melhorar a infraestrutura do Instituto Federal de Rondônia (IFRO). Um dia após a visita de Lula, o governador de Rondônia, Marcos Rocha, anunciou que não compareceu ao evento, porque soube de última hora, mas que todos os benefícios anunciados por Lula tinham sido pedidos por eles. Essas declarações viraram motivo de meme nas redes socias, porque a visita do presidente tinha sido anunciada pelo menos 15 ou 20 dias antes. O presidente da Bolívia, estava presente, o prefeito de Porto-Velho estava presente e diversas outras autoridades. Realmente muito estranho o governador declarar que não sabia da agenda presidencial.
FALTA DE OCUPAÇÃO
Os vereadores de Cacoal precisam acordar e voltar suas ações para problemas que precisam ser resolvidos no município. Essa mania de usar a tribuna para falar bobagens não contribui em nada com o crescimento do município. Na sessão de segunda-feira, um dos vereadores usou todo o seu tempo na tribuna para reclamar de mensagens de áudio e textos postadas nas redes sociais do município. Segundo ele, não aceita as declarações e vai adotar todas as medidas judiciais cabíveis contra as pessoas que ele alega terem ofendido amigos seus. Vale destacar que as supostas ofensas citadas pelo edil são muito comuns em todos os grupos de WhatsApp de Cacoal, mas o vereador demonstra revolta apenas com as publicações que ele escolhe para reclamar. Essas ameaças contra pessoas comuns da sociedade revelam a falta de maturidade de muitos políticos e mostram que eles não possuem nenhuma preocupação com os problemas reais do município. Em vez de proferir ameaças contra pessoas da população, os vereadores precisam acordar e trabalhar pelo município. É justamente por isso que o contribuinte cacoalense paga salários altos aos vereadores, para que eles trabalhem. Um município com 100 habitantes não pode viver de picuinhas.




















