Itens do dia a dia seguem em alta e pressionam orçamento das famílias

Da Redação — Os preços de bens e serviços cotidianos continuam pesando no bolso do consumidor. De acordo com os dados mais recentes do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, transporte por aplicativo, café moído e alimentos como a abobrinha registraram as maiores altas no acumulado de 12 meses, mantendo a pressão sobre o custo de vida.

O transporte por aplicativo teve o aumento mais expressivo entre os itens monitorados, com elevação de 52,86%, reflexo do encarecimento do combustível e da demanda crescente por esse tipo de serviço. O café moído, item tradicional nas casas brasileiras, avançou 48,13%, enquanto os cigarros subiram 24,23% no período.

Entre os serviços, jogos de azar aparecem com alta de 15,17%, e o transporte público também segue em trajetória de aumento: a integração tarifária ficou 13,44% mais cara, e o transporte coletivo urbano, 11,63%, o que reforça o peso do deslocamento no orçamento das famílias.

No grupo de alimentos, o café solúvel acompanhou a tendência de alta do grão tradicional, com reajuste de 28,71%. Produtos frescos também apresentaram aumentos relevantes: abobrinha (39,33%), pintado (34,35%), peroá (27,97%), pimentão (27,98%) e cenoura (21,78%) estão entre os destaques.

As carnes, um dos itens mais representativos da alimentação do brasileiro, acumularam avanço de 12,24%, com cortes como lagarto, acém e alcatra entre os mais afetados. Já ovos, azeite e leite de coco também tiveram reajustes expressivos.

No setor de serviços, o custo de sessões de fisioterapia aumentou 20,15%, enquanto o segmento de joias e bijuterias registrou elevação de 20,57%, influenciada pela variação cambial e pela recuperação da demanda. Bebidas e infusões tiveram alta de 16,35%, e o tradicional cafezinho fora de casa subiu 15,54%, refletindo a elevação do preço do café em todas as etapas de consumo.

Os dados reforçam a persistência da inflação de serviços e alimentos, segmentos que têm impacto direto sobre o custo de vida e desafiam o poder de compra do consumidor, mesmo com a desaceleração de outros grupos de produtos monitorados pelo IPCA.

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