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12 de dezembro de 2024 – 16:44

COLUNA PAPUDISKINA: A corrupção nos governos do PT, as acusações contra Bolsonaro e o político que imita o gato quando faz sujeira

Papuzzzz

A política, desde os primórdios da humanidade, opõe os que mandam, e o povo, na base da pirâmide, que é controlado por leis e regramentos que preservam o status quo dos poderosos. Sem leis, estaríamos sob a anarquia, vazio de poder que seria substituído por acordos tácitos e império do mais forte.  Há lei também para os do topo, mas para os tais, o caminho é menos tortuoso, mas não focaremos nisso, por ora. O alvo aqui, nessa crônica, será Lula, Dilma e Bolsonaro.

Saltemos as etapas históricas que nos levaram até à forma de governança atual e falemos sobre a política em nosso país, concentrando, por hora, no presidencialismo e o “desequilíbrio dos três poderes”. Por fim, chegaremos ao título acima para falarmos sobre corrupção, que existe em todos os governos, mas que, por ora, analisaremos as intensas críticas que os que governaram o país no passado recente ou quem os apoiaram centram na figura do presidente Bolsonaro.

A política, para nós, da base da pirâmide, é algo incompreensível. Nossos país e avós foram às ruas, antes de 1964, pedir que houvesse uma ação para preservar a democracia, àquele tempo “sob ameaça” e houve uma intervenção das forças armadas para “restaurar a democracia”. Depois, o povo foi à rua, exigir democracia, daqueles que haviam ouvido o clamor popular e interviram contra o “comunismo”.

Após essa falsa “restauração” da democracia, tivemos vários governantes. Todos eles fracos e acuados pelo “desequilíbrio dos três poderes”. O que se viu, desde 1985, foram acusações de corrupção, mas por um tempo havia, entre os que governavam, uma espécie de acordo tácito de autopreservação. O povo, na base, percebia a canalhice, a corrupção, mas no topo, os poderosos viviam tranquilos, sem serem incomodados porque os três poderes, em princípio, tinham cada um o seu papel mais ou menos bem definido, coisa que hoje não existe.

Com o advento de um partido de tendência socialista ao poder, em 2002 (PT), houve uma tentativa de cooptação das forças armadas e de classes, o que culminou em uma desordem total do sistema político e os três poderes, que bem ou mal sustentavam a democracia, também perderam o ponto de equilíbrio.

A sociedade, que por anos via nos demais partidos políticos um foco permanente de corrupção, aderiu ao petismo que, por anos, pregava que, chegando ao poder, extirparia o câncer da corrupção, pois seu governo, dizia o Lula, não roubaria e nem deixaria roubar (dirigindo-se aos outros partidos que ele ainda teria de suportar por um tempo antes de conseguir, por fim, controlar o sistema, como fazem os regimes homônimos de Cuba, China, etc).

O problema é que, uma vez no poder, o PT não cumpriu a promessa de não roubar e a percepção geral – corroborada por números – é de que nos governos de Lula e Dilma a corrupção atingiu um índice recorde.

Estranho que esse mesmo partido, que jogou o país em uma luta de classe, acusa agora o governo Bolsonaro de ser corrupto, mesmo sem aquelas provas que eles exigem para os seus. Para quem defende o Lula, o líder maior, são canalhas os que o acusam de ser corrupto sem que ele tenha sido condenado em todas as três instâncias. Já para o Bolsonaro, as simples suspeitas de que alguns servidores continuam se corrompendo, serve para que eles pedirem o impeachment e posterior prisão do atual presidente. É ou não é o cúmulo da incoerência esse pedido advir dos que gritavam “Lula Livre”?

Enfim, se é assim, partindo do princípio de que aceitemos que Bolsonaro é corrupto, por algumas suspeitas que pairam sob seu governo e o petismo pede sua cassação e prisão na sequência, então o que faz o Lula e a Dilma fora da cadeia? Não pairavam sob eles muito mais suspeitas de corrupção? Não estavam ministros e chefes de estatais, sob o governo Lula e Dilma, muito mais envolvidos em acusações de roubos, falcatruas e crimes contra o erário público?

Se Bolsonaro é corrupto, por meras suspeitas em relação a alguns servidores, os dois governantes do PT, que o antecederam, deveriam estar em prisão de segurança máxima. Se queremos falar em decência, temos de começar a exigir isonomia. Para os cooptados pelo PT, que aderiram à luta de classe pregada pela esquerda, o que vale para os outros não vale para os seus líderes. O PT é o partido menos avalizado agora para pregar contra a corrupção. Lula, o líder, não passou no teste, embora diga, aos quatro ventos, não haver uma viva alma mais honesta do que ele. A gente sabe que isso é balela, é mera tentativa de imitar o gato quando caga na areia. Quem defende Lula e o PT deveria ter vergonha de acusar o Bolsonaro de ser corrupto, mesmo que ele fosse, pois defendem alguém que, quando esteve no poder, na melhor das hipóteses, deixou que os seus roubassem a nação em um nível jamais visto.

Por Daniel Oliveira da Paixão

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