Das oficinas de artífices à era da inteligência artificial, os profissionais técnicos são a base do progresso, impulsionando a inovação e construindo o amanhã.
Da Redação (Daniel Paixão) – Nesta semana, o Brasil celebra os profissionais que, com “mãos calejadas e mentes visionárias”, têm sido os pilares do desenvolvimento do país. As comemorações, que têm seu ponto alto no Dia do Técnico Industrial em 23 de setembro, reforçam a jornada de evolução e a importância fundamental desta categoria profissional. Desde os primórdios da industrialização, com os primeiros tornos manuais, até a vanguarda da tecnologia com impressoras 3D, sistemas inteligentes e robótica avançada, a trajetória do ensino técnico se confunde com a própria história do progresso nacional.
A semente da educação profissional germinou nas antigas “escolas de artífices”, criadas em 23 de setembro de 1909 por um decreto do então presidente Nilo Peçanha. Estes espaços foram dedicados a formar mão de obra qualificada para as novas demandas de uma nação em transformação. Década após década, o ensino técnico evoluiu, passando dos circuitos analógicos para a complexa era digital que vivemos hoje. Esta evolução reflete não apenas o avanço das ferramentas e tecnologias, mas a própria capacidade de adaptação e liderança dos profissionais da área.
Eles evoluíram, adaptaram-se e lideraram, tornando-se a base que sustenta o conhecimento técnico e articula os avanços que transformam a sociedade. Seja na construção civil, erguendo os alicerces das cidades do futuro, nos laboratórios, desenvolvendo soluções para a saúde, ou nos centros de dados que movem o mundo digital, os técnicos são os profissionais que constroem o amanhã.
Eventos como a Semana Nacional dos Técnicos Industriais, promovida pelo Conselho Federal dos Técnicos Industriais (CFT), reúnem profissionais, estudantes e educadores para debater os desafios e as oportunidades da profissão, abordando temas como inovação, sustentabilidade e os impactos da inteligência artificial.
Nesse contexto, vozes como a do ex-Conselheiro Federal da CFT, Marcelo Cestari, têm se destacado na defesa de mudanças estruturais. Em suas declarações, Cestari enfatizou: “É chegada a hora de realizarmos a transformação que tanto aguardávamos. Essa responsabilidade é nossa! É o momento de sermos respeitados e de concretizarmos a valorização do profissional técnico industrial brasileiro.”
Durante a solenidade, esteve presente o conselheiro federal do CFT representando o estado do Amazonas, Eduardo Carneiro, que enalteceu a relevância dos técnicos em Agrimensura para o desenvolvimento do país. Em sua fala, destacou que esses profissionais desempenham papel estratégico na organização territorial, no planejamento urbano e rural, e na garantia de soluções técnicas que sustentam o crescimento econômico com responsabilidade e precisão.
O conselheiro também ressaltou que o processo de regularização fundiária é essencial para promover o acesso digno à moradia para a sociedade, aliando sustentabilidade, respeito ao meio ambiente e serviços de qualidade. Essa atuação técnica proporciona segurança jurídica ao Judiciário e contribui diretamente para a construção de um país mais justo e organizado.
Sua perspectiva traduz o anseio de milhares de técnicos que almejam não apenas reconhecimento, mas também participação efetiva nas decisões que moldam o futuro da profissão. Para ele, o fortalecimento das entidades representativas e a integração com o setor produtivo são caminhos indispensáveis para que os técnicos conquistem o espaço que legitimamente lhes pertence.
A Associação Nacional de Técnicos (ANAT) surge nesse contexto como uma força motriz, representando e fortalecendo essa classe profissional. Mais do que uma sigla, a ANAT atua como a base que sustenta o saber técnico, promove soluções inovadoras e impulsiona o futuro. Cada conquista na formação técnica, apoiada por entidades como a ANAT e o sistema CFT/CRTs, é um passo em direção ao progresso coletivo.
O futuro não é apenas um destino a ser alcançado; é uma construção contínua. E os alicerces dessa construção são, indiscutivelmente, os profissionais técnicos. A força técnica que impulsiona o futuro e que, em última análise, move o universo, merece ser celebrada e reconhecida por sua contribuição inestimável à sociedade.
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Com informações de Marcelo Cestari