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12 de dezembro de 2024 – 16:31

Ações de combate à dengue são intensificadas com aplicação de fumacê para eliminar criadouros e mosquito

Atuação das equipes de endemia da Agevisa ocorre por meio do uso do Ultrabaixo Volume (UBV), equipamento utilizado para o fumacê

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Como se não bastasse a luta contra o atual cenário pandêmico em Rondônia, o Governo do Estado, por intermédio da Agência de Vigilância em Saúde (Agevisa), tem ainda uma outra grande preocupação: a proliferação do mosquito da dengue, o Aedes aegypti. O boletim de levantamento epidemiológico estadual já aponta seis municípios com alto risco de propagação do mosquito. É por isso que o Governo de Rondônia não perdeu tempo e já deu início às ações de bloqueio vetorial nas localidades, o chamado fumacê, em que há registro de surtos de dengue.

De acordo com a coordenadora do Programa de Doenças Vinculadas ao Aedes Aegypti, Bárbara Moura, os últimos resultados apresentados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, até o dia 17 de fevereiro deste ano, Agevisa registrou 197 casos. O boletim epidemiológico é atualizado mensalmente, por meio do site da Agevisa, conforme as notificações que são registradas no Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL) do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen).

Ocorre que, para a atualização dos dados exatos de casos de dengue, se faz necessária a inserção dessas informações, por parte dos municípios. Dessa forma, a equipe da Agevisa passa a ter subsídio para atuar nas áreas de evidência de criadouros. Por essa razão, é de suma importância que os municípios façam os registros desses casos, conforme a atuação das equipes de endemias de cada um. Para se ter a ideia, a importância dessa transparência de dados já possibilitou ainda neste ano, a atuação do Governo do Estado em municípios como Primavera de Rondônia, Cacoal e, recentemente, em Parecis, na regional de Rolim de Moura.

“É crucial a importância da celeridade das notificações e encerramentos dos resultados no prazo de até 60 dias, a serem registrados no Sinan. Nós, do Programa de Doenças Vinculadas ao Aedes Aegypti, monitoramos e assessoramos os municípios. Temos acesso aos exames solicitados e também conseguimos avaliar o cenário de cada um, conforme as notificações, ou seja, conseguimos saber as localidades que mais vêm apresentando casos, por intermédio do Levantamento de Índice Rápido (Lira) de criadouros do mosquito. Com isso, nossas equipes podem atuar de forma mais precisa e eficaz nas áreas de maior evidência de surtos de dengue”, detalhou a coordenadora.

CONSCIENTIZAÇÃO COMEÇA EM CASA

O monitoramento no município é feito por meio da atuação das equipes de agentes de endemias, que visitam as casas e coletam amostras de larvas dos mosquitos encontrados nas áreas domiciliares e encaminham para o laboratório. O resultado final é consolidado pela Agevisa que encaminha ao Ministério da Saúde. No boletim do Lira, relatado pelas equipes é possível avaliar que a maioria dos reservatórios predominantes de criadouros do mosquito é o lixo doméstico. Dentro deste cenário, destacam-se 21 municípios em alerta, incluindo a capital, em virtude do alto índice de criadouros. Isso comprova que ainda há uma falta significativa de consciência por parte da população em geral.

O período chuvoso contribui ainda mais com a propagação de criadouros, por conta da água parada. “É importante que haja a educação em saúde, a conscientização e colaboração entre os moradores. Pois, não vai adiantar atuar na eliminação do mosquito adulto, sem combater a formação de criadouros ou seja, não basta apenas trabalhar no efeito, mas, principalmente, na causa e isso começa em casa, ainda mais em tempos de pandemia que temos vivido”, observa Bárbara Moura.

AÇÕES DE BLOQUEIOS VETORIAIS NOS MUNICÍPIOS

A atuação das equipes de endemia da Agevisa ocorre por meio do uso do Ultrabaixo Volume (UBV), equipamento utilizado para o fumacê, que contém um tipo específico de inseticida para eliminar os criadouros e, consequentemente eliminando os mosquitos da dengue. A ação ocorre em três ciclos, com intervalos de até sete dias, conforme a quantidade de habitante. Em caso de localidades de difícil acesso, as equipes aplicam o inseticida com equipamento costal, um formato de “mochila”, em que o profissional faz a borrifação nas áreas domiciliares. Além disso, o Governo do Estado, por intermédio da Agevisa, também fornece Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) às equipes de agentes de endemias dos municípios, como macacão impermeável, botas, luvas, máscara semi – facial, óculos e protetor auricular.

A DENGUE PODE MATAR

Apesar de todos os esforços, o Poder Executivo também conta com a colaboração do povo rondoniense, evitando deixar água parada até mesmo numa tampinha de garrafa, fazendo o recolhimento correto do lixo doméstico e telando o suspiro da fossa. São pequenas atitudes que podem evitar grandes estragos na saúde da população e, consequentemente, o sufocamento nas unidades hospitalares.

Em caso de suspeita de criadouros de mosquitos da dengue em sua localidade ou em áreas próximas, o cidadão pode entrar em contato com o setor de endemias do próprio município. Se estiver apresentando sintomas de dengue, como febre alta, dores nas articulações e musculares, manchas vermelhas na pele, náuseas e vômitos, cansaço e falta de apetite, deve procurar a Unidade de Pronta Atendimento (UPA) de sua cidade.

Para mais informações sobre o boletim epidemiológico dos dados notificados de dengue é só acessar o site da Agevisa: http://www.rondonia.ro.gov.br/agevisa/institucional/boletim-epidemiologico

Fonte
Texto: Jaqueline Malta
Fotos: Arquivo Agevisa e Edcarlos Ferreira
Secom – Governo de Rondônia

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