O presidente da Federação das Indústrias de Rondônia (FIERO) e da Agência de Desenvolvimento de Porto Velho (ADPVH), Marcelo Thomé, destacou no primeiro debate preparatório ao Fórum Amazônia+21 as diversas possibilidades econômicas da região. “São muitas as oportunidades para gerarmos bons empregos, renda, bons negócios, impostos. Para isso, é preciso afastar as atividades ilegais, que destroem, e começarmos a apoiar negócios estruturados e adequados à realidade amazônica”, destacou Thomé. Ele citou entre as principais oportunidades investimentos energias renováveis, agroindústria sustentável e bioeconomia.
Este primeiro debate prévio ocorreu na quarta-feira, 19, em evento totalmente online, com a participação do vice-presidente Hamilton Mourão, que também preside o Conselho Nacional da Amazônia Legal, do presidente da CNI, Robson Braga, do prefeito Hildon Chaves, além do próprio Marcelo Thomé. O evento foi mediado pelo jornalista Marcello D´Angelo.
A abertura dos trabalhos foi realizada pelo presidente da CNI, Robson Andrade, que explicou que se pretende até o final deste ano discutir e apresentar projetos de desenvolvimento sustentável da região amazônica. Falou que se trata de uma região de grande complexidade, muito em razão da vasta extensão do seu território, que corresponde 55% do Brasil, com uma imensa biodiversidade, riquezas naturais e que ao mesmo tempo possui uma população que necessita de qualidade de vida, educação, saúde, trabalho e renda.
Robson Andrade lembrou ainda que a indústria brasileira está entre as menos poluentes do mundo e quer contribuir para a criação de um modelo de desenvolvimento que considere o potencial dos recursos existentes, garanta o crescimento econômico e social a longo prazo e que atenda as metas e compromissos assumidos pelo Brasil. “Defendemos ainda que o Brasil pode ter uma economia próspera e ser líder mundial em baixa emissão de carbono e referência em bioeconomia”, disse.
Em sua apresentação, o vice-presidente da República e presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal, Hamilton Mourão, afirmou que “não basta reprimir ilícitos na Amazônia. É preciso criar um novo modelo de desenvolvimento para a região, baseado em pesquisa e inovação e na bioeconomia”. Ressaltou que é importante respeitar os eixos estratégicos traçados pelo conselho, que são os de proteger, preservar e desenvolver, pois eles devem orientar essa nova visão sobre a Amazônia, com a participação do Estado, do setor privado, da sociedade civil e da comunidade internacional.
O prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, contextualizou a capital como sendo, em área territorial, maior que estados, como Sergipe, e países, como a Bélgica. Defendeu a participação efetiva da população amazônica nestas discussões, não cabendo serem discutidas apenas em fóruns externos.
Segundo debate
No próximo dia 26 de agosto, o Fórum Mundial Amazônia+21 coloca em discussão o financiamento do desenvolvimento da região, num novo encontro online aberto e gratuito. Os painelistas serão Alexis Bastos (Rio Terra), Julia Ambrosano (Climate Bond, Branco Bradesco e BVRio), Igor Calvet (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial ABDI), Gustavo Montezano (BNDES), e representantes do Banco Mundial, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e CAF, com mediação de Marcelo Thomé de Almeida.
Até novembro, outros debates serão realizados a partir dos quatro eixos temáticos para o desenvolvimento sustentável da Amazônia: negócios sustentáveis, cultura, financiamento dos programas (funding) e ciência, tecnologia e inovação.
A gravação da live sobre desenvolvimento da Amazônia pode ser acessada em: Amazônia+21
O Fórum Internacional Amazônia+21, evento que acontecerá de forma virtual de 4 a 6 de novembro de 2020, tem como proposta encontrar as melhores soluções para o desenvolvimento sustentável da Amazônia. O evento é promovido pela Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO), em conjunto com a Prefeitura de Porto Velho, através da Agência de Desenvolvimento de Porto Velho (ADPVH), e conta ainda com correalização da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) e Instituto Euvaldo Lodi (IEL). (Fonte: Assessoria de Comunicação Social da FIERO).