O próximo domingo vai ficar marcado, de maneira indelével, na memória dos eleitores cacoalenses, porque será o dia em que iremos às urnas consolidar o exercício de cidadania e votar, decidindo os destinos de “Nossa Amada Cacoal”, para o quadriênio que inicia em primeiro de janeiro. Na cabeça de muitos eleitores, claro que existe esta ideia de mudança, de transformação social e de uma cidade em que tudo passe a funcionar perfeitamente com a eleição de 15 de novembro. Obviamente que isto é mais cristalizado na mente da plebe ignara, local fértil para as quimeras eleitorais exaustivamente difundidas nos últimos meses…
A eleição municipal deste ano tem um fator que não foi preponderante em 2016: a força da tecnologia e das ferramentas das redes sociais. Logicamente que já existiam todas essas possibilidades, porém não eram utilizadas com tanta prioridade, como ocorreu a partir da eleição de 2018. Este ano, a pandemia da covid-19 certamente limitou muito as ações dos candidatos, fato que os conduziu com muito mais determinação para a utilização de ferramentas tecnológicas. Assim, no domingo, saberemos se os candidatos souberam usar tais ferramentas na eleição de nossa urbe obediana. Importante destacar que muitos registros de promessas feitas durante todo o período de campanha eleitoral, este ano, poderão ser guardados em áudios e vídeos, visto que as campanhas foram trabalhadas pelos candidatos, usando esses recursos. Já existem candidatos nessa eleição sendo cobrados por coisas que prometeram em 2018 e nunca cumpriram até hoje.
Nas visitas em bairros e residências, os candidatos estão dizendo que representam o povo, mas não está claro que isso tenha relação com a plebe ignara. Ninguém sabe qual é realmente o povo que esses candidatos representam, porque muitos deles fazem declarações de amor ao eleitor, dizem ser do povo, mas obedecem a ordens de grupos políticos que não possuem nenhum compromisso com a plebe ignara. Outros tantos candidatos saem dizendo que venderam pamonha, quibe, saltenha, foram engraxates, venderam água em semáforo e tudo mais… O que isto tem a ver com candidatura de vereador? Absolutamente nada!! Vereadores não trabalham com vendas. A função de um vereador não é vender pamonha nem saltenha; é legislar, fiscalizar a aplicação de recursos públicos, promover audiências para discutir problemas e soluções sobre demandas da cidade. No caso de candidatos a prefeito, essa teoria de que possuem sonho de ser prefeito é ridícula!! As quimeras da plebe ignara muitas vezes são confundidas com “sonhos” de estelionatários eleitorais. Certamente, há muitos eleitores que sonham com o prêmio da mega da virada, mas isto não significa que a Caixa Econômica tenha que realizar os sonhos…
Os dois filósofos da honestidade certamente não compartilham das mesmas ideias de dezenas de candidatos que estão na disputa em nossa urbe obediana. Neste caso, nem minha condição de desafeto dos filósofos da honestidade me faz pensar diferente deles, porque divirjo totalmente de muitas candidaturas por enésimas razões que não vou elencar em virtude do pleito. Todavia, quero registrar que muitos desses candidatos que tentam vender a ideia de que serão melhores do que nossa edilidade atual são apenas arrivistas políticos sem nenhum compromisso com a coletividade e muito menos sem condições de exercer um mandato de vereador. Eu gostaria muito de pensar diferente, mas as eleições do próximo domingo vão consolidar a ideia de que as quimeras vendidas por preço muito acessível nesta campanha, por vários candidatos desqualificados, não serão suficientes para abrandar o calvário da plebe ignara de nossa urbe obediana, até a próxima campanha municipal … Tenho dito!!!
FRANCISCO XAVIER GOMES – Professor da Rede Estadual e Articulista