Cacoal/RO, 16 de abril de 2024 – 01:33
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16 de abril de 2024 – 01:33

Cacoalenses não são atendidos no Complexo Hospitalar de Cacoal

O problema de atendimento médico a nível municipal em Cacoal tem continuidade com um período que já ultrapassou várias administrações. Até mesmo a ação do prefeito Padre Franco Vialetto, que transferiu da noite para o dia a Unidade Mista para o hospital São Daniel Comboni, que proporcionou um espaço mais digno para atender os cacoalenses, parece ter sido em vão. Logo em seguida a esse ato, com a sensação de que tudo iria melhorar com o Governo do Estado assumindo o compromisso de dirigir os destinos da área de saúde do município com a adoção da Unidade Mista implantada no novo local, tudo piorou e não demorou muito para a chiadeira dos cacoalenses reaparecer e os motivos são muitos e sem solução, pelo menos até que o hospital municipal em construção seja inaugurado.

Uma das principais reclamações dos cacoalenses é a dificuldade de serem atendidos no complexo hospitalar de Cacoal que o governo mantém, através do Hospital Regional e Hospital Heuro. A informação é de que os Cacoalenses são direcionados para atendimentos nas unidades de saúde de Cacoal, as quais não contam com a mesma estrutura dos dois hospitais.

Diante da rejeição dispensada aos cidadãos de Cacoal, o vereador Claudemar Littig, o Mão, direcionou à secretaria de saúde do município, Célia Alves Calado, no ultimo dia 06, pedido para que firme um convênio com uma casa de apoio  em Porto Velho.

O vereador foi informado por redes sociais de que pessoas de Cacoal para contar com atendimento nos dois hospitais do Estado são obrigadas a dirigirem-se a unidades de saúde de municípios vizinhos.

“Na verdade,  pacientes de Cacoal são tratados com restrições no Euro e no Regional, enquanto pacientes de outras cidades são aceitos, podem ir lá e vocês vão ver. Chegando lá eles imediatamente mandam voltar e ir na UCS(Unidade Central de Saúde) – eles nem olham as condições dos pacientes. Acho que a UCS é nota 100, muito bom mesmo, só que o atendimento é limitado devido as condições. Eu sou da Saúde e digo, hoje pacientes de Cacoal estão indo em Ministro Andreazza consultar porque serão encaminhados para o Euro ou Regional, só assim serão atendidos nos hospitais do Golverno.  Na minha opinião os vereadores, juntamente com nossos deputados, Fúria e Cirone devem interceder junto ao governador, para acabar com essa política do Euro e Regional”, desabafou um servidor da área de saúde municipal, que pediu para a reportagem omitir seu nome.

Segundo o vereador Mão, com a casa de apoio em Porto Velho, vai facilitar muito. “As pessoas que precisam ir para Porto Velho fazer suas consultas ou seus exames, na maioria das vezes são pessoa mais carentes que não conseguem fazer seu tratamento por aqui e já discutimos isso várias vezes que o governo que poderia dar o mesmo atendimento aqui em Cacoal. Às vezes o paciente vai para Porto velho apenas fazer uma consulta porque o governo não dá este atendimento básico nos hospitais em Cacoal”. Cacoal precisa dar suporte a sua população que precisa de atendimento em Porto Velho e uma casa de apoio seria um suporte muito grande para as pessoas mais carentes.  Primavera tem 3 mil eleitores e  tem casa de apoio, Espigão tem casa de apoio. E Cacoal é pólo na saúde mas o governo não oferece estes exames por aqui.

O vereador informou à reportagem de Tribuna Popular que depois do pedido à secretária de saúde e os comentários nas redes sociais,  a Defensoria Pública entrou em contato com ele, para conhecer toda a situação e apoiar para encontrar a solução.

Vereador Mão quer casa de apoio em Porto Velho por falta de atendimento em Cacoal

Mão explica: “A casa em Porto Velho é para casos que não são atendidos em Cacoal. As pessoas às vezes precisam ficar dois dias lá. São Consultas e exames que não oferecem aqui e daí o paciente vai para Porto Velho fazer. Toda semana vai um ônibus lotado para Porto Velho e temos feito apelo para que esses casos sejam atendidos em Cacoal e o Governo alega que faltam profissionais”.

E o vereador, que é da área rural e vê de perto as dificuldades daquela população, disse que a proposta era que Cacoal, com os dois hospitais do Governo,  fosse igual Porto Velho, com o mesmo suporte, com o mesmo atendimento e isso fica caro para as pessoas de Cacoal e o setor de saúde, com a necessidade de ir para Porto Velho fazer uma consulta e tratamento, por exemplo, com ortopedista ou exames, colocando carro na estrada (ambulância) e às vezes precisando ter um técnico em enfermagem para acompanhar o paciente.

Enquanto o Governo não oferece esse apoio à população de Cacoal, o vereador quer contar com essa força da casa de apoio que segundo ele, ajuda em muito os pacientes, com acomodação, alimentação e até  na locomoção. “O paciente vai pra lá e não sabe aonde ficar e as vezes o carro da saúde gasta mais deixando paciente para lá e pra cá”, desabafa Mão.  

Claudemar Litting, o Mão, diz que o governo poderia comprar para Cacoal também os tratamentos que compra em Porto Velho, através da terceirização. Cacoal está dotado de todos os equipamentos em clínicas particulares que poderiam atender aqui os pacientes ao invés de enfrentarem as dificuldades de deslocamento até a capital.

“Vou pedir para  a Regulação fazer o levantamento da quantidade de exames que poderiam fazer em Cacoal para o governo pensar em terceirizar aqui em Cacoal esses exames, para atender todos os municípios que os dois hospitais se propuseram oferecer atendimento”, finalizou o vereador Claudemar Litting, o Mão. (Tribuna Popular).

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