Cacoal/RO, 6 de maio de 2024 – 22:04
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6 de maio de 2024 – 22:04

Coluna Boca Maldita – CAMPEÃO DA DENGUE

 

CAMPEÃO DA DENGUE

Esta semana, diversos veículos de imprensa do estado de Rondônia divulgaram matérias relacionadas com o aumento dos casos de dengue em diversos municípioS do estado. Em Cacoal, a situação é muito preocupante e alguma medida precisa ser adotada para conter a doença. Conforme as informações divulgadas pela imprensa estadual, atualmente existem quase 5 mil casos de pessoas diagnosticadas pela doença. Cerca de 1.900 casos seriam apenas em Cacoal, fazendo da Capital do Café a cidade campeã da dengue em Rondônia. Não há outro caminho para conter a doença, é preciso que a administração municipal faça campanhas de conscientização para que a população mantenha os quintais sem água acumulada. O mosquito pode se reproduzir em pequenos recipientes como uma tampa de garrafa que tenha água acumulada. É necessário que haja a colaboração da população, para evitar que a doença atinja números ainda maiores. A prefeitura de Cacoal já gastou muito dinheiro fazendo shows em praça pública. Será que não pode gastar um pouco fazendo campanhas publicitárias contra a dengue?

MISTÉRIO DA SEMAST

Há vários dias, uma polêmica tomou conta das redes sociais em Cacoal. O esposo da secretária de ação social do município tem feito constantes gravações de vídeos afirmando que sua esposa foi submetida a diversas sessões de humilhações e pressões de toda natureza para tomar decisões que ele não cita quais são em relação à pasta. Nos vídeos, o esposo da secretária declara que Cacoal está administrada por garotos irresponsáveis, mas não chega a citar nominalmente o prefeito ou seu vice. Como os vídeos possuem contexto muito confuso, não dá para afirmar exatamente o que deseja o esposo da secretária, porque ele jamais afirmou que ela deixará o cargo. Michelle Pavani, segundo declarações do esposo estava internada em consequência das pressões que sofreu no cargo. O prefeito Adailton Fúria, que gosta de gravar várias lives toda semana, até hoje não se manifestou sobre os fatos e não tomou nenhuma medida para esclarecer a história das pressões sofridas pela secretária e relatadas pelo esposo dela. É muito estranho que o prefeito tente passar a imagem de que os fatos nada têm a ver com sua administração, quando o esposo da secretária faz discursos tão impactantes. Tudo que o prefeito disse até hoje é que a secretária deve retornar ao cargo em pouco tempo, mas isso não esclarece os fatos denunciados por seu esposo.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Poucos dias atrás, a Coluna BM registrou um pedido de desculpas para o vereador Luís Fritz, porque, equivocadamente, seu nome foi citado na lista de vereadores que foram a Brasília e receberam mais de 4 mil reais em diárias. Nossa citação na ocasião foi indevida e por isso mesmo registramos o pedido de desculpas. Porém na sessão da última segunda-feira, o vereador fez um discurso dizendo que não aceita a ideia que nosso município seja regido pelas normas estabelecidas pela Constituição Federal do Brasil. As coisas, porém, não são bem assim. A existência dos vereadores em todos os municípios do país é determinada pela Constituição Federal, como também estão determinadas a eleição dos vereadores, os salários dos vereadores, seus direitos e obrigações. A instalação de CPI, questionada pelo vereador Fritz, também está claramente determinada no Art. 58 da mesma Constituição Federal e não pode ser ignorada por nenhum membro do poder legislativo em nenhum estado brasileiro. Ao contrário do que pregam vários vereadores de Cacoal, o Regimento Interno da Casa de Leis do município não pode ser superior à Constituição e nem mesmo à lei Orgânica de Cacoal. O fato de muitos edis ignorarem a CF não significa que o Regimento Interno seja a maior lei do país.

FUTURO POLÍTICO

O vereador Valdomiro Corá aproveitou a tribuna da Câmara de Cacoal para fazer um alerta aos colegas, na última segunda-feira. Ele disse que todos os vereadores que se elegem e se aliam cegamente à administração municipal, deixando de lado os interesses da população, enfrentam enormes dificuldades para conseguirem a reeleição. Corazinho pode até não ser o vereador dos sonhos de todos os cacoalenses, mas deste assunto ele entende muito, porque está em seu quinto mandato na Câmara de Cacoal. A coluna não fez nenhuma pesquisa sobre o assunto, mas é pouco provável que haja meia dúzia de vereadores no estado com tanto tempo de mandato como Valdomiro Corá. E a opinião defendida por ele não pode ser desprezada, porque, na história de Cacoal, já vimos muitos campeões de votos serem derrotados nas urnas, quando buscaram a reeleição. Apenas para citar alguns exemplos, o ex-vereador Tim foi eleito em 2016 com 1.010 votos; Valdecir Goleiro foi eleito com 1.132 votos e Rogerinho com 1.257 votos. Quando disputaram a reeleição, eles tiveram 200 votos; 115 votos e 458 votos, respectivamente. Todos eles eram aliados ferrenhos da administração e esses não são os únicos exemplos. Corazinho sabe o que está falando e tem experiência no assunto. Fica a dica!

“FILIA RONDONIA”

Em evento realizado no fim da semana passada, o senador Marcos Rogério reuniu diversas lideranças políticas de todos os municípios do estado para o lançamento de sua pré-candidatura ao governo de Rondônia. Entre as lideranças, estavam dezenas de vereadores, prefeitos de vários municípios, lideranças religiosas, ex-prefeitos, ex-deputados e ex-vereadores. O evento denominado “Movimento Filia Rondônia” contou ainda com a presença de diversos pré-candidatos ao senado, à Câmara dos Deputados e à Assembleia Legislativa. Um detalhe curioso no encontro liderado por Marcos Rogério é que estavam presentes dois pré-candidatos ao Senado Federal: Expedito Junior e Jaime Bagatolli. Não há impedimento legal em um grupo ter mais de um candidato ao cargo de senador, mas não será fácil para o candidato ao governo administrar embates entre eles na campanha. Além disso, Jaqueline Cassol, que pertence ao mesmo grupo, tem afirmado que disputará a única vaga de senador pelo estado este ano. É possível que haja um acordo de cavalheiro até as convenções, mas qualquer acordo vai deixar feridas profundas na campanha.

ALIADO INDIGESTO

O Ex-governador José Bianco, que também foi prefeito de Ji-Paraná por duas vezes, também estava no palanque do “Movimento Filia Rondônia”, situação que pode dar muita dor de cabeça para Marcos Rogério durante a campanha. O problema é que, no período em que Bianco governou o estado, mais de 10 mil servidores de diversas secretarias foram demitidos e a grande maioria não foi readmitida. Como os servidores públicos possuem importância decisiva em eleições no estado, com certeza, a presença de José Bianco no palanque de Marcos Rogério será um prato cheio para seus adversários. O ex-governador sempre afirmou que não teve culpa nenhuma pelas demissões, mas é muito difícil convencer os servidores demitidos, seus familiares e os demais servidores. Sempre ficará o receio de ver a situação acontecer de novo. Até o momento, não se sabe se Bianco disputará as eleições e nem que cargo seria sua intenção, mas ao subir no palanque de Marcos Rogério, o grupo será visto como aliado de Bianco. E Bianco será visto na campanha como um aliado muito indigesto. A solução para evitar o desgaste seria apostar que os servidores já esqueceram das demissões, mas seria uma aposta bem arriscada.

VINÍCIUS MIGUEL

As lideranças de esquerda de Rondônia começam a definir metas para o lançamento dos nomes que farão parte da disputa majoritária no estado. Esta semana, as conversas avançaram muito para consolidar o nome do advogado e professor da UNIR, Vinícius Miguel, como o candidato ao cargo de governador pela esquerda rondoniense. Vinícius Miguel foi candidato nas eleições de 2018 ao governo e teve votação expressiva naquela ocasião. Caso ele seja confirmado como o candidato da esquerda, sua presença no segundo turno das eleições não seria nenhuma novidade, principalmente porque os demais nomes serão vistos pelo eleitor como candidatos do presidente Bolsonaro, o que possibilita uma inevitável divisão de votos. Entre os nomes mais cotados para a disputa estão o atual governador, o senador Marcos Rogério e o deputado Léo Moraes. No caso dos dois primeiros, eles dizem publicamente que são os candidatos do presidente. Vinicius Miguel é o nome da escolha da esquerda e Léo Moraes ainda não disse qual será sua linha de campanha. Em Brasília, ele já votou diversas vezes com o grupo do governo, mas prega independência. Caso ele tente dizer que é o candidato da esquerda em Rondônia, a situação pode ficar complicada politicamente, porque o PSB de Vinícius Miguel faz parte da aliança como PT de Lula em Rondônia.

REALIDADE ELEITORAL

Essa estratégia usada hoje por dezenas de pré-candidatos em Rondônia pode deixar muita gente sem mandato no início do próximo ano. Em todos os municípios e regiões de Rondônia, existem pré-candidatos se declarando como autênticos representes do presidente Jair Bolsonaro no estado. E isto ocorre em todas as pretensões possíveis, pré-candidatos ao governo, Senado Federal, Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa apostam na chamada “Onda Bolsonaro”, que levou muitos anônimos ao mandato em 2018. Claro que ninguém discute o poder de fogo da candidatura do presidente naquele ano, mas a realidade hoje é outra. A gasolina está um absurdo, o gás de cozinha e todos os gêneros alimentícios enfrentam uma inflação galopante. Mesmo num estado nitidamente bolsonarista como Rondônia, pode ser complicado imaginar que a mesma onda acontecerá este ano, porque nem mesmo o presidente sabe o que vai acontecer nas urnas. O que se houve em muitos lugares é gente dizendo que vivia melhor no tempo em que Lula governou o país. É evidente que cada candidato tem o direito de adotar a estratégia política que bem entender, mas negar que a realidade hoje é bem diferente é algo que ninguém pode ignorar. Lembrando que inflação não é só no Brasil e que em outros mandatos não havia pandemia da Covid-19 e nem guerra entre Rússia e Ucrania.

VOLTA DO SARAMPO

A baixa procura por vacinas no estado de Rondônia acendeu o alerta em diversos municípios do estado. O problema pode estar nas muitas campanhas feitas em todos os estados brasileiros contra a vacina da Covid-19. Nenhuma pessoa, porém, pode negar que sem as vacinas, milhares de brasileiros continuariam morrendo de Covid-19 todos os dias. A questão é que as campanhas contra a vacina da Covid-19 prejudicaram visivelmente todas as outras vacinas que são aplicadas no Brasil, há mais de 100 anos. Diversas doenças, como sarampo e poliomielite voltaram a acontecer com muita força em muitos estados brasileiros, entre eles o estado de Rondônia. Essas doenças já estavam praticamente erradicadas, mas voltam a ameaçar a população, fato que certamente trará graves consequências. Em Cacoal, a procura pelas vacinas contra a sarampo diminuiu consideravelmente e muitas pessoas podem ficar expostas à doença, caso não haja uma forte campanha para falar da importância da imunização. As pessoas alegam que não querem tomar a vacina com medo de sequelas, mas isso é uma posição muito equivocada. A finalidade das vacinas é proteger vidas e isto já acontece  há mais de 100 anos no Brasil.

CASA PORTUGUESA

A Câmara de Cacoal tem sido o foco de muitas críticas por parte da população, mas esta semana diversos vereadores resolveram abandonar os discursos que causam irritação na população para fazer uma justa homenagem. Dois ou três vereadores citaram o empresário e professor Manoel da Casa Portuguesa como uma pessoa de grande importância para a história de Cacoal. Ele é pioneiro do município, sempre teve uma vida muito digna e tem o apoio de todas as pessoas que conhecem sua história e a história de Cacoal. A Casa Portuguesa é uma das maiores referências empresariais de Cacoal e a citação do professor Manoel pelos vereadores é uma maneira de reconhecer o seu trabalho no município, por várias décadas. A Coluna BM também reconhece o professor Manoel como uma das pessoas mais importantes da história do município e como símbolo de dignidade, honradez e compromisso com o desenvolvimento da Capital do Café.

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