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12 de dezembro de 2024 – 15:51

Coluna Boca Maldita – GREVE MUNICIPAL? TEM QUEM DUVIDA…

 

UNIÃO CACOALENSE EM CAMPO

Neste sábado, o clube União Cacoalense entrará em campo para enfrentar o Vilhenense, clube do Sul de Rondônia. A partida é válida pela segunda rodada do Campeonato Rondoniense de Futebol e o jogo deve contar com grande presença do torcedor cacoalense. A torcida do União Cacoalense é muito conhecida no estado, pelo fato de jamais abandonar o clube e de viajar para todos os municípios onde o clube participa de competições. Como este ano o torcedor deseja a classificação do União Cacoalense para a Copa do Brasil de 2024, os adversários não terão vida fácil, mesmo quando jogarem em seus municípios, visto que a tradição do time de Cacoal é uma marca do futebol em Rondônia. Claro que esta coluna tem como prioridade as informações do mundo político e administrativo de Cacoal e demais municípios de Rondônia, mas a importância desta competição e a articulação de todas as forças municipais para empurrar o clube da cidade rumo à Copa do Brasil justificam esta exceção. A Diretoria do União Cacoalense tem trabalhado com muita dedicação, diversos atletas muito qualificados foram contratados e o clima é de muito otimismo em Cacoal. O Vilhenense terá uma missão dificílima este fim de semana na Capital do Café.

VOLTA AO TRABALHO

Os vereadores de Cacoal realizaram na última segunda-feira, 27 de fevereiro, a primeira sessão ordinária do ano de 2023. Muitas pessoas em outros municípios de Rondônia podem estranhar o fato e considerar que os edis cacoalenses voltaram atrasados ao trabalho. Entretanto a realidade não é bem essa. A questão é que o Poder Legislativo da Capital do Café tem como base o Regimento Interno da Casa de Leis, que é de 1984, onde está estabelecido o prazo de praticamente 100 dias de recesso. Exclusivamente neste ano, o período foi bem superior a 100 dias, levando-se em consideração que a última sessão ordinária de 2022 ocorreu em cinco de dezembro e a primeira sessão de 2023 ocorreu esta semana. Mas isto também tem explicação: os vereadores decidiram ampliar o tempo de recesso para depois do carnaval. Embora em Cacoal não exista as festas do Rei Momo, nossos vereadores aplicaram os prazos com referência período carnavalesco. Neste longo período de recesso, as Comissões Permanentes da Câmara de Cacoal não funcionam, fato que cria diversos transtornos, visto que matérias de relevância para o município ficam paradas. Os vereadores
precisam acordar e perceber que isto é um retrocesso total.

OBRAS PARALISADAS

O prefeito de Cacoal, Adailton Antunes Ferreira, esteve na sessão que abriu os trabalhos do legislativo e fez um balanço sobre suas atividades à frente do Poder Executivo da Capital do Café. Na ocasião, ele falou sobre diversas obras que fazem parte de muitas reivindicações da população, mas que até este momento não foram executadas por diversos motivos. Entre essas obras, estão os serviços de drenagem na rua Uirapuru, uma das principais vias de acesso da cidade, pelo fato de ficar próxima ao HEURO, Hospital de Urgência e Emergência da cidade. Sempre que essas obras são questionadas, as autoridades se manifestam e apresentam várias justificativas que são bem conhecidas da população. Quando está no período invernoso, a justificativa é que as obras serão executadas assim que acabar as chuvas; quando acabam as chuvas, a explicação é que os projetos possuem erros e precisam ser refeitos. Outra justificativa muito conhecida é aquela que as empresas contratadas para executar as obras desistiram, em função das diferenças de preços de produtos ou exigem a correção dos valores. Essa é a realidade de outras obras do município e algumas outras foram até iniciadas, como é o caso do Hospital Municipal.

COMPLEXO DA SEGURANÇA PÚBLICA

Em relação a essa situação de obras em Cacoal, existem os casos em que tudo ficou apenas na promessa e na conversa de políticos. Os cacoalenses devem lembrar da promessa de uma obra chamada de Complexo da Segurança Pública, que fora uma promessa da ex-deputada Jaqueline Cassol. A Câmara de Cacoal chegou a doar uma área para a construção do complexo e a expectativa era muito grande. Os políticos entusiastas da ideia diziam, naquele tempo, que a obra resolveria todos os problemas de acomodações dos órgãos da Segurança Pública em Cacoal e que gerariam milhares de empregos diretos e indiretos. Os recursos seriam de cerca de 10 milhões de reais, o que se presume que seriam para fazer uma parte da obra. Alguns delegados da Polícia Civil de Rondônia chegaram a fazer vídeos e compartilhar nas redes sociais, falando sobre a obra. Na ocasião, eles diziam que a previsão de início era “nos próximos meses”, mas até hoje ninguém mais deu nenhuma notícia. Como Jaqueline Cassol não está mais no mandato, dificilmente a ideia será colocada em prática. Não é possível afirmar se os recursos anunciados existem ou existiram, mas é possível afirmar, com boa margem de certeza, que esta obra entrará para o folclore das promessas do mundo político. Claro que não se pode atribuir a culpa à ex deputada Jaqueline Cassol, porque não se sabe quais foram os percalços deste projeto.

TRANSPORTE ESCOLAR

O vereador Valdomiro Corá usou a tribuna da Câmara de Cacoal na primeira sessão ordinária de 2023, para cobrar da Administração Municipal uma solução rápida e viável, em relação à contratação de transporte escolar para atender os alunos que residem na Zona Rural de Cacoal. Corazinho aproveitou para apresentar uma decisão judicial que o inocenta de acusações feitas pelo Secretário Municipal de Educação, Gildeon Alves. Segundo Corazinho, o secretário teria inventado diversas mentiras envolvendo seu nome e as mentiras teriam se transformado em ações judiciais. Gildeon Alves teria afirmado, sem apresentar nenhuma prova, que Corazinho havia pedido para a Administração Municipal contratar veículos da empresa da família do vereador, para a realização do transporte escolar. As acusações são desmentidas
por Corazinho e a decisão judicial deixa claro que nenhuma prova dos fatos foi apresentada. As denúncias surgiram após Corazinho decidir disputar a eleição para Presidente da Câmara de Cacoal e teriam como finalidade fragilizar o nome do vereador. Corazinho tem sido alvo de diversos ataques e denúncias que partem de pessoas ligadas ao prefeito Adailton Fúria, inclusive do grupo de vereadores que não aceitam sua vitória na disputa pela presidência da Casa de Leis.

GREVE MUNICIPAL, TEM QUEM DUVIDA

O presidente do Sindicato do Servidores Municipais de Cacoal, Fernando Neves, fez algumas manifestações recentemente e chegou a declarar que existe a possibilidade de uma greve de servidores municipais em função de alguns problemas enfrentados na atual administração. Segundo informações que circulam extraoficialmente, um dos problemas seriam a falta de contratação de pessoas para diversos setores municipais, entre eles a educação. O presidente do sindicato e pessoas próximas a ele, como o Assessor Jurídico da entidade, alegam que faltam merendeiras e que o numero de pessoas contratadas não é suficiente para atender as demandas. Sob a condição de anonimato, uma professora da rede municipal de Cacoal disse à coluna que duvida muito dessa história, porque o presidente do SINSEMUC está entre os
principais aliados do prefeito de Cacoal. Nessas condições, realmente é muito provável que não aconteça greve nenhuma e tudo pode ser apenas encenação. Aliás, a Administração Municipal tem feito dezenas de contratações usando o critério do teste seletivo e pessoas contratadas dessa maneira não possuem vínculo com o sindicato. Imaginar que o SINSEMUC iria brigar para defender pessoas que não possuem filiação não faz o menor sentido.

PAULO HENRIQUE

O vereador Paulo Henrique Silva também usou a palavra para falar sobre os problemas da educação e criticar a gestão do prefeito Adailton Fúria. Ele fez uma análise de todos os anos em que não houve aulas presenciais em virtude da pandemia da Covid-19. Segundo o vereador, neste período em que não aconteceram as aulas presenciais, a Administração Municipal deveria ter se organizado para resolver os problemas de transporte escolar e outros problemas da educação municipal. Na realidade, essa situação da falta de contratação de transporte escolar, no período adequado para iniciar o ano letivo, tem sido uma tradição na atual administração. Em algumas situações, a Secretaria de Educação encontrou diversos culpados, mas nunca convenceu muito as famílias que residem na Zona Rural. Os problemas de falta de transporte escolar neste setor são constantes, desde o começo da gestão Fúria e tudo indica que não vai mudar muito, visto que já estamos no 3º ano da administração. As críticas do vereador Paulo Henrique se justificam, porque em dois anos de pandemia daria para ter encontrado uma forma de fazer a contratação com um pouco de antecedência. A questão é que o prefeito e seus assessores resolvem apresentar e vistoriar os veículos das empresas contratadas sempre nos dias previstos para o início do ano letivo. Por que as licitações não são feitas dentro de um tempo suficiente para fazer esta vistoria, antes da semana de iniciar as aulas?

JOÃO PAULO PIHCECK

Aliás, a realização da primeira sessão ordinária do ano de 2023 deixou bem claro que os conflitos e divergências criados por causa da eleição dos membros da Mesa Diretora deixaram marcas profundas em todos os vereadores e também no prefeito Adailton Fúria. Ele esteve na sessão e até tentou fazer alguns afagos ao vereador João Paulo Picheck, dizendo que no primeiro biênio ajudou elegê-lo presidente e que já foi seu eleitor no passado. Picheck ouviu o discurso do prefeito, deu um abraço nele ao fim do discurso e disse que não faz política com mágoas pessoais. Porém, ao usar a palavra durante a sessão, João Paulo Picheck fez duras críticas à postura política do prefeito e de vários colegas de mandato. Na opinião do presidente da Câmara de Cacoal, tudo não passa de teatro e encenação do prefeito e de seu grupo
político. Picheck citou diversos exemplos para justificar suas afirmações e lembrou que diversos cargos da administração municipal forma “loteados” para resolver problemas de aliados do prefeito na eleição da Mesa Diretora. João Paulo Picheck citou os exemplos da AMEC, Secretaria de Indústria e Comércio e outros cargos onde houve mudanças que coincidem com o período de discussão da eleição da Mesa Diretora. Em seu discurso, o presidente da Câmara de Cacoal chegou a citar diversos palavrões para evidenciar a realidade que vive na Casa e sua relação com a administração.

ABANDONO DA SESSÃO

Na sessão que abriu o ano de 2023, o presidente da Câmara de Cacoal, João Paulo Picheck colocou em deliberação uma representação feita pelos vereadores Zivan Almeida e Paulinho do Cinema, contra o vereador Valdomiro Corá. Na representação, os vereadores disseram que Corazinho não tem condições morais para presidir a Casa de Leis. Quando a representação foi feita, o presidente não acatou o documento, alegando que era uma manobra política dos vereadores. Entretanto, Paulinho do Cinema e Zivan Almeida acionaram o Poder Judiciário exigindo que o documento fosse objeto de deliberação do plenário. Após a decisão judicial indicar que era necessário colocar a representação em deliberação, o presidente da Câmara de Cacoal acatou a decisão judicial e colocou a matéria em votação na primeira sessão do ano. Estranhamente, todos os vereadores que batiam o pé exigindo a deliberação da matéria, entre eles os dois denunciantes, decidiram abandonar a sessão na hora de votar.

MAIS OBRAS PARALISADAS

Diante da reclamação de leitores de Tribuna Popular a respeito das pontes sobre o rio Pirarará, nas marginais da Br, obras de recursos federais, a reportagem foi até o DNIT, em Pimenta Bueno. Tribuna Popular vai ter de aguardar a boa vontade do superintendente do órgão, sediado em Porto Velho para informar seus leitores. Sinalizaram que na próxima semana teremos as informações. Claro, se recebermos as mesmas. A empresa responsável pela execução, tem deixado por lá, sempre que conseguimos avistar, um ou dois operários, que mais disfarçam do que fazem algum movimento mostrando andamento das tão aguardadas obras. Aguardem!

 

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