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12 de dezembro de 2024 – 12:30

Coluna Boca Maldita – OBRAS PARADAS

 

JUSTIÇA ELEITORAL

A Justiça Eleitoral em Cacoal segue fazendo um trabalho muito importante para a preparação do município, em relação às eleições municipais do próximo ano. A equipe do Cartório Eleitoral de Cacoal, 11ª Zona Eleitoral, estará na terça-feira, dia 07 de novembro, no distrito de Divinópolis, na Linha 14, fazendo atendimento à população. Haverá inscrição para o novo título, revisão, transferência e outros serviços relacionados com a situação eleitoral, como é o caso da biometria. A equipe coordenada pela senhora Kariny Cielo estará em Divinópolis a partir das 8:30 até as 13:30. Já nos dias 08, 09 e 10, os mesmos atendimentos acontecerão na escola Cruzeiro do Sul, na Linha 21, das 8:30 às 13:30. As pessoas que necessitam fazer algum desses procedimentos devem levar certidão de nascimento e demais documentos pessoais. Todas as pessoas que moram nas regiões citadas podem comparecer e atualizar sua situação, caso necessitem de um dos serviços citados. Manter a situação eleitoral em dia é muito importante para exercer a cidadania e também porque, os documentos eleitorais são necessários para diversas outras situações, como empréstimo bancário, financiamentos, concursos públicos e outros.

SAÚDE EM CACOAL

Esta semana, durante a sessão ordinária da Câmara de Cacoal, diversos vereadores usaram a tribuna para falar sobre a situação da saúde pública no município. Estranhamente, alguns edis fizeram muitas críticas somente contra a gestão estadual do setor de saúde pública e direcionaram seus argumentos ao governador Marcos Rocha. Claro que o governo estadual precisa ser cobrado, porque a realidade do Hospital Regional de Cacoal e do HEURO precisam ser discutidas e as autoridades estaduais devem ser cobradas. No caso das unidades estaduais, é necessário que os deputados estaduais, secretaria estadual e demais autoridades façam novos investimentos em Cacoal, principalmente em novos equipamentos e na contratação de servidores. Considerando que o polo de saúde de Cacoal atende pessoas de dezenas de cidades, não se pode admitir a situação atual, porque é realmente muito preocupante. Entretanto, os vereadores não podem tentar tapar o sol com a peneira, porque a situação municipal é muito parecida com a estadual e muitas ações precisam ser feitas.

CORUJÃO DO SUS

O vereador Luís Fritz usou a tribuna para dizer que ele conhece muito sobre saúde pública e que tem autoridade para falar sobre o tema. Porém seu discurso não revelou o conhecimento que ele alega ter. Ferrenho defensor do prefeito Adailton Fúria, o vereador alega que o município não pode comprar um equipamento para fazer exames de ultrassonografia, porque os preços são de aproximadamente 5 milhões de reais. O vereador precisa saber, em primeiro lugar, que o município não precisa comprar nenhum equipamento para esse tipo de serviço, porque a legislação brasileira permite aos gestores municipais realizarem parcerias com instituições estaduais ou mesmo privadas, visando oferecer determinados serviços à população, inclusive a realização de exames. Além disso, durante toda a campanha eleitoral o prefeito Adailton Fúria prometeu que iria criar em Cacoal o “Corujão do SUS”, para oferecer todos os tipos de exames. O plano de governo apresentado pelo prefeito diz que todo tipo de exame seria oferecido 24 horas por dia e que os pacientes receberiam os resultados em casa, por um sistema eletrônico que seria criado. Como o vereador Luís Fritz estava na campanha, ele deveria lembrar dessas promessas e cobrar do prefeito. Com relação aos valores citados pelo vereador, poucos meses atrás, os vereadores autorizaram a administração municipal fazer um empréstimo de quase 50 milhões de reais. Dizer que o município não tem dinheiro é um argumento muito frágil.

SAÚDE E PAIXÃO

Quando se fala sobre saúde pública, os vereadores não podem ter essa paixão cega para bater o pé e defender a administração municipal dizendo que não pode oferecer os atendimentos necessários. A população votou no prefeito pelas propostas que ele defendeu em campanha. Essa história de dizer apenas que não pode fazer e deixar a população esperando não é argumento suficiente. Todos os vereadores que possuem relação de pacto com o prefeito têm o direito de defender o pacto que fizeram, mas a saúde da população está acima dos acordos políticos e constitui o dever da administração. No caso dos vereadores, eles foram eleitos para defender os interesses da população; não acordos de fechar os olhos para os problemas do município. As paixões políticas, acordos de nomeações de parentes e outros conchavos não podem colocar a saúde em segundo plano. Em muitos casos de falta de atendimento na saúde e outros setores municipais, o que tem prevalecido é a defesa cega e a paixão que diversos vereadores alimentam em relação ao prefeito. Se não querem cobrar da administração os compromissos que o prefeito fez durante a campanha, os vereadores deveriam renunciar ao cargo e deixar que seus suplentes façam as cobranças. Defender interesses pessoais em troca de prejuízos para a população não faz parte das atribuições legais dos vereadores.

PUXÃO DE ORELHA

Aliás, a relação de subordinação que existe entre diversos vereadores de Cacoal e a Administração Municipal é visível. Para citar um exemplo, na sessão da semana passada, vários vereadores fizeram duras críticas contra a administração e acusaram alguns secretários de usar a máquina municipal para fazer campanha eleitoral. Nos bastidores, consta que os vereadores da base aliada receberam um puxão de orelha da administração e foram obrigados a mudar de discurso. O vereador Magnison Mota, um dos edis que havia criticado o uso de máquinas para favorecer interesses pessoais de alguns secretários mudou de opinião e fez um discurso muito diferente do que havia feito antes. Isso mostra que não há nenhum interesse dos vereadores em fiscalizar o uso da máquina pública para beneficiar políticos. Caso a Câmara de Cacoal tivesse interesse em fiscalizar alguma coisa, poderia instalar uma CPI para apurar as denúncias de uso de máquinas do município a serviço eleitoral de diversas pessoas. Mas é claro que isso não vai acontecer, porque as críticas são apenas com a finalidade ganhar espaço entre os beneficiados e tentar fazer uso do patrimônio público em campanha eleitoral. Assim, as pessoas que não conseguem resolver seus problemas de carreador vão continuar sem o atendimento, porque essa prática da velha política é uma marca da atual Câmara Municipal.

ICMS EM RONDÔNIA

Depois que a população fez inúmeros protestos contra o aumento abusivo da alíquota de ICMS, os deputados estaduais e o governo de Rondônia decidiram, essa semana, fazer uma alteração na lei aprovada por 23 deputados. O governo enviou nova proposta que foi votada pelos deputados e diminuiu o valor que havia sido aprovado pela Assembleia Legislativa. É necessário destacar que a nova proposta aprovada segue aumentando o ICMS e a população continuará sofrendo muitos prejuízos, mas houve uma pequena redução. Dessa vez, os deputados aumentaram a alíquota de 17% para 19%. Esses números mostram que a medida tenta somente acalmar os contribuintes, mas não foi uma mudança dentro daquilo que a população esperava. Os protestos feitos por todos os setores da sociedade deixam claro que os deputados e o governo têm medo do eleitor e mudaram de opinião exatamente porque sabem que a conduta deles foi considerada uma traição. Falta a população protestar contra os fatos que precisam ser resolvidos, entre eles o total descaso em relação `saúde. Onde estão os deputados estaduais dos municípios que são atendidos pelo Polo II de saúde? Onde estão os prefeitos desses municípios? É hora de novos protestos.

PROCESSO SELETIVO

O governo de Rondônia anunciou recentemente que fará um processo seletivo para contratação de professores. Esse procedimento deveria ser repensado pela administração estadual. Desde o ano passado, o Governo de Rondônia anunciou que faria um concurso público para contratara professores e até hoje não apresentou o edital. Nos últimos cinco ou seis anos, dezenas de professores em todos os municípios do estado foram aposentados. Alguns deles já esperavam pela aposentadoria há muito tempo. Assim, a carência de profissionais em todas as áreas da educação é visível e somente a realização de um concurso público resolve o problema de maneira mais concreta. A contratação de professores pela via do processo seletivo não resolve os problemas do estado, porque não há um levantamento criterioso sobre a falta de profissionais. O Sintero precisa discutir essa situação com o governo e cobrar a realização de um concurso público para o preenchimento das vagas na educação. Todo os anos, muitas pessoas se formam nos mais diversos campos da área educacional e ficam fora do mercado pela ausência de concurso público. Os testes seletivos são paliativos que não resolvem nada, porque professores devem ser contratados por concurso público para que permaneçam no sistema.

 ELEIÇÃO DO SINTERO

O Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Educação de Rondônia (SINTERO) realizou, no último dia 01 de novembro a eleição para a Diretoria Estadual da entidade e para as 11 diretorias regionais. A eleição foi vencida pela chapa que já está no cargo há vários anos, apenas com algumas mudanças de cargos entre os membros. Muitos profissionais da educação acreditavam que estava na hora de fazer uma mudança na direção do Sintero, visto que muitos dirigentes atuais estão no poder há quase 30 anos. Milhares de filiados reclamam de manobras e vícios que causam uma mancha muito grande na imagem do sindicato da educação, mas ainda não foi dessa vez a mudança. O Sintero tem um estatuto e um regimento completamente ultrapassados que permitem muitas manobras, conchavos e trambiques no processo eleitoral da entidade. Entretanto, é muito difícil acreditar que haverá alguma revisão no estatuto, porque as mudanças contrariam os interesses dos velhos sindicalistas. Na eleição desse ano, o Sintero virou caso de polícia e um inquérito foi instaurado para apurar denúncias feitas por diversos filiados sobre condutas irregulares que teriam sido praticadas pelos dirigentes. Tudo indica que o inquérito não dará em nada, porque a chapa vencedora vai negar todas as acusações, como sempre fez nos últimos 30 anos.

OBRAS PARADAS

As chuvas em Rondônia começam a cair com maior intensidade. Esse fato significa que a situação de seca em muitos rios pode ser resolvida, porque a seca tem causado diversos problemas no estado. Com a chegada das chuvas surge um outro problema: muitas obras públicas que estão paradas ou inacabadas voltarão a ser apenas promessas, porque os gestores costumam dizer que precisam esperar o fim do inverno para fazer os trabalhos. Em Cacoal, alguns casos são velhos conhecidos da população, entre eles a reforma da rodoviária, as obras da rua Uirapuru, a retomada das obras do Hospital Municipal e outras. No caso da rua Uirapuru, todos os anos as pessoas que moram no setor sofrem inúmeros prejuízos e certamente serão vítimas mais uma vez. As desculpas também são sempre as mesmas: quando não está chovendo, os políticos dizem que os projetos precisam ser refeitos e os preços de materiais reajustados; quando começam as chuvas, eles dizem que precisam esperar a estiagem. Nessa brincadeira de inverno e verão, já se vão vários anos e nenhuma perspectiva sobre quando, finalmente, as obras serão feitas. E a obra da ponte sobre o Pirarara, na marginal da BR 364, está lá, parada e não aparece um político para falar o que vai virar aquilo. Só quem fala e muito irritado, é o povo que aguarda a conclusão da obra. Coisas da velha política.

PIADA DE POLÍTICOS

Dois políticos presos conversam na prisão:

— Quantos anos você pegou?

— Dez anos.

— E o que você fez?

— Nada não. Eu não fiz nada, absolutamente nada.

— Impossível, diz o outro. Nada só dá quatro anos.

 

 

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