DIAS DOS PAIS – Neste fim de semana o país celebra o Dia dos Pais. Claro que, assim como em 2020, ainda não é possível promover grandes confraternizações, porque o momento de pandemia ainda é muito delicado. Os resultados da aplicação de vacinas no Brasil e também no estado de Rondônia são muito claros e o numero de pessoas contaminadas e mortas diminuiu nos últimos meses. Porém isto não significa que acabou a pandemia. Nesta semana, os números de óbitos voltaram a subir em Rondônia e a população vive um momento de muitas incertezas e indefinições. Assim, é difícil imaginar que existem realmente motivos para comemorações. Por parte da coluna, registramos nossos cumprimentos a todos os pais de Cacoal e do nosso estado, esperando que em 2022 seja possível comemorar, com segurança esta importante data. Parabéns aos pais e que tenham muita saúde e vacinas!!
POLÊMICA DO ARRANCADÃO – No fim de semana que marcou o início de agosto, uma grande polêmica tomou conta das redes sociais no município de Cacoal. Trata-se de um grande acidente ocorrido em uma chácara, que seria de propriedade do prefeito Adailton Fúria, onde uma pessoa foi ferida gravemente e teve parte do pé amputado, após sofrer um acidente de motocicleta. O local é frequentado por pessoas que amam os esportes de aventuras e que buscam adrenalina mesmo em tempos de pandemia. Como o fato teve consequências muito sérias, as discussões são intensas sobre quem seria o responsável pelo evento. O prefeito declarou que o local está alugado, mas isso não resolve a situação e revela uma falta de segurança visível no local. Caso esteja mesmo alugado, resta saber quem será responsabilizado pelo grave acidente. A coisa que se pode afirmar com certeza neste momento é que o fato aconteceu e resultou em danos graves. Assim, as autoridades relacionadas com o fato precisam esclarecer os fatos e mostrar à população o que realmente aconteceu e quem irá responder pelos problemas constatados. O próprio prefeito certamente deve estar entre as pessoas interessadas em esclarecer a situação, porque ficou comprovado que existem diversas medidas de segurança a serem adotadas para evitar acidentes futuros e até mesmo a morte de alguma pessoa no local.
MEU NOME É TRABALHO – Os vereadores de Cacoal retomaram os trabalhos legislativos no início desta semana. Eles ficaram por 30 dias em recesso parlamentar, período no qual não ocorrem as deliberações sobre matérias que tramitam na Casa e as Comissões Permanentes também suspendem as atividades. Na volta às atividades do legislativo, vários vereadores fizeram questão de usar a tribuna da Câmara de Cacoal para dizer que durante o período de recesso, considerado por muitas pessoas como férias, eles trabalharam incansavelmente. A preocupação dos vereadores em insistir no discurso de que trabalham mais no período de recesso pode convencer algumas pessoas, mas há alguns fatos que não foram explicados por eles. Neste período, alguns vereadores constam na lista de diárias do Portal da Transparência da Casa de Leis pelo fato de terem ido a Porto Velho entregar ofícios e conhecer a câmara da capital. Os vereadores deveriam explicar que no mesmo período em que eles estavam de recesso os deputados também estavam, porque a lei é a mesma. Outra situação bem curiosa é que depois de 30 dias de trabalhos intensos, a primeira sessão se resumiu a discursos e nenhum projeto foi apresentado ou votado na Casa de Leis.
GREVE SANITÁRIA – O governo de Rondônia tem anunciado em diversos canais de comunicação que as aulas presenciais na rede estadual voltam a acontecer na próxima segunda-feira, 09 de agosto. Entretanto, esta situação pode não acontecer por vários motivos. Em assembleia realizada poucos dias atrás, os profissionais de educação decidiram que aceitam voltar às atividades presenciais apenas quando todos tiverem recebido as duas doses de vacinas. Considerando que a covid-19 é um problema muito grave e que atingiu pessoas de todas as instituições e camadas sociais, é difícil imaginar que o governo vai ganhar a simpatia da população ao forçar a volta às aulas sem a vacinação dos profissionais. O estado de Rondônia está entre os últimos colocados no quesito vacinação e esse atraso compromete a segurança que as famílias podem ter sobre mandar seus filhos à escola, porque as pessoas em idade escolar não foram vacinadas. Os sindicatos que representam os profissionais de educação declaram que estão a disposição da sociedade para seguir com as aulas remotas e voltar tão logo sejam vacinados, mas não aceitam correr riscos sem que haja nenhuma garantia das autoridades sanitárias. O Sintero anunciou que está decretada a Greve Sanitária. Isto significa que os professores seguirão fazendo aulas remotas.
AÇÃO JUDICIAL – O Sindicato dos Professores do Estado de Rondônia (SINPROF) impetrou ação judicial no Tribunal de Justiça de Rondônia solicitando a suspensão das aulas presenciais até que todos os profissionais estejam vacinados com duas doses de vacinas. Na ação, os advogados do SINPROF apresentam várias razões para mostrar os perigos da covid-19 e os riscos de mortes, fato que é de conhecimento de todas as pessoas, visto que mais de 6 mil pessoas morreram em Rondônia vitimas da doença. No Tribunal de Justiça de Rondônia, o relator da ação é o Desembargador Raduan Miguel, que ficou cerca de 30 ou 40 dias internado em São Paulo, após ter contraído a covid-19. Sendo assim, certamente ele conhece a gravidade da doença e sabe que a contaminação pode acontecer em todos os lugares, principalmente em escolas, porque nem todos os alunos seguirão os protocolos de segurança. É possível que a decisão no TJ/RO seja tomada nos próximos dias pelo Pleno do TJ. Enquanto a situação tramita nos tribunais, o governo de Rondônia deveria acelerar o processo de vacinação, inclusive estendendo aos alunos. Caso a vacinação seja acelerada, todos esses conflitos podem acabar facilmente.
PROJETO 1170 – A Assembleia Legislativa de Rondônia retirou da pauta de votações o Projeto de Lei número 1.170/2021 que também trata da situação da educação no estado. O citado projeto foi aprovado pelos deputados em uma sessão em que os trabalhadores da educação não foram informados e tem um conteúdo polêmico. No citado projeto está escrito que mesmo havendo pandemia, como é o caso da covid-19, as escolas da rede pública estadual são obrigadas a se manterem abertas e com aulas presenciais, porque o educação é algo essencial. Caso esse projeto já tivesse em vigor em 2019 e 2020, certamente o número de mortes em Rondônia seria muito maior do que os atuais, porque entre os profissionais de educação estão milhares de pessoas que fazem parte do chamado grupo de risco. Embora o projeto tenha sido aprovado pelos deputados antes do recesso de julho, o governador Marcos Rocha vetou a matéria e os deputados precisam colocar em votação a derrubada ou manutenção do veto. Na sessão de terça-feira, o veto não foi apreciado, porque não havia o número de deputados exigido para tal deliberação. Caso o veto seja derrubado, a Assembleia Legislativa de Rondônia vai entrar para a história, por ter tomado a decisão mais dura contra os professores de Rondônia.
OPINIÃO DO LEGISLATIVO – Na sessão que marcou a volta aos trabalhos dos vereadores em Cacoal, diversos edis usaram a tribuna da Casa de Leis para afirmar que defendem um planejamento do governo de Rondônia e da secretaria municipal de saúde, objetivando a volta às atividades presenciais nas escolas da rede pública. O governo de Rondônia tem buscado, a todo custo, promover a volta às aulas, sem que os profissionais estejam vacinados, situação considerada muito arriscada pelos vereadores e por todas as pessoas que acompanham de perto a situação. Existem escolas que não possuem nenhuma condição para ter nem mesmo atividades em período que não haja perigo de doenças. Segundo disseram os vereadores, eles visitaram várias escolas onde faltam muitas coisas, inclusive água encanada. A falta de água em uma escola é uma situação que não permite fazer a educação com a qualidade que se pretende. A água é uma coisa muito básica. Há casos em que faltam diversos outros itens sem os quais uma unidade escolar não pode funcionar em nenhum lugar.
JANAYNA GOMES – Na segunda-feira desta semana, a Secretária Municipal de Saúde de Cacoal, Janayna Gomes, esteve na Câmara Municipal de Cacoal e usou a palavra durante a sessão ordinária que abriu os trabalhos legislativos do semestre. Na ocasião, ela fez diversos esclarecimentos aos vereadores e se colocou à disposição para responder todas as perguntas dirigidas pelos membros do legislativo. Diversos vereadores usaram a palavra e afirmaram que estão acompanhando de perto as ações da nova secretária e que as coisas estão caminhando para melhor. Segundo os vereadores, Janayna Gomes está adotando todas as medidas administrativas para tentar solucionar as demandas da pasta e tem sido muito eficiente no atendimento às solicitações dos vereadores. A nova secretária informou, durante a sessão, que já agendou uma viagem a Brasília para tratar da situação da UCS e que viajará assim que houver a confirmação da agenda no setor responsável pelo assunto.
ATENDIMENTO AO PÚBLICO – Além de estar buscando solucionar os principais problemas da pasta da saúde no município de Cacoal, a secretária Janayna Gomes tem buscado um contato mais direto com a população. Em diversos grupos nas redes sociais, ela aproveita os momentos de folga para interagir e passar informações oficiais sobre o andamento dos trabalhos da secretaria. Outra situação importante é que os contatos de telefones da nova secretária são passados para a comunidade e ela atende todas as chamadas que recebe, informando se pode ou não resolver os problemas no momento ou se vai buscar as soluções. É claro que nem todos os problemas do setor de saúde podem ser resolvidos com a rapidez que a sociedade espera, mas o fato de se colocar à disposição da sociedade é um ponto muito positivo na gestão de Janayna Gomes. Continue assim!!!!
ESSA VERGONHA VAI CONTINUAR ATÉ QUANDO?
Desde o final de setembro de 2014, quando o prefeito Padre Franco transferiu o atendimento da Unidade Mista para o Hospital São Daniel Comboni, a população de Cacoal se depara com a triste imagem do antigo local, bem no centro da cidade. A antiga Unidade Mista, a exemplo de outros imóveis, envergonha qualquer cidadão de nossa cidade que até agora só ouviram promessas do fim daquela deprimente imagem… Até quando, prefeito?