O fim de ano em Rondônia tende a deixar marcas muito profundas, dolorosas e indeléveis em muitas famílias rondonienses, em virtude do evidente avanço da pandemia nas Terras de D. Mariano. Claro que, quando falamos da Covid-19, nossa Urbe Obediana não pode ser tratada como exceção e os problemas poderão ser muito maiores, uma vez que grande parte da população, incentivada pelo negacionismo e pelos negacionistas, ignora completamente os perigos da doença que matou quase 200 mil brasileiros, entre as vítimas dezenas de cacoalenses. Agora, com as incontroláveis aglomerações natalinas, a Capital do Café pode ter sérios problemas…
O negacionista Osmar Terra, que ficou vários dias internado, após contrair a covid-19, declarou essa semana que a pandemia pode acabar ainda esse ano. O problema é que Osmar Terra é o mesmo político que declarou, no mês de março, que morreriam, no máximo 2.000 pessoas de covid-19 no Brasil. Assim, não é possível acreditar numa pessoa dessa. O caminho mais seguro é a prevenção. As orientações e opiniões de Osmar Terra já mataram quase 200 mil pessoas e servem apenas para fortalecer as informações falsas divulgadas pelo bolsominions em redes sociais. Uma doença que mata quase 200 mil pessoas em oito meses precisa ser tratada como uma doença muito perigosa. Quantas famílias perderam seus entes queridos este ano?? Quantas famílias choram pela perda precoce de seus membros? Quantas pessoas ainda vão morrer?? Até este momento, o melhor caminho é a prevenção! Não existe outra forma de controlar essa doença. As aglomerações de fim de ano podem causar muita dor. Precisamos entender que, enquanto os problemas relacionados com a covid-19 aumentam; o governo de Rondônia se encolhe, com relação à estrutura para combater a doença…
Os leitos de UTI, a quantidade de profissionais a diminuição dos recursos… Tudo está diminuindo!! No caso dos profissionais de saúde, eles têm feito de tudo, fazem um trabalho brilhante, mas muitos deles hoje estão contaminados,outros tantos morreram. Há situações em que os materiais básicos faltam nos hospitais. Não podemos negar os perigos dessa doença!! As autoridades precisam acordar, mas muitas delas estão fingindo que o país está normal. Aqui em Cacoal, a única pessoa que empunhou a bandeira contra as aglomerações no Complexo do Arrancadão foi o vereador EdimarKapiche e não vale dizer que outras autoridades se uniram a ele. As outras autoridades ficaram com vergonha do grau de omissão e aderiram, compulsoriamente, à brilhante iniciativa do Kapiche. As autoridades não podem fechar os olhos para o Complexo do Arrancadão, porque aquilo virou caso de polícia…
Claro que muitas pessoas vão ignorar as reflexões que faço aqui e outras dirão que eu não gosto do natal. Com relação a não gostar de natal, todas as pessoas que lidam comigo de perto sabem que tenho total aversão por essa festa. O natal é a festa da hipocrisia, da falsidade, da dissimulação… Há pessoas que passam o ano inteiro tentando dar rasteira na gente e, depois, no dia de natal, vêm com papo furado de dar abraços e tapinhas nas costas. Eu não tenho interesse pelo natal e por nenhum outro evento festivo que tenha uma carga de falsidade tão grande como o natal. Neste ano, com a possibilidade, mas real, de contaminação pelo coronavírus, estarei muito mais avesso ao natal. Se as aglomerações natalinas nunca me atraíram, quando não havia a covid-19, por que eu iria me submeter ao problema neste péssimo momento sanitário em que vivemos?
Finalmente, não costumo participar dessas brincadeiras de amigo-secreto, porque, muitas vezes, você acaba pegando da caixa o nome de uma pessoa com quem você odiaria brincar de falsidade. Alguém poderia dizer que o natal consiste em trocar presentes e tem gente que acredita nisso. Minha cautela é para evitar que, em uma brincadeira dessas, eu tenha quetrocar presentes e declarações de amor completamente fajutas com pessoas hipócritas. Imagine o leitor eu ter que comprar um presente para um dos filósofos da honestidade, ou até mesmo para o Coordenador de Ensino de Cacoal… Jesus!!!! Minha decisão, entretanto, está tomada: estou fora do natal, porque assim fico protegido da covid-19, da falsidade e de pessoas com as quais eu me recuso a ter qualquer tipo de confraternização… Tenho dito!!!
*FRANCISCO XAVIER GOMES – Professor da Rede Estadual e Articulista