Coluna ESPAÇO ABERTO – Rondônia no mapa do crescimento: por que não aparece entre os destaques?

Confira as notícias do dia, por Cícero Moura.

OFICIAL
A recente divulgação do IBGE, conforme notícia veiculada pela Agência Brasil, mostra que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu em todos os 27 estados brasileiros em 2023.

Foto: Reprodução / Inteligência Artificial

AVANÇO
Esse é, sem dúvida, um dado positivo: mesmo economias menos “robustas” conseguiram avançar.

NOSSO ESTADO
No entanto, é preciso olhar para os detalhes — em particular para Rondônia, que registrou uma das menores altas relativas — apenas 1,3% de crescimento.

Foto: Reprodução / IBGE

DETALHE
É oportuno refletir por que Rondônia, apesar de estar em uma região (o Norte) que, historicamente, vem ampliando sua participação na economia nacional, não figura entre os estados com crescimento mais expressivo.

REGIONAL
O Norte brasileiro, conforme os dados mais recentes do IBGE, registrou crescimento econômico e aumento de participação no PIB nacional. Isso é animador para a região como um todo.

OBSERVAÇÃO
No entanto, nem todos os estados da região têm crescido da mesma maneira: alguns puxam mais, outros ficam para trás. Rondônia, com só 1,3% de alta, está entre os que avançaram menos em 2023.

LIMITAÇÃO
Segundo os números do IBGE, a participação de Rondônia no PIB nacional é bastante modesta — em 2023, foi de apenas 0,7%.

ELEVAÇÃO
Mesmo com crescimento positivo, um estado com peso pequeno na economia brasileira precisa de taxas mais altas para “fazer barulho” no cenário nacional.

DESEMPENHO
O IBGE atribui parte do desempenho baixo de Rondônia a fatores específicos. O crescimento foi limitado, principalmente, pela safra de seca no Norte, que reduziu a geração de energia elétrica e afetou atividades de Eletricidade e gás, água, esgoto etc.

Foto: Reprodução / Redes Sociais

ENERGIA
Isso sugere uma dependência significativa de infraestrutura energética para sustentar outras cadeias produtivas.

LONGE DO CRESCIMENTO
Com base nesses pontos, podemos esboçar algumas razões pelas quais Rondônia não aparece entre os primeiros colocados no ranking de crescimento.

PONTO 1
Vulnerabilidade a choques climáticos: A seca mencionada pelo IBGE evidencia um risco que não só afeta a geração de energia, mas pode ter efeitos em cascata sobre a economia local.

PONTO 2
Se a infraestrutura energética — e talvez outras ligadas a água — não estiver bem preparada para resistir a variações climáticas, o estado fica mais suscetível a perdas.

PONTO 3
Estrutura econômica menos diversificada: Não há indícios (pelo menos nos dados divulgados) de que Rondônia tenha alavancado tanto a agropecuária ou a indústria com tanta força quanto outros estados da região.

NOSSOS VIZINHOS
Esses setores têm sido decisivos para o crescimento forte em estados como Mato Grosso ou Acre.

IMPACTO
Baixo efeito de escala: Com participação pequena no PIB nacional, mesmo um crescimento modesto para Rondônia não se traduz em grande impacto no cenário macroeconômico.

COMPETIVIDADE
Para “pular degraus”, é preciso mais do que crescer: é necessário crescer de forma estratégica, explorando potencial competitivo.

COMPETIVIDADE 2
Embora os dados do IBGE para 2023 mostraram crescimento, há um risco de que investimentos estruturais (em energia, logística, infraestrutura produtiva) não estejam sendo feitos com a consistência necessária para sustentar um avanço mais acelerado.

OPINIÃO
Vejo Rondônia em uma encruzilhada. Por um lado, o fato de ter crescimento positivo em um ano em que todos os estados avançaram já é um motivo para celebrar.

OPINIÃO 2
Por outro, a taxa de 1,3% sugere que falta um impulso mais decisivo para transformar o estado em protagonista regional.

OPINIÃO 3
Para eu acreditar que Rondônia pode se posicionar entre os “luxos do Norte”, seriam necessários políticas públicas mais ousadas e investimentos privados estratégicos.

OPINIÃO 4
Não basta depender fortemente de atividades vulneráveis; Rondônia precisa fortalecer cadeias de valor (transformação industrial, agronegócios menos climáticos, serviços com valor agregado).

OPINIÃO 5
É preciso Infraestrutura resiliente: Investir em geração energética local, em saneamento e em logística para reduzir a vulnerabilidade a choques climáticos e reduzir custos de produção.

OPINIÃO 6
Incentivar inovação: Apoiar startups locais, induzir a economia de conhecimento, explorar nichos verdes, por exemplo, pode gerar ganhos maiores no longo prazo.

OPINIÃO 7
Sem esse tipo de estratégia, Rondônia corre o risco de continuar crescendo de forma modesta, “seguindo a maré”, mas sem liderar.

FRASE
A força de Rondônia está no suor de quem planta, constrói, cria e transforma esse estado em sinônimo de progresso.

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