A coluna Ponto Crítico é assinada pelo jornalista FELIPE CORONA
Sugestão de linha fina: Imprensa anunciou que ex-presidente Mário Sérgio teria sido preso; ele alega erro judicial, mas empresa segue sendo ralo de dinheiro público, inclusive na “gestão coligada com o povo”
Ralo
Parece que a Emdur deve ter uma cabeça de porco enterrada por lá: não sai do foco das investigações do Ministério Público de Rondônia (MP-RO), da Polícia Civil (Gaeco) ou da Polícia Federal. Mas agora, com volta ao passado: a imprensa teria anunciado que Mário Sérgio Leiras Teixeira, ex-presidente da Empresa de Desenvolvimento Urbano de Porto Velho teria sido preso.
Ralo 2
A detenção teria acontecido na sexta-feira retrasada (24/10) pela Polícia Federal, em cumprimento a mandado expedido pela Vara de Execuções Penais e Medidas Alternativas do Tribunal de Justiça de Rondônia (Vepema). Mário Sérgio possui condenação por envolvimento em um esquema de corrupção que desviou aproximadamente R$ 27 milhões da Prefeitura de Porto Velho.
Ralo 3
É um grande ralo do dinheiro público essa Emdur viu? Entra administração, sai prefeito e está tudo como dantes no quartel de Abrantes: todo mundo que passa por lá acaba enrolado com alguma denúncia. Pode demorar, mas a coisa acaba ficando ruim com o passar do tempo. Porém, Mário Sérgio afirmou que houve erro judicial e que está solto.
Detalhes
O esquema foi investigado pelo MP-RO, com apoio das polícias Civil e Militar, após operação deflagrada em 2013. As apurações apontaram que os recursos destinados a obras de infraestrutura eram desviados por meio de empresas de fachada e contratos superfaturados.
Detalhes 2
Segundo o MP-RO, Mário Sérgio exercia papel de liderança, utilizando sua posição para pressionar integrantes do grupo e direcionar a execução das fraudes. A Justiça concluiu que os envolvidos agiram de forma consciente e coordenada para burlar procedimentos legais e beneficiar interesses privados.
Detalhes 3
Segundo a PF, após ser localizado na capital, Mário Sérgio Leiras Teixeira teria sido conduzido à Superintendência Regional da Polícia Federal, onde foram adotadas as providências legais. Porém, Mário Sérgio entrou em contato com alguns veículos de comunicação e disse que houve erro judicial.
Livre
Uma nota divulgada pela defesa de Mário Sérgio indica que “a notícia divulgada não corresponde à realidade dos fatos. Mário Sérgio Leiras Teixeira não se encontra preso, sendo a afirmação veiculada manifestamente equivocada e atentatória à sua imagem, honra e reputação profissional”.
Livre 2
Ainda de acordo com o texto, “o erro decorreu de uma falha na prestação jurisdicional, uma vez que oficial de justiça certificou, de maneira incorreta, que o notificado estaria em ‘local incerto’. Ocorre que o mesmo reside, há anos, em endereço fixo e público, onde mantém também escritório de advocacia”.
Livre 3
Por fim, “a diligência equivocada foi realizada em endereço diverso, de familiares do notificado, ocasionando informação incorreta posteriormente repassada ao juízo, que não corresponde à verdade”.
Eleição
Uma notícia requentada por um site de notícias da capital divulgou uma eleição ocorrida ainda em 04 de julho deste ano, onde o superassessor/secretário oculto do prefeito Léo Moraes (Podemos), Anderson Parente, foi eleito presidente após uma Assembleia Geral Ordinária do Conselho de Administração (Consad) da própria Emdur, que reestruturou a diretoria e adequou a nova composição definida pelo Decreto nº 21.041/2025.
Eleição 2
Durante o encontro, o conselho deliberou sobre a exoneração e nomeação de novos integrantes, com efeitos a partir da data do decreto. Anderson Parente da Costa foi nomeado presidente do Conselho de Administração da Emdur por meio do decreto publicado no Diário Oficial dos Municípios.
Eleição 3
De acordo com o documento, o mandato dos novos conselheiros será de até dois anos, com possibilidade de até três reconduções consecutivas (total de oito anos), conforme previsto na Lei Federal nº 13.303/2016. A remuneração dos membros foi fixada em 10% da média salarial dos diretores da Emdur.
Na boa
E conforme divulgado pelo site Extra de Rondônia e reproduzido nesta coluna, a 7ª Promotoria de Justiça do MP-RO abriu investigação para apurar o acúmulo de funções e rendimentos de Anderson Parente, que teoricamente é assessor executivo da Secretaria-Geral de Governo da Prefeitura de Porto Velho.
Na boa 2
O Extra de Rondônia indica que Parente exerce o cargo de assessor direto do prefeito Léo Moraes (Podemos). Em julho de 2025, o contracheque registrou salário bruto de R$ 28.484,80. Além da remuneração do cargo comissionado, ele aparece como integrante de diferentes conselhos municipais e acumula ganhos por meio de diárias para viagens oficiais.
Na boa 3
O assessor é presidente do Conselho de Administração da Emdur, onde nas reuniões extraordinárias realizadas pela atual gestão, foram pagos R$ 7.810,74 em jetons, valores adicionais a cada encontro. Além disso, ele consta como membro do Conselho Municipal de Previdência (IPAM), responsável por decisões ligadas ao regime previdenciário dos servidores públicos municipais.
De olho
O Ministério Público informou que a investigação busca esclarecer se há compatibilidade entre as funções acumuladas e a legalidade no recebimento de jetons e diárias. O órgão também apura qual é, de fato, o papel exercido por Parente, já que sua atuação extrapola o campo de assessoramento e alcança áreas de gestão, articulação política e participação em colegiados estratégicos.
Na cola do Léo
Na administração municipal, Parente é visto acompanhando o prefeito em atividades externas e internas, filmando eventos, participando de reuniões com secretários e integrando conselhos de estatais. Essa multiplicidade de papéis levou o MP-RO a investigar se há excesso de atribuições ou eventual sobreposição de funções.
Multiuso
Já o noticioso Bastidores RO, no dia 19 de setembro, colocou em sua manchete que “Anderson Parente comanda suposto esquema de corrupção na gestão Léo Moraes”. E a linha de apoio/linha fina arrematou: “Investigação indica que lobista e supersecretário da prefeitura de Porto Velho, atua nas sombras com autoridade e poder assegurado pelo prefeito”.
Nome forte
O texto divulga qual seria a verdadeira “função” de APC: “Oficialmente, ele é assessor executivo da Secretaria-Geral de Governo, mas na prática acumula funções que lhe dão acesso direto às decisões mais importantes do prefeito Léo Moraes. A proximidade é tamanha que servidores e aliados afirmam que Parente manda e desmanda em nomeações, exonerações, investimentos e até interfere na rotina de secretários municipais”.
“Migles” do Léo
De acordo com a divulgação: “Como se não bastasse, também foi nomeado pelo próprio Léo para o Conselho Municipal de Previdência (IPAM), guardião do futuro de milhares de servidores municipais. Qual seria a expertise técnica do videomaker para opinar sobre previdência e gestão urbana? Ninguém explica e sabe dizer, os motivos de tamanha mamata”.
“Migles” do Léo 2
E a dupla é tão amiga, passa tanto tempo juntos, que todos da prefeitura sabem que eles até dividem quarto durante as viagens. Segundo algumas fontes que ouviram da boca de um deles, o motivo seria “economia nas despesas”. Ora, com salários astronômicos, será que a coisa está tão ruim assim? Se está feia para eles que ganham fácil acima dos R$ 30 mil reais por mês, imagina quem ganha um salário-mínimo né?
*Esta coluna foi escrita utilizando informações divulgadas pelos sites Bastidores RO e Extra de Rondônia nos dias 19 e 30 de setembro de 2025, além do Rondoniagora no dia 25 de outubro.
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