
CNN Brasil
Criada em agosto, a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) já aprovou pedidos de prisão preventiva de 27 pessoas. As solicitações foram encaminhadas e aguardam a análise no STF (Supremo Tribunal Federal).
Uma vez aprovados pelos congressistas, os pedidos são encaminhados para o ministro André Mendonça, que é o relator da ação sobre as investigações de fraudes no INSS.
As prisões foram autorizadas pelo STF em setembro. A PF argumentou possível risco de fuga e o emprego de ocultação de patrimônio pelos empresários.
Na CPMI, há mais de dois meses, foram aprovados de forma conjunta pedidos para a prisão de 21 pessoas que são alvo das investigações. Demais pedidos foram aprovados nas demais reuniões, inclusive na última quinta-feira (6).
O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), já fez diversos apelos públicos para que as solicitações enviadas à Mendonça avancem. Ele já se reuniu com o ministro e afirmou que os pedidos ainda seriam avaliados pela PGR (Procuradoria-Geral da União).
Das 27 pessoas alvos de pedidos, 11 já foram ouvidas em depoimento pela comissão. Duas delas tiveram a prisão em flagrante decretada durante suas oitivas por contradições em seus depoimentos.
Foi o caso do empresário Rubens Oliveira Costa, apontado como intermediário do “Careca do INSS”, e de Carlos Roberto Ferreira Lopes, presidente da Conafer (Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais).
No total, o comando da CPMI determinou a prisão em flagrante de três depoentes. Apenas um deles ainda não teve pedido de preventiva aprovado, o presidente da CBPA (Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura), Abraão Lincoln Ferreira. Todos pagaram fiança e foram liberados.
Alvos de pedidos
Entre os principais nomes com pedidos de prisão na CPMI está o advogado Nelson Wilians Fratoni Rodrigues. Ele foi alvo de operação da PF e já teve pedido de prisão feito pela corporação, mas a solicitação não foi autorizada pelo STF.
Outros alvos da comissão incluem servidores afastados do INSS, entre eles o ex-procurador-geral do instituto Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho.
Ele foi afastado do cargo em abril de 2025, após a Operação Sem Desconto que revelou o esquema de fraudes no INSS. A sua esposa, a empresária Thaísa Hoffmann também está na lista.
Veja a lista dos nomes com solicitações de prisão preventivas enviadas pela CPMI:
Andre Paulo Felix Fidelis, ex-diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão do INSS;
Eric Douglas Martins Fidelis, advogado;
Cecilia Rodrigues Mota, apontada como presidente de fachada de associações;
Virgilio Antonio Ribeiro de Oliveira Filho, ex-procurador-geral do INSS;
Thaisa Hoffmann Jonasson, empresária;
Maria Paula Xavier da Fonseca Oliveira, irmã de Virgilio Filho;
Alexandre Guimarães, ex-diretor de Governança, Planejamento e Inovação do INSS;
Antonio Carlos Camilo Antunes, empresário conhecido como “Careca do INSS”;
Rubens Oliveira Costa, empresário;
Romeu Carvalho Antunes, filho do “Careca do INSS”;
Domingos Savio de Castro, empresário;
Milton Salvador de Almeida Junior, empresário;
Adelinon Rodrigues Junior, empresário;
Alessandro Antonio Stefanutto, ex-presidente do INSS;
Geovani Batista Spiecker, diretor substituto de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão do INSS;
Reinaldo Carlos Barroso de Almeida, servidor da Diretoria de Benefícios do INSS;
Vanderlei Barbosa dos Santos, servidor da diretoria de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão do INSS;
Jucimar Fonseca da Silva, servidor da coordenadoria-geral de Pagamento de Benefícios);
Philipe Roters Coutinho, agente da Polícia Federal;
Mauricio Camisotti, empresário;
Marcio Alaor de Araújo, empresário;
Nelson Wilians Fratoni Rodrigues, advogado.
Silas da Costa Vaz, integrante de cooperativa ligada à Conafer (Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Rurais);
Vinícius Ramos da Cruz, presidente do Instituto Terra e Trabalho (ITT);
Felipe Macedo Gomes, ex-presidente da ABCB (Amar Brasil Clube de Benefícios);
Milton Baptista de Souza Filho, presidente do Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical);
Carlos Roberto Ferreira Lopes, presidente da Conafer (Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais).




















