Não são apenas os profissionais da educação, sociedade civil, pais de alunos que rejeitam a decisão do Governo de decretar o retorno às aulas a partir de fevereiro em Rondônia.
O vereador Dr. Paulo Henrique (PTB), membro da Comissão de Educação da Câmara de Cacoal, manifestou sua solidariedade aos profissionais de educação de Rondônia, durante a audiência pública online promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do estado, (SINTERO) em parceria com a prefeitura de Cacoal e na 1ª e 2 ª Sessão ordinária da Câmara de Cacoal.
O parlamentar exigiu das autoridades sanitárias prioridade no plano de vacinação para os profissionais da educação e a comunidade estudantil.
“Precisamos dar exemplo e solicitar da Comissão de Saúde do Estado, da Bancada Federal, do Governo de Rondônia e da Prefeitura de Cacoal políticas públicas onde o profissional de educação seja valorizado tão quanto os profissionais da saúde. A vacina é importante para o Brasil como o educador é para a nação” frisou.
De acordo com o Dr. Paulo, o Estado registra 100% de ocupação dos leitos de UTI’s. A cada dia, segundo o boletim, cresce a taxa de ocupação. Some-se a isso o fato de que não há, por enquanto, perspectiva do início da vacinação para profissionais da educação no Estado.
Com os novos números, o estado soma 145.427 casos confirmados da doença desde março de 2020, quando a pandemia chegou em Rondônia.
O boletim epidemiológico da Agencia estadual de vigilância em saúde (AGEVISA), e Secretaria Estadual de saúde (SESAU), apontam que 2.787 rondonienses perderam a vida para a Covid-19 até o dia 24/02/2021.
CONTRADIÇÃO
Mesmo considerando que os profissionais de educação devem constar na lista de pessoas com prioridade para a vacinação, o Gabinete de Articulação para Enfrentamento da Pandemia na Educação de Rondônia (Gaepe/RO) não considera que isso deva ser condição necessária para o retorno das aulas presenciais no Estado.
O ponto de vista foi firmado através de Nota Técnica 001/2021, divulgada na manhã da última terça-feira, 23/02. O Gaepe é formado por órgãos de fiscalização, como Ministério Público do Estado (MP), Ministério Público de Contas (MPC), Tribunal de Contas, (TCE) e Defensoria Pública, (DPE), e até mesmo pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJRO).
O Estado ainda não definiu o retorno das aulas presenciais, mas já informou que pode ocorrer em março. (Assessoria)