As balas, no entanto, eram de festim. O confronto fez parte de mais um dia de treinamento de guerra capitaneado pelo Comando Militar do Sudeste, que desta vez contou com a presença de 240 militares norte-americanos, sendo 155 fuzileiros da 101ª Divisão de Assalto Aéreo. Ao todo, 990 militares do Brasil e dos Estados Unidos participaram do Combined Operations and Rotation Exercise, o Core 21 (Operações Combinadas e Exercícios de Rotação, em tradução livre) durante duas semanas.
Foi a primeira vez que o adestramento combinado aconteceu na América Latina. As negociações começaram em 2010. Entre janeiro e março deste ano, parte da tropa brasileira já tinha viajado para o estado da Lousiana, onde teve contato com a metodologia norte-americana. No Brasil, o treinamento aconteceu nas cidades de Lorena (SP), Cachoeira Paulista (SP) e Resende (RJ).
“O treinamento do último ano tem sido uma grande experiência para todos os nossos soldados e para mim. Isso demonstra a importância da parceria entre os Estados Unidos e o Brasil. A maior lição foi a importância dos ensaios. Os brasileiros têm uma ótima forma de ensaiar e executar comandos, e algumas dessas lições nós vamos levar conosco e incorporar em nosso treinamento”, disse ao Jornal da Record o comandante do Batalhão da 101ª Divisão de Assalto Aéreo dos EUA, tenente-coronel Michael Harrison.
— Eles são um exército experiente. Isso foi um protocolo que se iniciou numa reunião bilateral em 2010 e vem se desenvolvendo. Com essa oportunidade, você interage e verifica o que eles estão fazendo de diferente, o que nós estamos fazendo de diferente, e busca as melhores lições aprendidas — conclui o general Tomás Paiva, Comandante Militar do Sudeste.
Créditos: R7.