Estadão
BRASÍLIA – O ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), vai doar R$ 90 mil que obteve em indenização para uma ONG que auxilia refugiados no Distrito Federal. O valor foi estabelecido numa decisão favorável ao ministro no processo que moveu contra um procurador do Estado de Goiás que o chamou de “o maior laxante do Brasil”.
O valor será doado para o Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH), uma instituição de caridade que presta apoio para migrantes, refugiados e apátridas que residem na capital federal. O ministro fez a indicação ao juízo da 4ª Vara Cível de Brasília da destinação do valor nesta terça-feira, 3.
“Eu sempre procuro fazer doações a uma instituição de caridade que faz um trabalho relevante. Eu conheci esse trabalho por conta de uma chilena, que é minha professora de espanhol. Então, foi por isso que tomei essa decisão”, afirmou o ministro.
No dia 7 de junho de 2018, o procurador do Ministério Público de Goiás Fernando Aurvalle da Silva Krebs afirmou, em uma entrevista à Rádio Brasil Central, que Gilmar era o “maior laxante do Brasil” e disparou críticas sobre a conduta do magistrado no Supremo.
“Ele solta, inclusive, contra a lei. Ele cria sua própria lei. Aliás, o Gilmar… eu não sei como ele é ministro do Supremo ainda. (…) Ele solta todo mundo, sobretudo os criminosos de colarinho branco”, disse o procurador na ocasião.