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12 de dezembro de 2024 – 10:46

Papa Francisco pede perdão por ‘mal cometido’ por católicos contra indígenas

Pontífice atende a pedido de entidades indígenas canadenses, que culpam Igreja por mortes, opressão cultural e assimilação forçada

O pontífice viajou para o Canadá com o objetivo de se desculpar com os povos nativos | Foto: Divulgação

 

papa Francisco pediu desculpas aos povos indígenas do Canadá, nesta segunda-feira 25. De acordo com ele, a Igreja Católica foi a responsável por uma série de abusos contra crianças durante o século 19 e meados da década de 1970.

O próprio Vaticano e o papa deixaram claro que o objetivo da visita é pedir perdão pelo papel dos católicos nos “projetos de destruição cultural e assimilação forçada” que separaram mais de 150 mil crianças indígenas de suas famílias e as levaram para internatos católicos, conhecidos como “centros de abuso e morte”.

“Vim à sua terra para lhes contar pessoalmente a minha dor, implorar o perdão, a cura e a reconciliação de Deus, para expressar minha proximidade e rezar com vocês e por vocês”, disse o pontífice, durante discurso proferido em uma roda pow wow — círculo religioso feito pelos indígenas nativos, que é aberto para rodas de percussão e danças tradicionais.

Papa Francisco vestiu um cocar indígena durante viagem ao Canadá
Papa Francisco vestiu um cocar indígena durante viagem ao Canadá  | Foto: Reprodução/ Redes sociais

 

Sendo empurrado em uma cadeira de rosas, o papa Francisco também visitou a escola residencial Ermineskin, que foi operada por missionários católicos de 1895 a 1970. Naquela época, o governo canadense financiava escolas cristãs, onde as crianças indígenas eram submetidas aos ensinamentos da Igreja. Segundo denúncias, cerca de 5 mil crianças morreram nesse processo.

“Meus familiares falecidos não estão mais aqui conosco, meus pais foram para a escola residencial, eu fui para a escola residencial”, afirmou Rendy Ermineskin, chefe da nação Ermineskin Cree e um dos anfitriões do evento. “Eu sei que eles estão comigo, eles estão ouvindo, eles estão assistindo.”
Fonte: Revista OESTE

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