O papa Francisco pediu desculpas aos povos indígenas do Canadá, nesta segunda-feira 25. De acordo com ele, a Igreja Católica foi a responsável por uma série de abusos contra crianças durante o século 19 e meados da década de 1970.
O próprio Vaticano e o papa deixaram claro que o objetivo da visita é pedir perdão pelo papel dos católicos nos “projetos de destruição cultural e assimilação forçada” que separaram mais de 150 mil crianças indígenas de suas famílias e as levaram para internatos católicos, conhecidos como “centros de abuso e morte”.
“Vim à sua terra para lhes contar pessoalmente a minha dor, implorar o perdão, a cura e a reconciliação de Deus, para expressar minha proximidade e rezar com vocês e por vocês”, disse o pontífice, durante discurso proferido em uma roda pow wow — círculo religioso feito pelos indígenas nativos, que é aberto para rodas de percussão e danças tradicionais.
Sendo empurrado em uma cadeira de rosas, o papa Francisco também visitou a escola residencial Ermineskin, que foi operada por missionários católicos de 1895 a 1970. Naquela época, o governo canadense financiava escolas cristãs, onde as crianças indígenas eram submetidas aos ensinamentos da Igreja. Segundo denúncias, cerca de 5 mil crianças morreram nesse processo.