“Rombo do INSS — Operação Sem Desconto”
Autor: Moiseis Oliveira da Paixão*
Meu nome é Moiseis
Poeta e aposentado
Senti na pele esse drama
Leia o texto relatado
Pois pelo INSS
Também fui roubado.
Relato aqui sem pudor,
Sou também trabalhador.
Que no fim da longa jornada,
Fui vítima enganada.
Meu nome usado em vão,
Sem minha autorização.
Nos Correios assinei,
Um papel que nem queria.
Prometendo não processar,
Pra receber o que devia.
O golpe foi disfarçado,
E o idoso humilhado.
Descontaram sem piedade,
Com falsa “associação”.
Roubaram minha verdade,
E o pouco da pensão.
Fizeram o povo sofrer,
Pra fácil dinheiro obter.
Associações inventadas,
Por trás das bancadas.
Descontos sem permissão,
Ferindo a legislação.
E o pobre, sem defesa,
Pagou pela esperteza.
Sumiu do cofre o dinheiro,
De quem lutou a vida inteira.
Na fila, o povo cansado,
Esperando a sua bandeira.
Prometeram respeito e lei,
Mas o golpe veio outra vez.
Papéis falsos, digitais,
Golpes frios e imorais.
Planos feitos com maldade,
Ferindo a honestidade.
Roubaram fé, roubaram pão,
E riram da nação.
O rombo é grande, sem fim,
E o povo sofre assim.
No bolso do trabalhador,
Sumiu o fruto e o valor.
Quem fez do crime seu chão,
Plantou vergonha e traição.
Computador registrou,
Mas a mentira entrou.
Cadastros de gente inventada,
Grana fácil, bem planejada.
O pobre ficou na espera,
A justiça chegou, mas era.
Vieram os homens da lei,
Pra ver o que eu bem sei.
“Sem Desconto” foi o nome,
Do golpe que o povo consome.
A verdade apareceu,
E o Brasil inteiro entendeu.
Cada centavo levado,
De um idoso enganado,
É tempo, suor e dor,
Do povo trabalhador.
Fraudar é ferir o chão,
De toda uma geração.
Velhinho de olhar cansado,
Pediu o que é sagrado.
Seu tempo de trabalhar,
Ninguém pode roubar.
Mas quem mente e se esconde,
Um dia a lei responde.
Golpes novos, digitais,
Mas crimes sempre iguais.
Senhas, nomes, fingimento,
Tudo em falso documento.
Mas a força da justiça,
É maior que a cobiça.
Prisão não cura ferida,
Mas mostra lição da vida.
O dinheiro pode sumir,
Mas a verdade há de vir.
E quem roubou sem piedade,
Vai pagar pela maldade.
Brasil, aprende o recado,
Do povo lesado e calado.
Não há vitória no erro,
Nem futuro no desespero.
Honestidade é o norte,
Pra não seguir pela morte.
“Sem Desconto” ecoou,
E o golpe se desmontou.
Quem riu da dor alheia,
Agora sente a teia.
A lei chegou sem medo,
Pra limpar todo enredo.
Que o rombo chegue ao fim,
E a justiça floresça enfim.
Que o suor de cada mão,
Não vire frustração.
Pois o povo é quem sustenta,
E o Brasil ainda aguenta.
*Jornalista, escritor, poeta, capelão e ministro do evangelho. Moiseis serve a Deus como presbítero na Igreja Assembleia de Deus (Congregação Shalom / Bairro Arco-Íris – Cacoal/RO)





















