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12 de dezembro de 2024 – 10:33

PORTA ABERTA – Por Fernando Garcia

 

Imobilidade total

Rolim de Moura continua uma cidade com ausência de mobilidade, praticamente em noventa por cento. A necessidade de mobilidade em todo o Brasil é, deveras gritante, um assunto que se tornou pauta principal começando por cidades de pequeno porte como Rolim de Moura, onde as dificuldades para se locomover são bastantes difíceis, principalmente para os idosos e pessoas com deficiências. No passado próximo as calçadas eram lotadas de quinquilharias por partes de comerciantes e empresários, hoje, o problema maior são as faltas de rampas para os cadeirantes, que não conseguem se locomover de forma satisfatória, exigindo sempre auxílio de terceiros para desvencilhar das obstruções. Faixas e sinalizações quase não existe, o que dificulta a vida de motoristas, principalmente os transeuntes. As taxas que foram colocadas em alguns lugares da cidade, infelizmente já soltaram todas, ficando difícil fazer o contorno que antes eram uma roda para orientar os motoristas.

 

Zero

Acessibilidade na capital da Zona da Mata, praticamente é nota zero, a prefeitura precisa se exercitar muito para amenizar a situação que aflige um grande número de pessoas, onde nem mesmo existe sinalizações que possa diminuir os labirintos enfrentados no dia-a-dia, pela comunidade. Em Cacoal, a prestabilidade desses serviços já é bem notório para quem visita a Capital do Café, lá, os serviços avançam a cada dia para dá melhores condições aos transeuntes, o que facilita sobremaneira aos que utilizam os calçadões. Seria importante que alguém da administração do prefeito Aldo Júlio, ou ele mesmo acompanhado do seu Secretário de Obras Públicas, fizessem uma visita de caráter institucional, certamente, voltaria bem animado para aplicar as mesmas ações em nossa cidade.

 

Covardia

Apesar de possuir dezenas de cadeiras confortáveis em seu interior, o INSS de Rolim de Moura, castiga duramente aos que necessitam de solucionar seus problemas atinentes à aposentadoria e outros assuntos. Infelizmente o órgão não deixa ninguém entrar ainda se valendo do quesito Covid 19, mesmo a maioria já ter tomado a segunda dose, não é justo quem depende de informações ficar em pé aguardando do lado de fora onde nem um toldo existe para que os mesmos não tomem chuvas. O INSS, deveria repensar suas atitudes e forma de agir, por quem já trabalhou tanto nessa vida e, agora, ter que suportar essa humilhação para se inteirar de seus direitos. Apesar de ter contribuído ao longo de sua vida, não podem usufruir com sua presença dentro da loja de atendimento, para obter uma resposta, tendo que se subordinar ao ridículo tomando sol ou chuva, com sua fragilidade em decorrência dos anos de pesados trabalhos.

 

Recepção à altura

Os tempos mudaram, antigamente quando um governador visitava Rolim de Moura, só faltava contratar a banda sinfônica para recepcioná-lo no campo de aviação da capital da Zona da Mata, foi assim com vários governadores do passado, se formava uma comitiva de comerciantes, empresários, onde à frente diversas autoridades municipais, vereadores, presidente da Câmara de Vereadores, prefeito e vice-prefeitos bem como os deputados da cidade ou da região. Depois da calorosa recepção e uma boa andança pelos arrabaldes da cidade e órgãos afins, todos tinham acesso a sua excelência no principal restaurante de Rolim de Moura, o Caribe, onde degustavam o famoso chapão, prato típico da casa, onde também diversas autoridades e personalidades, como o jornalista Nelson Araújo, por três oportunidades foi assíduo frequentador. Bons tempos, depois do regabofe, ainda tinha a residência oficial, onde hoje é a Representação do Governo, onde os ex-governadores ouviam atentamente as reivindicações de segmentos da sociedade, que naquela época as pautas reivindicatórias eram motores a diesel para a Ceron, expansão da energia, água da Caerd e pedidos para obtenção de mais telefones pela Teleron. E olha que comparecia em Rolim de Moura, dezenas de prefeitos e vereadores da região, diferente de agora, que nem mesmo os deputados mais próximos e que tiveram muitos votos em Rolim, fazem questão de não comparecer, como é o caso dos deputados Cirone e Jean de Alta Floresta, empresários e comerciantes nem comparecem, talvez, por falta de interlocutor do próprio prefeito, naquela época, a saudosa Joana Cândida, fazia isso com muita desenvoltura, nas administrações de Osvaldo Piana e Bianco.

Cultura de luto

Morre o carnavalesco Zé Maria, aos 64 anos de idade. Zé Maria, ficou bastante conhecido na cidad e região da Zona da Mata, por ser um dos precursores da escola de samba, Falcões da Planalto, em alusão ao bairro em que ele morava há mais de 40 anos, onde fica os principais centros de saúde pública do município. Zé Maria, foi um grande entusiasta da festa carnavalesca em Rolim de Moura, onde com sua criatividade superou todas as expectativas ainda em meados dos anos 90, quando fundou a escola de samba, chamando atenção de grandes artistas e amantes do carnaval, da cidade de Porto Velho, que naquela oportunidade a capital do Estado, não tinha nenhuma escola de samba e Rolim de Moura, já contava com três escolas. Nas administrações de Ivo Cassol e Mileni Mota, foram os melhores dias de carnavais que os rolimourenses puderam apreciar, onde Falcões do Planato e Acadêmicos da Liberdade, liderada pelo policial Civil, Pachequinho, levavam o público ao delírio e era uma disputa acirrada, porém, aplaudidas por milhares que se dirigiam à avenida Porto Velho. Em uma das oportunidades, muitos artistas de Porto Velho, se fizeram presentes, Banana Split e o saudoso Zé Katraca, que dispensa comentários quando o assunto era samba enredo, e milhares de presentes com as brilhantes apresentações pelas duas escolas.

 

Nota 10

A Praça Durvalino Oliveira, realmente ficou muito bonita com a decoração Natal de Luz, realizada com a parceria entre município e classe empresarial. O povo estava com saudade e compareceu em massa para comemorar a visitação, depois de dois anos em quarentena bateu recorde de público, embora uns com máscaras outros não, o que não podemos afrouxar de vez porque a pandemia ainda não passou. A pandemia só passou para os comentaristas da Rede Globo, que menos de três meses atrás, Luís Roberto, era contrário à Copa América, mesmo sem torcedores, agora, já elogia a vinda dos torcedores aos estádios superlotados com até 60 mil torcedores, falando que somente é preciso manter os protocolos.

Prudência

Acho conveniente que as autoridades de saúde do município, alertasse sobre esse tema durante os festejos natalinos, afinal, muitas cidades de Rondônia, o bicho está pegando como é o caso da capital do Estado e, não é à toa, que dados gráficos desta semana, indicou que Rondônia, entrou em alerta. Fora isto, tudo ficou em seu devido lugar, com estandes de artesanatos da região, oferecendo o que tem de melhor para os visitantes da noite. Outra coisa que chamou bastante atenção, foi o número de carros estacionados em diversos pontos que abrange o Natal de Luz, além disso, a vida noturna deu um salto gigantesco, onde bares restaurantes e lanchonetes, não se encontrava um só assento desocupado, portanto, isso demonstra que já é um evento que faz parte do calendário turístico da cidade.

 

Medo do revertério

Mesmo o prefeito Aldo Júlio, mantendo a folha de pagamento dentro do mês trabalhado, já se observa muita inquietude por parte dos servidores municipais, quanto ao pagamento do décimo terceiro salário, que até agora está tudo sobre silêncio por parte da Secretaria Municipal de
Fazenda. Em seu mandato de prefeito temporário, que perdurou por quase noventa dias, uma das metas principais de Aldo Júlio, naquela oportunidade, foi a de priorizar o pagamento dos servidores que estavam recebendo seus salários com bastante atraso. Como até agora ninguém se pronunciou sobre o calendário de pagamento do décimo terceiro, onde os servidores aguardam com muita ansiedade, uns para saldar compromissos atrasados, outros para fazer a tradicional ceia do natal, estão de orelha em pé, aguardando o anúncio do prefeito ou de sua assessoria da pasta da tesouraria, se realmente vai sair o reforço salarial em tempo hábil.

 

Omissão legislativa

O Fitha, Fundo da Infraestrutura de Transporte e Habitação, é uma verba extra anualmente sempre repassada pelos governos, para que os prefeitos invistam nas condições de melhorias das estradas vicinais e habitação. Infelizmente até hoje, nenhum vereador do município de Rolim de Moura, talvez, por desconhecimento ou falta de coragem de se posicionar, não questionam os prefeitos, a parte que cabe para aplicar em casas populares, principalmente para aquelas pessoas que estão em situação de risco, morando a beira de córregos com filhos menores, podendo serem levados pelas avalanches em épocas chuvosas. A denominação da sigla é bastante clara, onde alerta para que seja aplicado em habitação também, embora, os gestores e suas assessorias não conseguem enxergar e, tomar iniciativas recomendadas pelo programa. Aliás, todos os vereadores nunca se manifestaram sobre a importância de construir casas populares, deixando o poder executivo mandar e desmandar, quando na realidade os vereadores demonstram bastante omissão por falta de conhecimento, pois, poderia exigir de sua excelência o prefeito municipal que se cumpra as obrigações inerentes ao FITHA.

 

Prato de lentilha

A eleição da OAB, marcada para acontecer amanhã dia 23, envolvendo a seccional e subseções em todo o Estado, está em efervescência total dos dois lados. Márcio Nogueira, ficou insatisfeito com a ausência de Zênia, que não compareceu aos debates em duas oportunidades, realmente, quem almeja representar uma categoria do naipe dos advogados, é deveras assustador, lógico advogado que por excelência tem como predicados o dom da palavra. Se nas eleições para Governador, prefeitos, vereadores, deputados federais, estaduais e presidente da República, não podem fazer reuniões à base de regabofes na corrida eleitoral, nesse período final de campanha dos candidatos à presidência da OAB, foram regras que mais aconteceram na capital e no interior do Estado, onde proprietários de bares e restaurantes faturaram para compensar um pouco com a pandemia. Exatamente pessoas que lidam com o órgão que deveria dá o verdadeiro exemplo, não fez, desse jeito, o Direito passa por turbulência moral, que em vez de combater esse repugnante vício que causa náusea, os agentes que deveriam protagonizar o conhecimento da Lei, demonstram a falta de equilíbrio e põe em cheque a instituição OAB.

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