*Por Moiseis Oliveira da Paixão
Preservar a natureza
Acordei bem de manhã
Contemplei a natureza
Vi pássaros e borboletas
Coelho e sua destreza
Mas olhando as árvores
Senti muita tristeza.
Poucas árvores que vi
Numa imensa floresta
Poucos animais selvagens
Olhei e franzi a testa
Mas me chamou a atenção
Um macaquinho da molesta.
Pulava de galho em galho
Com muita habilidade
Mas havia poucas árvores
Se movia com dificuldade
Ele só conseguiu pular
Por sua elasticidade.
Penetrei na floresta
Contemplei a vida selvagem
Uma jabota e um jabuti
Corriam entre a folhagem
Quando eles me viram
Se esconderam na ramagem.
Atirei uma pequena pedra
Uma arara apareceu
Vi também um papagaio
Que na árvore se escondeu
Vi também uma capivara
E um porco pigmeu.
Mas adentrando no mato
Procurando um animal
Vi uma pequena cutia
Que estava passando mal
Por causa da fumaça
Que vinha de um quintal.
Mas andando ainda ví
Na ponta de um bambu
Um pequeno pica-pau
E uma cobra urutu
Também vi em um córrego
Um minúsculo peixe baiacu.
A natureza pede socorro
Por causa da degradação
Essa geração perversa
Infiltrada na nação
Não pensa no futuro
Nem na próxima geração.
E os nossos governantes
Que vivem na Capital
Só usam a população
Como cabo eleitoral
E fazem muito barulho
Políticos, sinônimos do mal.
Porisso eu imploro
Deixe a floresta crescer
Porque num futuro próximo
O povo vai se arrepender
Porque a futura geração
Sem oxigênio pode morrer.
Meus netos já ensinei
Nem todos ouvem minha voz
Mas escrevo esses versos
Com uma agonia atroz
Não matem a natureza
Ouçam o conselho dos avós.
Os pequenos pássaros
Que ainda posso ver
Um dia pode sumir
Isso você pode crer
Já defendo a natureza
Antes mesmo de eu crescer.
A fumaça dos carros
Precisa ser reduzida
Os pequenos ribeirinhos
Ainda nos dá vida
Mas se isso acabar
Adeus vida colorida!
Pois a próxima geração
Não precisa ser sofrida
Se assim todos fizerem
Acharemos uma saída
E nosso querido planeta
Ainda poderá ter vida.
Moiseis Oliveira da Paixão – Escritor, jornalista, missionário