Sistematizar os catadores para que se organizem visando melhorar a maneira como fazem a coleta e a renda de forma mais articulada são alguns dos objetivos do Cata Mais Rondônia, cujo trabalho de consultoria está sendo realizado pelo Instituto Euvaldo Lodi de Rondônia (IEL-RO) em parceria com o Governo Estadual e Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas).
A equipe do IEL-RO iniciou os trabalhos há um ano com a participação de trabalhadores que atuam como catadores de resíduos e materiais recicláveis em Porto Velho, Candeias do Jamari e Itapuã do Oeste, municípios que compõem a Regional Um e que fazem parte do projeto piloto. O prazo desta primeira etapa encerra dia 7 de agosto.
Para alcançar os objetivos, o projeto conta com o envolvimento de profissionais de várias áreas como advogados, economistas, contadores, engenheiros ambientais, assistentes sociais e articuladores reunidos pelo IEL para atender os catadores.
Conforme o coordenador de Educação Básica e Profissional do SESI-SENAI-IEL, Jair Coelho, a ideia é criar associações legalizadas, inclusive com manual de utilização da mão de obra, organização, escoamento do material e a negociação de preços. “Tem ainda a questão da segurança com o uso de Equipamento Individual de Proteção (EPIs), pois antes, os catadores guardavam o que recolhiam em suas casas, então o Governo Estadual em parceria com o IEL negociou com os prefeitos dos três municípios da Regional Um, a doação de instalações próprias para este fim”, disse.
Coelho destaca que o IEL-RO foi contratado pelo Governo, através da Seas para prestar serviços de consultoria. “Houve o trabalho de conscientização mostrando e ensinando aos catadores como trabalhar de forma mais organizada e produtiva. A equipe do IEL atuou como mediadora junto às prefeituras das localidades que compõem o projeto piloto, negociando os espaços onde as sedes foram montadas e tomando providências referentes à legalização”, explica.
O coordenador afirma que a importância desta iniciativa é crescente. “Primeiro é fazer que estas pessoas trabalhem de forma mais digna, segundo é a relação direta com a preservação do meio ambiente ao retirar resíduos sólidos para a reciclagem e reutilização destes materiais. Outro ponto é oferecer uma estratégia de trabalho como forma de organização dos núcleos dos catadores”.
“Cremos que estas ações vão ecoar para que possamos envolver as demais regiões. A iniciativa tem sido exitosa e está indo muito bem de acordo com o planejado, ou seja, transformar o ato de recolher material recicláveis e resíduos sólidos em ações organizadas e mais rentáveis para aqueles que atuam nesta área. O projeto está transformando uma ação individual e desarticulada em associação organizada para uma negociação mais favorável para os catadores e desta maneira melhorando a renda e condições de vida”, garante Coelho.
Para o superintendente do SESI-IEL e diretor regional do SENAI-RO, Alex Santiago, o projeto está desenvolvendo ações criativas e colaborativas a fim de impactar positivamente no reconhecimento e remuneração justa dos catadores e catadoras de materiais recicláveis perante a sociedade civil, poder público e privado, no Brasil e no mundo.
“São vários os benefícios da coleta seletiva do lixo, tanto para o meio ambiente quanto para a saúde da população, e a economia local com o que é produzido a partir dos materiais recicláveis. Além da coleta seletiva, que tem gerado renda para centenas de famílias, a implementação de projetos como o Cata Mais Rondônia, vai gerar impactos positivos na vida das pessoas assistidas, de forma que elas se tornem independentes, gerando renda e fortalecendo a economia do Estado”.
Assessoria de Comunicação FIERO