
O salário mínimo no Brasil deve chegar a R$ 1.631 em 2026, segundo estimativa apresentada pelo governo federal no Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) do próximo ano. O valor representa uma alta de 7,44% em relação ao piso atual, de R$ 1.518, impulsionada pela combinação de inflação acumulada e ganho real vinculado ao crescimento da economia.
A projeção segue a política de valorização do salário mínimo retomada em 2023, que determina reajustes com base no INPC acumulado do ano anterior, acrescido da variação positiva do PIB de dois anos antes. Para 2026, o governo trabalha com crescimento econômico previsto de até 2,5%.
Reajuste menor para quem ganha acima do mínimo
Enquanto o piso nacional terá aumento real, trabalhadores e beneficiários do INSS que recebem acima do salário mínimo devem ter uma correção menor, limitada à reposição da inflação. A estimativa atual aponta para um reajuste próximo de 4,66%, correspondente ao INPC projetado para 2025.
Na prática, isso significa que quem recebe salários superiores ao piso — como empregados formais, aposentados e pensionistas com rendimento acima de R$ 1.631 — terá aumento apenas para recompor o poder de compra, sem ganho real.
Especialistas destacam que o diferencial entre os reajustes é consequência direta da política de valorização do mínimo, que não se estende aos demais salários. Para economistas, essa diferença tende a pressionar a base da pirâmide salarial e aumentar o custo de benefícios vinculados ao piso, mas não altera contratos individuais ou coletivos acima do mínimo.
Impacto no orçamento e nos benefícios sociais
O aumento do salário mínimo também afeta programas sociais e benefícios atrelados ao piso, como BPC/Loas, seguro-desemprego e abono salarial. Com a alta prevista, o governo deve ampliar a despesa obrigatória com transferências de renda em 2026.
A versão final do novo valor será confirmada em janeiro, quando o governo divulgar o INPC consolidado de 2025 e publicar o decreto que oficializa o piso nacional para o ano seguinte.
Fonte: Com informações da Agência Brasil




















