Uma jovem de 21 anos, confirmada com o novo coronavírus, deu à luz a uma menina de 3,4 quilos na noite da segunda-feira (18), no Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, em Porto Velho. O bebê nasceu de parto normal e passa bem.
A mãe, moradora da Capital, estava internada na Maternidade Municipal Mãe Esperança, mas apresentou sintomas da doença e foi encaminhada para a maternidade de alto risco do Hospital de Base, onde foi feito o exame e constatada a Covid-19.
De acordo com o coordenador da Pediatria do Hospital de Base, Cristiano Almeida, durante todo o tempo a mãe permaneceu estável e foi internada na ala para gestantes destinada a pacientes com coronavírus na unidade. “Na noite do dia 18 ela entrou em trabalho de parto e a equipe do centro obstétrico fez o acompanhamento. Ocorreu tudo bem e a bebê nasceu vigorosa, sem intercorrências”.
Ainda na segunda-feira, foi realizada a coleta para o exame de Covid-19 da menina. No momento, tanto a mãe como a recém nascida, estão estáveis e permanecem internadas na enfermaria.
O pediatra explica que o protocolo do Ministério da Saúde orienta que mãe e recém-nascido não sejam separados mesmo em caso de diagnostico de Covid-19. “Não deve haver separação, principalmente porque os recém-nascidos geralmente são assintomáticos, mas os cuidados estão sendo redobrados por toda a equipe. Como ambos estão estáveis, nós seguiremos as condutas normais do Ministério da Saúde, criança e a mãe permanecerão 48 horas em observação. Se estiverem estáveis, receberão alta e depois serão monitoradas em ambiente residencial”, informou o médico.
A diretora do Hospital de Base, Raquel Gil, reitera que todos os cuidados são tomados com as gestantes com suspeita de Covid-19 ou confirmadas, e que a maternidade do HB é exatamente para receber grávidas de alto risco encaminhadas pelos municípios. “Como o hospital é referência no atendimento de gravidez de alto risco, bebês de pacientes confirmadas ou com suspeita de coronavírus são esperados. Para isso, a unidade conta que, além das máscaras de proteção facial, os profissionais de saúde adotaram mudanças no fluxo dos serviços durante os partos para evitar riscos de contaminação”.
(SESAU)