Sinta-se melhor: hábitos simples que despertam os hormônios da felicidade

Da Redação — Os chamados hormônios da felicidade — serotonina, dopamina, endorfina e oxitocina — são substâncias produzidas naturalmente pelo corpo e exercem papel decisivo na regulação das emoções e no equilíbrio do bem-estar físico e mental. Esses neurotransmissores atuam no sistema nervoso central e influenciam diretamente o humor, o prazer e a motivação, ajudando o organismo a manter a estabilidade emocional e a enfrentar situações de estresse. Quando em níveis adequados, favorecem o relaxamento, a disposição e a sensação de satisfação.

Além de interferirem no estado de espírito, essas substâncias também participam de outras funções essenciais do organismo, como o controle do sono, a memória e a resistência à dor. “Quando estão em equilíbrio, o corpo responde com mais energia, serenidade e capacidade de lidar com as demandas diárias”, explica a nutricionista Mayara Stankevicius. A serotonina é responsável pelo controle do humor e pela regulação do sono; as endorfinas, conhecidas como os analgésicos naturais do corpo, proporcionam sensação de prazer e aliviam a dor. A dopamina, chamada de hormônio da recompensa, está associada à motivação e à satisfação obtida ao alcançar um objetivo, enquanto a oxitocina, o chamado hormônio do amor, é liberada em momentos de afeto e conexão — como em abraços, beijos e contato físico — e tem importância vital no parto e na amamentação, fortalecendo o vínculo entre mãe e filho.

Quando há desequilíbrio na produção dessas substâncias, o corpo manifesta sinais que afetam tanto o bem-estar físico quanto o emocional. A carência de serotonina está relacionada à depressão, à ansiedade, a distúrbios do sono e até a transtornos alimentares, como a compulsão. A deficiência de endorfinas pode provocar desânimo, irritabilidade e baixa tolerância à dor. Níveis reduzidos de oxitocina estão ligados ao aumento da ansiedade e podem contribuir para a depressão pós-parto, uma vez que o hormônio é essencial para o vínculo afetivo e o controle do humor. Já a dopamina, por estar relacionada ao sistema de recompensa do cérebro, quando reduzida, compromete a sensação de prazer e motivação, podendo favorecer quadros depressivos.

Especialistas afirmam que é possível estimular naturalmente a produção desses hormônios por meio de hábitos simples. A prática regular de atividade física é um dos métodos mais eficazes, pois ativa a liberação de endorfinas e serotonina, responsáveis pela sensação de euforia e relaxamento após o exercício. Uma alimentação equilibrada também exerce papel fundamental: alimentos ricos em triptofano — como peixes, ovos, castanhas, nozes, sementes e frutas como a banana — favorecem a produção de serotonina e ajudam a estabilizar o humor. “O corpo humano não produz triptofano, portanto é preciso obtê-lo pela alimentação ou, quando indicado, por suplementação orientada por um profissional”, explica Stankevicius.

Outras práticas igualmente importantes são as técnicas de relaxamento e meditação, que contribuem para reduzir o estresse e a ansiedade, estimulando a oxitocina e promovendo sensação de calma. Atos simples de carinho, como um abraço ou o convívio com pessoas próximas, também ajudam o organismo a liberar substâncias associadas ao prazer e à tranquilidade.

O equilíbrio hormonal, portanto, está diretamente ligado ao estilo de vida. Manter uma rotina que envolva movimento, alimentação saudável, descanso adequado e relações sociais de afeto é a forma mais natural de preservar a produção dos hormônios da felicidade. Pequenas mudanças diárias podem resultar em grandes efeitos: mais serenidade, energia e qualidade de vida.

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