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12 de dezembro de 2024 – 09:46

Sob Lágrimas Contidas

Por Geraldo Gabliel

Nesse mar insano, tirano,
velado em silêncio – algoz!
navega a minha, inocência –
de ingênua aura – albatroz.

– Covardia da Existência, maldade
que ignora o labor de meu ser:
Cala-me na minha razão – se não?!
Mergulha minh´alma no Limbo
Sufoca meu fôlego, e me afaga
Com unhas e dentes – Serpente!

Quisera eu, desde outrora, ter
Ouvido palavras – que ao vento –
Num ímpeto de fé, simpatia, e
Em nota Celeste, e ousadia
Falara ao meu senso, e bom tino
– Cuidado Valente! Não seja menino!
Pois: – À volta de si, ciranda de névoa
Seduz seu semblante, olhar, caminhar:
E, no palpitar do seu peito, inquieta
Campana de ouro, retine, ressoa.

– Içar Velas Marujo! ao mar, navegar!
Avante! Sete mares, de amores,
O Horizonte, à proa!

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