Os dados revelam que é possível haver um crescimento de 1,3% na área cultivada, gerando um total de aproximadamente 66,8 milhões de hectares
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou o 1º Levantamento da safra de grãos 2020/21. De acordo com o relatório os resultados são animadores. Isso porque a produção está estimada em 268,7 milhões de toneladas, superando em cerca de 11 milhões de toneladas o recorde de 257,7 milhões de toneladas da última safra.
Os dados revelam que é possível haver um crescimento de 1,3% na área cultivada, gerando um total de aproximadamente 66,8 milhões de hectares, o que corresponde a 879,5 mil hectares a mais. Esses números podem significar um aquecimento na compra de sementes de soja, por exemplo, que, aliás, tem produção estimada em 133,7 milhões de toneladas.
Com esse valor, o Brasil se mantém como o maior produtor mundial da oleaginosa. Já quando o assunto é a colheita total de milho, é esperado 105,2 milhões de toneladas, também a maior da série histórica, com crescimento de 2,6% sobre a anterior.
De acordo com o secretário de Política Agrícola do Mapa, César Halum, os próximos levantamentos vão apontar estimativas ainda maiores da safra de grãos, devido a chegada das chuvas, já que alguns produtores estão aguardando para fazer o plantio. Além disso, o secretário ressaltou a procura dos produtores agrícolas pelo crédito do Plano Safra.
Em apenas três meses, trabalhadores rurais, cooperativas e agroindústria contrataram R$ 73,8 bilhões do Plano Safra 2020/2021 para financiar a atividade agropecuária, florestal e pesqueira. O desempenho favorável do crédito rural refletiu no incremento de 28% em relação ao mesmo período anterior, “Se estamos com todo esse otimismo, podemos ter uma safra maior”, afirmou o secretário.
Essa oportunidade e dinamismo na obtenção do crédito deve ser refletida na compra de insumos agrícolas pela internet, ampliação de área para cultivo e no investimento em novos maquinários.
Outro elemento de extrema importância na mesa dos brasileiros, o arroz, também fez parte do Levantamento da safra de grãos 2020/21. Segundo o estudo, a produção nacional será de 10,885 milhões de toneladas, ajustada ao consumo previsto. Já as exportações desse produto correm o risco de diminuir em cerca de 400 mil toneladas.
O presidente da Conab, Guilherme Bastos, revela que as alternativas adotadas pelo governo, como suspensão da tarifa de importação, tem gerado efeito no preço do produto. “Os preços começam a se estabilizar. Acreditamos que o pico dos preços do arroz tenham sido superados”, disse. Para ele, a expectativa é que 100% da área já esteja plantada até dezembro.
A produção de feijão pode ter ajustes maiores que as outras culturas ao longo do ano, Isso porque esse elemento é distribuído em três safras. O estímulo para uma safra é impactado pelos resultados da colheita anterior. Sendo assim, analisando os dados atuais, a Conab estima produção também semelhante ao consumo.
Embora a área possa ter um aumento, ainda que tímido, a produtividade pode recuar. Quando realizada a soma das três safras é esperada 3,126 milhões de toneladas, o que significaria diminuição de 3,2% sobre a temporada passada.
Para o algodão em pluma, a expectativa é de queda na área e na produtividade, com a produção devendo se limitar a 2,8 milhões de toneladas de pluma, redução de 6,2% sobre a safra passada.
Fonte: rolnews