Cacoal/RO, 1 de maio de 2024 – 14:14
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1 de maio de 2024 – 14:14

Brasil trabalha com Biden em clima, desmatamento na Amazônia, diz chanceler

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BRASÍLIA (Reuters) – O governo brasileiro e o governo Biden estão trabalhando juntos no combate às mudanças climáticas, área que parecia ser o principal obstáculo para as boas relações, disse o chanceler brasileiro, Ernesto Araujo, na sexta-feira.

O presidente de extrema direita Jair Bolsonaro desenvolveu um alinhamento próximo com o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump e compartilhou seu desdém pelas questões de mudança climática e acordos internacionais.

Mas agora isso mudou, segundo Araujo, falando remotamente ao fórum empresarial hemisférico do Conselho das Américas.

“Algo que era considerado um impedimento … está totalmente fora do caminho. Estamos agora trabalhando juntos … como parceiros-chave para uma COP26 bem-sucedida e implementar plenamente os acordos climáticos ”, disse Araujo, referindo-se à cúpula do clima das Nações Unidas na COP26, programada para o final deste ano.

Araujo disse que ele e o ministro do Meio Ambiente do Brasil, Ricardo Salles, conversaram com o enviado do presidente Joe Biden para o clima, John Kerry, e sua equipe. Ele disse que não havia “diferenças filosóficas”, apenas diferenças de abordagem.

Araujo já havia sido visto como um cético em relação ao clima, que havia chamado as teorias da mudança climática induzida pelo homem de uma “conspiração marxista”.

Ele reconheceu que há desmatamento ilegal ocorrendo na Amazônia, que ele disse que o governo está combatendo.

 “A disposição para cooperar com o desmatamento está totalmente presente”, disse ele, acrescentando que os Estados Unidos estão abertos ao “investimento sustentável” na Amazônia.

O desmatamento na floresta tropical amazônica do Brasil atingiu um pico em 12 anos em 2020, quando uma área sete vezes o tamanho de Londres foi cortada, de acordo com a agência de pesquisa espacial do governo INPE.

Isso se seguiu a um grande salto no desmatamento em 2019, quando Bolsonaro assumiu o cargo e passou a enfraquecer a fiscalização ambiental, que ele criticou como excessiva.

Araujo disse que Brasília está procurando formar uma aliança com os Estados Unidos baseada nos valores de “democracia e prosperidade”, com o Brasil precisando de investimentos dos EUA para se transformar em uma economia de mercado moderna.

(Pela equipe da Reuters).

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