Cacoal/RO, 11 de maio de 2024 – 17:27
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11 de maio de 2024 – 17:27

Coluna PAPUDISKINA: Precisamos de CPI ou de esforços para controlar a pandemia de covid?

Em mais uma intromissão nos assuntos de governo e legislativo, o Supremo Tribunal Federal determinou que o Senado atendesse a pedidos de partidos de oposição para que fosse aberta uma CPI com a finalidade de investigar principalmente o Governo Federal em razão da pandemia de covid-19, como se a culpa dessas mortes pudesse ser atribuída ao presidente Jair Bolsonaro. A verdade é que, se há necessidade de uma CPI, ela deveria centrar esforços em investigar governadores e prefeitos, que são, na verdade, os que foram autorizados pelo próprio STF a conduzir as políticas públicas no combate a essa epidemia.
Há, na verdade, uma falta de coerência desses políticos que centram suas críticas no presidente, sob a falsa alegação de que a crise sanitária saiu de controle por culpa do governo, sem avaliar que a covid-19 está em seu pico máximo no país e o que ocorre no Brasil já ocorreu ou está ocorrendo em outros países. Observando o tom alarmista de alguns veículos de comunicação e o jogo político de partidos de oposição, fica-se com a sensação de que a covid é um problema apenas do Brasil, o que não é verdade. Países como Hungria, Bulgária, Bósnia e Herzegovina, Macedônia, Uruguai, Eslováquia e Polônia tem um número diário de mortes por milhão de habitantes muito maior do que no Brasil. Mesmo outros países que estão ligeiramente abaixo do Brasil, apresentam números muito próximos do nosso (os que estão no auge do pico elevado), como México, Peru, Chile e Argentina, por exemplo.
Escolheram o pior momento para abrir uma CPI que vai piorar ainda mais as coisas no país, com gastos elevados e intrigas políticas. Os parlamentares, em vez de CPI, que tem conotação meramente política, poderiam buscar como alternativa a Polícia Federal para rastrear os repasses do Governo Federal e descobrir para onde o dinheiro foi desviado em sua entrada em estados e municípios.
Como temos eleições no próximo ano, os partidos de oposição, que buscaram respaldo do STF para suas pretensões de abrir uma CPI, tem um objetivo muito claro: desgastar o governo Bolsonaro e até derrubá-lo, se possível, para pavimentar o caminho de seus candidatos nas eleições de 2022. Nenhum desses líderes políticos está realmente preocupado com os interesses do povo brasileiro.
Nesse tipo de pandemia, quem conduz a nação, como é o caso de Bolsonaro, tem que ponderar e escolher entre duas alternativas. A primeira seria a de declarar o lockdown em várias cidades, o que poderia reduzir um pouco a velocidade dos contágios, mas depois, à frente, fazer o número de casos explodirem, ou deixar a coisa fluir, com os devidos cuidados, e tocar a vida. Fechar tudo, além de não ser uma medida eficaz, pois à frente o vírus estaria à espreita para contaminar quem ele ainda não tivesse pegado, faria com que o país entrasse em colapso econômico muito pior do que o que já estamos enfrentando por contas de medidas restritivas impostas pelo governo.
Por mais que as falas de Bolsonaro às vezes o façam parecer como uma pessoa insensível ao número de mortes que ocorrem, o que ele quer dizer é que a vida precisa seguir o seu curso normal e que, se estamos em uma guerra, temos de lutar e não fugir, pois no caminho de fuga o inimigo, ainda assim, poderá nos pegar desprevenido e morremos indignamente.
Um exemplo de que as medidas de restrição exageradas só prejudicam o país vem ocorrendo na vizinha Argentina, que, não por acaso, é governada por um partido de ideologia semelhante à de muitos partidos de esquerda como o PT. Lá foi o país de todo o continente americano que impôs as restrições mais severas e estão morrendo por lá quase que o mesmo número de pessoas que no Brasil, se formos comparar as populações. Por lá as pessoas estão desesperadas e agora aumenta as possibilidades de distúrbios violentos.
Bolsonaro pode não ser um grande estadista, pode não ser polido no seu jeito de se expressar, mas sua praticidade em encarar o desafio faz sentido. O jogo da oposição é prático também. Quer ganhar as eleições em 2022. Se fosse o contrário e Bolsonaro tivesse decretado o lockdown em várias cidades e privado os brasileiros de se locomoverem, como fez o presidente Argentino, certamente a oposição o estaria acusando de excessos e de ser o responsável pela crise econômica. A oposição cumpre o papel dela que é desgastar o governante de plantão, desmoralizá-lo e pavimentar o caminho para vencê-lo na eleição seguinte. Isso aconteceu no passado, acontece agora e acontecerá no futuro. Não existe oposição que não trame contra o atual governante, mas o problema é quando essa oposição, descaradamente, exagera a tal ponto de abalar as estruturas do país e prejudicar a toda a população. Que Deus tenha piedade do Brasil.

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